Consagrado ao liberalismo da tradição
clássica e Escola Austríaca de Economia.
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Editor e Redator:
Ivan Lima - julho
de 2013 – Belém – PA. ______________________________________________________________________
“A fraternidade forçada destrói a liberdade.” Frédéric
Bastiat.
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Entrando pelo cano.
Todos os moradores de Belém ou localidades já
bastante urbanizadas como a Cidade Nova sabem o que é ter água com ferrugem nas
torneiras – além de não tê-la por greve, etc. Agora morando no aprazível e
urbanizado bairro Nova Marituba em município do mesmo nome, deparei com um
serviço de água que dispensa às pessoas gasto também com água mineral, embora o
produto esteja presente em muitos estabelecimentos comerciais de lá, até para
também servir localidades próximas. A água, de excelente qualidade, sob todos
os aspectos, proporciona isso. Bebendo água mineral há décadas, em Belém, estou
sem a referida despesa de muitos anos. Sendo minha residência próxima da
administração do serviço, fui lá saber a razão de ter um produto que compro e não
me é entregue degradado, com ferrugem e lama todos os dias. O funcionário me
disse que o sistema foi planejado e executado para não se usar em hipótese
alguma a encanação de ferro para a distribuição da água para as residências,
sendo usado o material PVC, e suas bombas de captação são de cobre. E mais: a
água dali tem um preço incrivelmente baixo, pois a administração do serviço é enxuta,
funciona com poucas pessoas, e estruturas econômicas.
Como se sabe, o serviço de água é estatizado no país,
mas a responsabilidade do mesmo na referida localidade é da iniciativa privada.
Como certamente em muitas outras localidades também já o são, tanto no estado
do Pará, quanto no país. Quando, então,
a reformulação da rede de distribuição substituindo o ferro? País afora, as
pessoas continuam correndo risco de saúde ao receberem todos os dias água enferrujada
e sem perspectiva de se libertar desse horror, pois serviço totalmente engessado,
tem como dado que tudo o que existe e que está sob o sábio domínio estatal é
para a eternidade e mais seis meses...
Consumo sustentável.
Diante de mim, uma matéria de jornal sobre “consumo
sustentável”. Há tempos vemos pessoas se esforçarem para tentarem criar um
“mundo melhor”. Membros do movimento ecológico mundial, a maioria é constituída
de jovens entusiastas que, seguindo as ideias dos filósofos daquela doutrina,
pregam uma “nova economia”. Extinção do lucro, dos juros, do capitalismo,
enfim. Para a consecução do paraíso na terra, segundo a ideologia ecológica,
criar-se-ia uma economia “fraterna, solidária”. Poderá tal economia “fraterna e
solidária” ter sustentabilidade fora das inexoráveis leis econômicas que
pretende ignorar? Consumo racional, consciente, colaborativo, sustentável, ou o
nome que se quiser aplicar, que restrinja drasticamente a produção humana não
causará escassez generalizada, e tirania, como é histórico? Não é a livre
produção humana, a economia de mercado, que soluciona o problema da escassez, aumenta
o conforto e origina perspectivas para superações de questões até mesmo
ambientais?
Anarquistas 1
À mesa do café da manhã, comento com a minha filha
sobre a transformação de uma das praças da metrópole numa pousada particular de
um grupo de anarquistas, por tempo indeterminado, segundo eles. Mostro o jornal
a ela que começa a ler a matéria, mas, de súbito, para e pergunta: “como são
contra o capital se passo – trabalha próximo - por lá e vejo notebooks em cima
de pufes, todo mundo falando em celular, barraquinhas de grife e gente usando
bota de cano longo, caríssima?...” Domingo, café da manhã, a inigualável luz da
razão, e uma sonora gargalhada. Que belo dia!
Revolução...
Observo que as manifestações de massas nas ruas do
país acendem velhas esperanças nos corações de responsáveis pela programação
musical de rádios, mormente estatais. “Pra não dizer que não falei de flores”,
e outras canções “revolucionárias”, entre elas a de uma compositora americana
que diz que “uma revolução vem vindo, logo, logo, logo, prepare-se para pegar a
sua parte”, ou outra, nacional, que proclama ameaçadoramente que” as mesas de
alguns têm abundancia, mas logo isso vai mudar...”
Mais estado?
Fui à residência de um amigo, em Nazaré,
e ao dobrar a 14 de março me deparei com passeata das manifestações públicas que
ocorriam recentemente. Ao encaminhar-me para a portaria do condomínio, uma moça
me dá um panfleto. No dia seguinte, ao ler o mesmo, deparo-me com o horror do
discurso pedindo mais interferência do estado na economia, vale dizer, mais
ineficiência, mais precariedade nos chamados serviços públicos, como
transporte, saúde, educação, etc. Concomitantemente, mais aprofundamento de imensa
destruição de recursos do cidadão, mais pobreza, mais dependência das pessoas
às migalhas “dadas” pelo estado, menos liberdade. Com uma agenda que contém de
assuntos prosaicos como a chamada “cura gay”, à convocação de greve geral no
país, a “seguir nas ruas”, etc., e depois de passar por palavras que compõem o
universo de clichês socialistas como burguesia, neoliberal, direita, o que se
percebe nesse documento é o inequívoco compromisso dos seus realizadores com a
filosofia que os guia que é a de estado total, com o seu imenso séquito de tragédias
e miséria. O socialismo é impossível porque não possui cálculo econômico, ignora
as inexoráveis leis da economia, extingue a propriedade privada e a cooperação
social voluntária, que proporcionam prosperidade e liberdade, inerentes à natureza
humana. Estado separado da economia. Como foi da religião. Mais estado?
Anarquistas 2
O anarquismo, como filosofia, sempre facilitou a
ascensão do totalitarismo socialista ao poder, ao pregar a destruição do
estado. Mas pelo menos muitos de seus mentores, filósofos, tinham o aparente escrúpulo
de manter-se equidistante das pautas de qualquer partido. Porém observo que
esses nossos anarquistas, atualmente acampando por tempo “indeterminado” –
segundo eles - numa Praça de Belém, reivindicam em faixas “reforma agraria,”
“mais saúde, segurança, educação”, etc., via estado. Quer dizer, o contrário do que prega o anarquismo,
que não quer nenhum estado. Haja estomago...
Rodrigo Constantino
Fico
feliz com a posse na presidência do Instituto Liberal, de Rodrigo Constantino, grande
guerreiro das causas liberais. Em 2009 li o primeiro livro publicado pelo Instituto
Ludwig von Mises – Brasil. Era o livro Economia
do Indivíduo: O Legado da Escola Austríaca, do Rodrigo Constantino, de quem
já conhecia outros trabalhos. A mestria da didática, o talento de escritor, a
cultura, o domínio da economia clássica, da filosofia dominante, e da Escola Austríaca
de Economia fazem-no merecedor da função. Desejo ao Constantino pleno êxito á
frente da entidade criada pelo saudoso Donald Stewart Jr.
Ivan Lima
Ivan Lima, 62, é publicitário. Liberal da tradição clássica e Escola
Austríaca de Economia. Fundador do boletim Ordem Liberal.
E-mail: ivanlima8@hotmail.com - Celulares: (91) 91442492 e 83532646
Governo Limitado - Propriedade - Liberdade – Paz
Em edição anterior, na matéria passe livre, copa do mundo e o capital, onde
se lê sobre a supremacia, leia-se,
sob
a supremacia.
Os meus
agradecimentos pela publicação das matérias do Ordem Liberal no excelente site
LIBERTATUM do querido amigo Klauber
Pires. Visite-o! É um canal dedicado à causa da liberdade. Paz e prosperidade
ao amigão Klauber, extensivos à sua bela família.
Está
concluído um trabalho que escrevi intitulado A educação, a liberdade, e o capital. Exclusivamente sobre a temática educação,
é um pouco mais longo que o boletim no formato do presente. Será publicado
ainda nesse semestre no Ordem Liberal.
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