HEITOR DE PAOLA
31/07/2013
Se eu tivesse um filho homem ele se pareceria com Trayvon
BARACK HUSSEIN OBAMA
Foi uma tragédia, transformada num caso racial que nunca existiu
MICHAEL REAGAN
Obama se referia a um jovem negro, Trayvon Martin, morto por um vigilante voluntário, George Zimmerman em Sanford, Florida. O julgamento deste último terminou há poucos dias com o veredicto ‘not guilty’ [i], gerando uma onda de protestos que abalou os EUA. A mídia brasileira que não passa de cópia em carbono da mídia esquerdista americana que não veicula fatos, mas apenas o que vai de acordo com sua crença político-ideológica, tem falsificado as informações. O que lerão aqui não sairá nos noticiários brasileiros. Apenas Olavo de Carvalho tem mostrado a verdade, mas segundo os cânones politicamente corretos, Olavo é uma radical de direita (seja o que for que isto possa significar!), racista, fascista, homofóbico, contra o ‘direito’ das mulheres assassinarem seus filhos, e otras cositas ainda piores! Certamente brancos matam negros só por serem negros, estes também matam brancos pela mesma razão e ambos os grupo se trucidam internamente e algumas se unem para atacar outros. Todas as combinações são possíveis, mas,dado um caso particular, é preciso investigá-lo do ponto de vista da Justiça. Os fatos são apresentados como ocorreram. Leiam e pensem por si mesmos.
O CASO
George Zimmerman, um hispano-americano (pai americano nativo e mãe peruana) é um vigilante voluntário de uma região residencial (neighborhood watch) o que poderíamos chamar de condomínio horizontal, ou de casas, sem configurar uma região administrativa oficial [ii]. Numa noite de fevereiro de 2012 viu um rapaz de roupa escura com capuz em atitude suspeita e passou a segui-lo. Como é do seu dever, ligou para 911, número nacional de emergência, e foi aconselhado a parar de segui-lo. Trayvon, este era o rapaz, ouviu o telefonema e partiu para cima de Zimmerman esmurrando-o, derrubando-o no chão e passou a bater com sua cabeça no pavimento com muita força. Zimmerman gritou várias vezes pedindo ajuda e ninguém atendeu. Sentindo que ia ser assassinado, sacou sua 9 mm da qual tinha posse legal e deu um tiro em Trayvon, matando-o.
O Promotor do Estado da Florida ordenou ao Chefe de Polícia local para colocar Zimmerman na prisão e ao Promotor local (County Attorney) que entrasse com um processo contra Zimmerman. Ambos negaram-se a obedecer. O Chefe de Polícia, Bill Lee, foi despedido e o Promotor afastado. Segundo o National Review, numa entrevista à CNN Lee explicou que foi despedido por tentar investigar o caso de forma objetiva, decidindo não prender Zimmerman porque seria uma violação de seus direitos definidos pela Quarta Emenda [iii]: ‘as evidências e testemunhos que nós tínhamos não nos fornecia uma causa provável’. Lee foi repetidamente questionado pelo City Manager: ‘pode haver uma prisão agora?’ e o City Commissioner disse que só precisavam de uma prisão.
AS REAÇÕES IMEDIATAS
A decisão de não processar Zimmerman despertou uma tempestade na mídia, com ‘especialistas’ acusando o Departamento de Polícia de Sanford de agir de forma negligente ou mesmo racista, pois Trayvon era negro. De acordo com Lee, a politização da investigação levou os meios de comunicação a produzir artigos e reportagens sensíveis que apontavam evidências que sugeriam um perfil racista do acusado que o levara a fazer Trayvon de alvo do seu ódio racial.
George Zimmerman é o que se chama nos EUA de ‘Hispanic’ ou ‘Latino’, jamais um white, mas a mídia se referia a ele como ‘White Hispanic’, sim, porque, como toda mídia e a intelectualidade acadêmica ‘sabem’, todo Branco americano é racista.
Michael Skolnick escreveu sobre este consenso um artigo intitulado: ‘Brancos, vocês nunca parecerão suspeitos’. Skolnick falou em nome de todos que se apressaram a condenar o vigilante, chamando-o de racista antes de qualquer evidência. Assim também Hank Johnson, membro doCongressional Black Caucus (Convenção dos Negros do Congresso), alegou que Trayvon tinha sido ‘executado’ por WWB in a GC (Walking While Black in a ‘Gated Comunity’ [negro caminhando numa ‘comunidade com acesso restrito]). Para os já doutrinados Trayvon foi morto não porque se conduzisse de forma suspeita ou porque tivesse agredido o vigilante, mas apenas porque era um negro numa cultura racista e, portanto, uma ‘presa racial’.
O JULGAMENTO
Durante o julgamento as pressões da esquerda ‘progressista’, do partido Democrata e das comunidades negras foram enormes. A cidade ficou tomada de repórteres da mídia esquerdista. Em 12/03/2012 a CBS News falsamente chamou Zimmerman de branco antes de a notícia explodir. Partiram do princípio de que alguém chamado Zimmerman só podia ser branco. Como vimos, enganaram-se, Zimmerman é hispânico. Três dias depois o NY Times inventou o termo ‘white-hispanic’.
O júri foi composto por mulheres. Queriam fazer um caso emocional e acharam que as mulheres iriam cair nessa, e a juíza era Democrata. Não obstante, Zimmerman foi declarado not guilty por unanimidade. A discussão foi centrada entre os termos manslaughter (homicídio culposo) e murder (assassinato deliberado) e, de outra parte, legítima defesa. O júri optou por esta última. Uma reportagem razoavelmente equilibrada foi publicada pelo Washington Post: a discussão sobre legítima defesa dependeu de vários itens apontados pelo advogado de defesa.
A propaganda racista foi mantida de fora da Corte. Nenhum dos jurados era ‘African American’. O severo Juiz que presidia o julgamento, não permitiu que o caso se transformasse num julgamento racial e não permitiu aos acusadores acusar Zimmerman de ter dado a Trayvon um ‘perfil’ negro e por isto o tivesse perseguido e matado. A recusa em transformar o caso em racista desapontou os líderes afro-americanos que esperavam que as ações dentro da Corte refletissem e aprofundassem as discussões nacionais que eles mesmos estimulavam do lado de fora.
Mas o Juiz também impediu que os jurados tomassem conhecimento das mensagens de texto do celular de Martin sobre armas e brigas porque não podiam ser autenticadas. Uma das mensagens dizia: ‘Porque você vive brigando?’ O advogado de defesa, West, esperava introduzir os textos para provar que Martin era o agressor e que Zimmerman – descrito por um ginasta como gentil e nada atlético – tinha sido subjugado por Martin, um adolescente alto e forte.
John Nolte declarou: ‘Enquanto esperamos o veredicto... é o momento propício para refletirmos sobre o papel cínico e desonesto da mídia em transformar um crime local numa obsessão nacional’. O time line (HOW THE PRESS PROSECUTED ZIMMERMAN WHILE STOKING RACIAL TENSIONS) publicado por ele em Breitbart.com é fundamental para entender todo o processo.
O PÓS-JULGAMENTO
Uma reação furiosa se espalhou por todo o país. A reação da mídia foi retumbante e agressiva: foi exigido por alguns jornais um novo julgamento com novo júri. O pequeno detalhe que faltava para a administração Obama e a mídia intensificarem a narrativa racial ‘brancos contra negros’, pois era uma pessoa branca suspeita de matar um negro.
‘Nunca antes naquele País’ um Presidente havia contestado a decisão soberana de um júri: pois Obama declarou que o julgamento era sobre raça, mesmo contrariando as investigações do FBI, que entrevistou dezenas de pessoas e concluiu que preconceito racial não tinha sido um fator na morte de Martin. Disse Obama: ‘Se Trayvon Martin fosse branco, poderia ainda estar vivo. Se fosse um jovem branco o resultado da briga e do julgamento seria diferente’. Chris Serino, o Detetive Chefe de Sanford, disse aos agentes que Zimmerman traçou o perfil de Martin em função de seu moletom escuro com capuz e pelas circunstâncias, não pela raça. Mas os comentários de Obama foram: ‘Existem muito poucos homens afro-americanos neste país que não tiveram a experiência de serem seguidos quando vãos às compras em lojas de departamento. Muitos se acostumaram a ouvir os carros trancar as portas quando se aproximavam, ou mulheres fechando suas bolsas e prendendo a respiração quando um negro entrava no elevador. Eu mesmo tive essas experiências, ao menos antes de ser Senador’.
Embora Obama admita que os negros são desproporcionalmente tanto vítimas quanto responsáveis por atos de violência, e que esta é muitas vezes incontrolável nas suas comunidades, põe a culpa na história americana: ‘Os afro-americanos entendem que a violência endêmica nas suas comunidades nasceu de uma grande violência sofrida no passado’.
Obama foi ainda mais longe, tomando o caso como pessoal: ‘Martin poderia ser eu mesmo há 35 anos’.
Michael Reagan, filho adotivo do ex-presidente e curador da Reagan Legacy Foundation, declarou que a politização do caso por Obama serve aos seus propósitos de avançar no programa de controle de armas. ‘O incidente nada teve de racial, mas há gente – como Jesse Jackson, Al Sharpton e muitos outros – que vêm problemas raciais em cada esquina da América’. (Assista ao vídeo aqui). Imediatamente após o anúncio do veredicto Al Sharpton e a NAACP (National Association for the Advancement of Colored People) peticionaram ao Departamento de Justiça para sondar a respeito dos direitos civis federais, exigindo que o caso fosse tomado como racialmente contaminado.
Judy McCleod pergunta: ‘A quem o Presidente acha que está enganando além dos jovens afro-americanos desprivilegiados ludibriados por Al Sharpton de que protestar contra o veredicto de Zimmerman garantiria um novo julgamento? (...) Sabe Obama que ele e seu amigo Al Sharpton estão abastecendo de ódio racial que drogou os jovens afro-americanos para incendiar os protestos de rua em mais de cem cidades americanas no fim de semana passado (20-21/07)? Certamente ninguém interessado na proteção da vida humana agiria assim deliberadamente’.
Numa carta de leitor é traçado um perfil patológico de Obama: ele sempre se coloca no centro de todas as coisas que nada tem a ver com ele. Para ele tudo é sobre ele, todo o mundo se centraliza nele, por isto disse, contra todas as evidências, que Trayvon Martin poderia ser ele 35 anos atrás,criado no Havaí e de família de posses que jamais morou numa comunidade negra pobre como a de Trayvon. Isto é característico de formas patológicas graves de narcisismo. Um a pessoa normal ou mesmo narcísicos borderline não diria isto. Obama sistema de crenças Obamacêntricas incluem:
Todos os eventos começam com Obama. Todos os eventos terminam em Obama. O Sol, as Estrelas e a Lua se movem em torno de Obama. Nada relativamente importante existiu antes de Obama ou existirá no futuro
Mas nem tudo ocorreu desta forma: um dos advogados de defesa e famoso Professor em Harvard Alan M. Dershowitz solicitou uma investigação federal sobre os direitos civis de Zimmerman, que teriam sido violados pela conduta dos Promotores e não por alegações de raça. Numa entrevista exclusiva para NEWSMAX Dershowitz disse que apesar da agressividade dos Promotores, o Júri chegou ao verdadeiro veredicto: not guilty em ambos os casos (tanto de crime culposo como de homicídio de segundo grau.
‘Acredito que tenha havido violações dos direitos e liberdades civis – por parte da Promotora! Ela apresentou o caso para o Juiz e, em minha opinião, escondeu deliberadamente, de maneira criminosa, todas as evidências favoráveis[iv] ao réu e que poderiam inocentá-lo. A negativa de dar ao Juiz o direito de ver provas de que Zimmerman estava com o nariz quebrado e com a cabeça esmurrada e sangrando pelo nariz e couro cabeludo. Sugiro que a Promotora Angela Corey e sua equipe de acusação deva ser investigada por violações dos direitos e liberdades civis do réu’.
Dershowitz disse ainda que homicídio em segundo grau nem devesse ter sido mencionado, consideradas as fracas provas contra o réu. ‘Se o Juiz tivesse coragem em aplicar a lei, o caso jamais teria ido a júri e descartado com base da ‘dúvida razoável’.
A Promotoria possuía fotos, que deliberadamente escondeu que mostravam que o caso nem era para ir a júri. ‘Houve violação de obrigações éticas, legais e profissionais muito graves, como foi comprovado pela equipe de defesa’.
A REAÇÃO DA FAMÍLIA
Robert Zimmerman Jr. foi o primeiro da família a ser entrevistado por Piers Morgan da CNN. Disse que sua família ainda está processando o veredicto e as perspectivas de George em liberdade (assista ao vídeo aqui).
‘É difícil por em palavras como nossa família está aliviada, mas não é ocasião para grandes regozijos, pois Trayvon perdeu sua vida. Apesar de seu irmão estar livre foi uma horrível tragédia.
Sua família está mais feliz por não estarem mais como protagonistas de uma grande desinformação’. Piers ainda tentou ‘fritá-lo’ perguntando se ele acreditava mesmo que Trayvon iria bater até matar seu irmão, com as mãos vazias. Acrescentou que George iria viver num mundo hostil, onde muitas pessoas o desprezam, perguntou: ele teme sua segurança? ‘Ele sempre temeu, mas passará o resto dos seus dias olhando para trás, temendo que algumas pessoas tentem fazer a lei com suas próprias mãos, ao invés de respeitarem o veredicto’. Acrescentou que existem inúmeros crimes de negros contra negros que nunca vão a julgamento.
SEGUE: O PRIVILÉGIO DE COR
[i] Os jurados americanos são chamados a dizer se o réu é guilty (culpado) ou not guilty (não culpado), às vezes a vários quesitos que correspondem a uma sentença específica. A palavra inocente denota uma qualidade positiva que ninguém pode afirmar.
[ii] Não existe equivalente no Brasil. Uma região residencial com neighborhood watch significa que os próprios moradores, ou vigilantes voluntários, vigiam as redondezas e em caso de suspeita devem chamar a polícia. Minha experiência: em 1985: eu e minha mulher passeávamos de carro em Nashville, Tennessee, por uma área de residências lindas e fizemos várias voltas. Em pouco tempo, um carro de polícia passou a nos seguir a uma distância discreta até, entendendo o recado, saímos da área e os policias deram a volta.
[iii] ‘O direito do povo de estar seguro em suas pessoas, casas, escritos e seus efeitos, contra buscas e prisão arbitrárias, não será violado, e nenhum Mandato será emitido, a não ser com causa provável apoiada em Juramento ou afirmação, devendo ser descrito o lugar específico da busca e a pessoa ou coisas a serem detidas’. (Minha tradução livre)
[iv] ‘Exculpatory evidences’: provas favoráveis ao réu que podem esclarecer os jurados e facilitar um verdicto de not guilty. É o contrário de ‘inculpatory evidences’.
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