> Comum entre os seres humanos, as paixões começam a ser sentidas ainda na infância, mas o amor verdadeiro só - e se - se sente em raríssimas ocasiões durante toda a vida.
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> Surge inesperadamente, vindo não se sabe de onde, é sentido na pele, coração e pulmão, depositado na mente, perpetuado na alma e nem quem o já sentiu consegue explicar.
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> Almejado por todos, mesmo os que já maduros ainda não o encontraram, continuam buscando, mas muitos viveram ou viverão sem senti-lo e quem o sente não consegue defini-lo com clareza e objetividade.
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> Sentir o cheiro de mato em pleno centro urbano, ver muito mais cores que as do arco íris e provar mais sabores que todos os já experimentados pelo homem, são sensações comumente relatadas entre os que verdadeiramente amam.
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> Sem medida de espaço ou tempo, pode ser alegre ou triste, discreto ou escandaloso, fechado ou escancarado, mas sempre provoca sensações de alegria inimagináveis aos que nunca amaram e machuca quando nasce onde não é nutrido, regado e flores não surjam quando menos se espera.
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> São infinitas as facetas e possibilidades desse amor: pelos pais, filhos e netos, por pessoas do mesmo sexo ou do oposto, pelo próprio corpo, por animais, pela profissão ou pelo dinheiro, mas os que amam não sabem como, quando, onde e porque esse sentimento começou nem possuem qualquer controle sobre por quem ou pelo que o sentirá.
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> Porém, sem conhecer seu próprio interior, ambições e desejos, ninguém conseguirá amar outra pessoa, pois o autoconhecimento é que lhe dará as informações necessárias sobre suas virtudes e defeitos, que o orientarão sobre o que buscar no outro, para que se completem.
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> Nas pessoas que se atraem mutuamente, gera autoconfiança e as refresca como a água do rio. Como um vulcão em erupção - que jorra lavas para todos os lados -, os que amam são felizes, transmitem alegria, bondade, carinho, delicadeza e possuem brilho no olhar.
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> Quando é unilateral, gera medo, insegurança e queima como o fogo das lavas. Como os vulcões adormecidos - que permanecem na escuridão das profundezas da terra -, os não correspondidos são infelizes, transmitem mágoa, solidão, tristeza e perdem o brilho dos olhos.
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> Em busca desse amor nos deparamos com diversas barreiras, que provocam a desistência de muitos, mas quem ama possui forças desconhecidas, saídas de suas entranhas, que lhe permite caminhar com bastante facilidade, contra a inveja e o egoísmo de quem nunca amou ou não quer ver a felicidade do outro.
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> Daí a ansiedade e insistência daqueles que já sentiram o amor - e por algum motivo o perderam -, em recuperá-lo ou encontrar outro que reacenda aquela chama em seu coração e lhes devolva a alegria de viver, pois com seu amadurecimento e o reconhecimento dos erros cometidos, certamente o sentirá de modo ainda mais intenso.
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> Quem ama sente, fala e escreve com a alma, o coração, sem nenhum controle mental, e por isso expressa o que muitos, que não amam, não conseguem sentir, entender ou enxergar.
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> Só quem ama vê o invisível e entende o ininteligível, coisas impossíveis aos olhos e mentes dos que não amam.
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> João Bosco Leal* www.joaoboscoleal.com.br
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> *Jornalista e empresário
sábado, 13 de julho de 2013
Fwd: Aos olhos do amor
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