Um ditado popular diz que “apressado come cru”. É o que ocorre com muitos direitistas atualmente, aflitos com o fato de que a próxima eleição presidencial com certeza será vencida por mais um esquerdista, seja ele do PT, PR, PSDB ou PSD.
Por isso, já vi muitos reclamando que nas próximas eleições não teremos um candidato de direita. Sim, é verdade, não teremos, mas não temos um candidato de direita no minimo há 20 anos. E essa não deveria ser uma prioridade para o momento. Para que elegermos um candidato de direita atualmente se podemos pressionar os candidatos de esquerda que se elegem? Atenção: claro que no futuro podemos idealizar um candidato de direita, mas não para o momento.
Quem tem que se preocupar com a próxima eleição é o esquerdista, especialmente o do PT. Petralhas estão desesperados com o risco do PT perder o poder, pois isso seria a derrota de seus machos-alfa, personificados em Dilma, Lula, Dirceu e Genoíno. Quem perdeu sua identidade e viveu para cultuar um macho-alfa tende a ficar em pânico se o menor dano político ocorrer com seus representantes. Já quando Demóstenes Torres foi punido, a direita não deu a mínima.
Essa diferença é fundamental! Enquanto o esquerdista funcional vive pressionado psicologicamente por um culto a machos-alfa do qual ele não tem escapatória (por que teve o cérebro lavado, muito provavelmente por professor marxista), quem é da direita não precisa se submeter a ninguém. Sendo assim, por que tanta ansiedade com as próximas eleições? O cenário, se bem estudado pela direita, é bastante promissor.
Sempre defendi que devemos emular o melhor do neo-ateísmo, mas para um ataque contra a religião política, ao invés do ataque à religião tradicional. Neo-ateus realmente reclamam por que candidatos ateus não são eleitos. Mas isso nem de longe se tornou a prioridade deles. Pelo contrário, eles vão conquistando espaços, enquanto os religiosos tem que se encastelar para garantir as posições conquistadas. Isso dá a vantagem dos neo-ateus de não terem nada a perder, enquanto podem ficar no ataque a todo momento. No momento em que a direita perceber essa vantagem competitiva, muito provavelmente os esquerdistas não vão gostar nem um pouquinho…
Desta forma, uma das maiores prioridades estratégicas para a direita não é a conquista do poder formal, mas o ataque, em doses cada vez mais maciças, à cultura esquerdista. Propostas, governos, história, doutrinas e as interações públicas. Tudo pode ser questionado e desconstruído, sem dó nem piedade.
Esse ataque deve dizer, de forma sub-comunicada, à boa parte da população formadora de opinião o seguinte. Nada é mais nocivo e perigoso para nossa sociedade (além de prejudicial a todos, especialmente os pobres) do que o esquerdismo. O esquerdismo está no poder há muito tempo e só tem destruído valor, cultuado o crime, defendendo a amoralidade (exemplo: o estado inchado é amoral em essência) e criando estruturas de poder totalitárias. Ainda assim, muitos cultuam o esquerdismo, de forma servil e abjeta. Este é um problema adicional do esquerdismo, que se torna uma ameaça similar ao (e ainda pior que o) islamismo radical.
Enfim, a criação de uma cultura de ataque contínuo aos vícios do esquerdismo é uma ação que tende a gerar muitos frutos, até por que é fácil demais bater em um adversário tão cheio de culpas. Com capricho argumentativo, podemos claramente demonstrar que se o nazismo é abjeto, o marxismo é muito mais. E, se ambos são de esquerda, isso não deve ser algo a causar surpresa.
Uma segunda prioridade, e mais importante, deve ser a criação de bases de conhecimento das fraudes esquerdistas. Pode ser uma página do Facebook, como Meu Professor de História Mentiu para Mim, um blog como este aqui. Ou mesmo livros como “O Imbecil Coletivo”, de Olavo de Carvalho.
Esse desmascaramento contínuo de fraudes da esquerda é mais importante do que parece, pois, após uma fraude ser desmascarada (e que uma boa parte de pessoas obtenha esta informação), ela não faz mais efeito. Com talento, pode-se tornar o termo “homofobia”, hoje usado como arma pelos grupos LGBT, algo relegado ao ridículo. Ou mesmo transformar as ações para controle da mídia, do PT, um assunto maldito. Isso só é possível com o desmascaramento contínuo das fraudes embutidas nos discursos deles.
Uma outra prioridade pode ser o lançamento de uma agenda positiva, a favor da direita, demonstrando que a direita fez muito mais, historicamente, pelos pobres. Por exemplo, por causa do pensamento da direita fizemos o cidadão comum ser importante ao exercer seu direito de consumidor. O estatismo, por outro lado, condena o cidadão a viver sob coerção, tendo seu poder aquisitivo reduzido por causa do excesso de impostos.
Eu sugiro que esta ação venha vários anos depois da criação de uma cultura de ataque ao pensamento de esquerda (e desmascaramento das rotinas esquerdistas), pois várias pessoas que se tornarão desanimadas com o pensamento de esquerda (e que representa o status quo de manutenção do poder dos burocratas) terão uma opção. Essa opção é o pensamento de direita.
Note que tudo isso pode ocorrer no ciclo de 5 a 20 anos, sem pensarmos em buscar lançar um candidato à presidência pelo momento. Ao contrário, podemos pressionar os que estão por aí. Se temos algo a aprender com Gramsci, é que o poder real não é aquele que se solidificou no Congresso e na Presidência, mas na cultura. Então, uma meta fundamental é criar, culturalmente, uma rejeição ao pensamento de esquerda.
Vamos a uma cronologia da esquerda. “O Manifesto Comunista”, de Karl Marx, saiu em 1848. O primeiro volume de “O Capital” saiu em 1867. As obras de Lenin saíram no início do século XX. A conquista de poder usando os truques de Marx e Lenin só veio em 1917, na Revolução Russa, e ainda assim falhou em vários países europeus. Antonio Gramsci publicou seus “Cadernos do Cárcere” nos anos 30, mas somente nos anos 60 os europeus já conseguiam fazer guerras culturais usando os métodos dele. Em outras palavras, resultado, em termos de conquista do poder através da cultura, não é algo que ocorre do dia para a noite.
Outra evidência a favor de minha tese: quando os militares tomaram o poder, os petralhas e tucanos se reuniram para implementar a estratégia gramsciana. Isso começou nos anos 60 e só foi dar frutos no início dos anos 90.
O que estou querendo dizer é que, se quisermos lutar contra um adversário, devemos copiar as melhores qualidades deste adversário que não conspirem contra nossos valores morais. Mentir como os esquerdistas fazem com certeza seria um atentado à nossa moral, mas copiar a estratégia gramsciana não.
Independentemente da estratégia escolhida, o que importa é entender que a remodelagem do senso comum do povo não é algo que ocorre do dia para a noite, e, para isso, é preciso de preparo, conscientização, e bastante estratégia. A melhor destas estratégias, a meu ver, é conhecer o inimigo da mesma forma que você se conhece. (Este é o motivo pelo qual foco tanto nomapeamento dos estratagemas do oponente)
Isso é muito melhor que pensar na conquistas de carguinhos na próxima eleição. Isso vem depois. Muito depois…
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