quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pretexto quilombola para fazer revolução socialista conquista mais uma vitória

Prepare-se: um dia algum representante de um movimento negro vai bater à sua casa e dizer: - este lugar é meu! O meu ta-ta-ta-ta-ravô acampou aqui no século retrasado!

Graças a uma interpretação torta da Constituição, que na verdade pretendeu reconhecer como legítimas as então comunidades descendentes de quilombolas nos locais on já se encontrassem, e que foi deturpada para acomodar a ambição esbulhadora de tomar terras produtivas, diversos fazendeiros com títulos de posse perfeitamente legais, às vezes com mais de uma centena de anos, estão perdendo terras. Não estão sendo desapropriados coisa nenhuma! Estao sendo, sim, expropriados!

Pois acreditem se quiserem, mas basta um laudo elaborado por uma comissão de arqueólogos que afirme que em um determinado local  já tenha havido um acampamento de escravos ou de seus descendentes para que o processo de expulsão dos atuais proprietários torne-se mero ato de ofício. Mais, acreditem se puderem(!): só vale o laudo emitido pelo Incra ou pelos movimentos sociais reivindicatórios. A verdade "científica" agora oficialmente tem lado!

Decreto assinado por Dilma desapropria terras reivindicadas por quilombolas mineiros

29/09/2011 - 19h05
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff assinou hoje (29) decreto para desapropriar as terras reivindicadas pela comunidade quilombola Brejo dos Crioulos, no norte de Minas Gerais. A medida vai beneficiar mais de 500 famílias de remanescentes de escravos que vivem na região.
Desde terça-feira (27), representantes dos quilombolas estão em Brasília reivindicando a desapropriação, esperada há 12 anos. Alguns deles se acorrentaram ontem (28) a uma placa em frente ao Palácio do Planalto para pressionar o governo federal.
Hoje, eles foram recebidos pela presidenta e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, responsável pela articulação entre o governo e os movimentos sociais.
Com o decreto, fazendeiros receberão uma indenização do governo para deixar a área. Dos mais de 17 mil hectares da área, cerca de 13 mil são ocupados pelos fazendeiros, segundo os quilombolas.
“É um começo. Hoje, vivemos em vilas e não dá para plantar”, disse José Carlos Oliveira Neto, um dos representantes do grupo. Os quilombolas relataram sofrer ameaças e violência por parte dos fazendeiros e de grupos armados.
Depois da desapropriação, o próximo passo do grupo é buscar o título das terras. “Temos convicção que o problema não está resolvido”, disse Paulo Roberto Faccion, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Edição: João Carlos Rodrigues

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