segunda-feira, 29 de junho de 2015

A hipnose da cenoura diante do burro.

Por Ivan Lima

Depois da segunda guerra mundial, vários países no mundo fizeram programas de desestatização. Reformaram leis trabalhistas que emperravam o desenvolvimento da economia dos indivíduos. O mercado floresceu, países se reconstruíram após destruição total. 
Alemanha e Japão são os exemplos mais notórios.

No entanto, na contramão da sensatez, o Brasil pisou com vontade o acelerador do atraso rumo ao fundo do poço da pobreza. Instituiu a famigerada CLT e todo o arcabouço que restringe e proíbe o trabalho – salário mínimo, décimo terceiro salário, carteira assinada, etc. Capital gravado, restringido, impedido, desemprego e pobreza crônicos.

Mas essa é uma conta racional, não tem valor para os estatistas cuja ótica política do coletivismo não contempla a sensatez, mas a cegueira sentimental, e a igual destruição da sociedade pela demagogia e o caudilhismo. Isso na área do emprego na iniciativa privada. Por outro lado, completando o cerco da mentalidade estatista e suas garras sobre os indivíduos, está a ideologia totalitária e sua máquina perversa de permanente inchaço estatal através de concursos públicos incessantes. Para ser mantida, essa gigantesca máquina precisa cada vez mais escravizar através dos impostos os cidadãos, para manter na inutilidade uma imensa nação do “faz de conta”. Nada que a iniciativa privada não pudesse suprir a um custo bem menor e uma eficiência infinitamente maior; isso sem levar em conta que muito do "serviço público" que aí esta pode sumir sem fazer falta inclusive quase todos os ministérios inúteis e perdulários. “Serviço público”, é bom lembrar, que é pura empulhação e extorsão aos cidadãos para mantê-los ás custas do seu próprio suor, sangue, lagrimas e propriedade.

Num cenário de quase nenhuma reação a esse quadro dantesco, fruto da ignorância do povo e sua esperança na missão salvacionista do estado, mais a esperteza dos ideólogos coletivistas, o que se tem, é, em pleno século vinte um, depois de provada todas as falências coletivistas no mundo, concursos públicos no Brasil a três por quatro. O estatismo precisa dos seus exércitos de apologistas e sua imensa e onipresente propaganda – que o cidadão também paga à força – para manter-se. O coletivismo vive de propaganda, precisa dele para manter-se em pé com suas mentiras e sua destruição social. O mercado, ou empreendedorismo, ou capitalismo é ação individual. Só precisa que o governo não atrapalhe, emperre, com suas regulações idiotas e leis draconianas que restringem e proíbem o trabalho como a CLT e o ECA, imensas fontes de desalento, e estímulo a crimes.

Ao promover concursos públicos numa máquina estatal já obesa e jurássica, o estado, políticos e burocratas, criam expectativa e ilusão nas massas e, sobretudo na juventude, de que “estudando, especializando-se”, todos terão um futuro promissor como funcionário publico. É a hipnose da cenoura diante do burro. Ele nunca vai alcançá-la. O estado socialista de pleno emprego com todos os cidadãos tornados dependentes do estado é um crime ideológico, escravidão. O que equivale a destruição social.

Recentemente Cuba, - que já teve uma grande classe média em expansão, e chegou a ser um dos países de maior IDH das Américas antes de ser levado á completa falência pelo socialismo – despediu milhares de funcionários públicos.  E começou a liberar “pequenos negócios”. No socialismo quando a coisa aperta demais, é preciso a descompressão. Senão a destruição social é total. Foi o que fez Lênin após ouvir Trotsky – "a Rússia está indo rapidamente para o abismo" – e instituiu a NEP.   

Já se detectou que o brasileiro tem um pendor nato á iniciativa privada. Que apesar das imensas e criminosas trapalhadas do estado milhões de pessoas buscam desenvolver seus talentos na arte da compra e venda de bens e serviços, automaticamente cooperando socialmente com outras milhões de pessoas, todos buscando um lugar ao sol longe da contínua criação de pobreza e miséria gerada pelo governo com suas leis de restrição e proibição ao trabalho.

Mas só essa luta tenaz para que se tenha um país de indivíduos verdadeiramente livres e prósperos não basta. É fundamental se criar uma nova mentalidade. Mentalidade anti-estatista, anti- impostos, individualista, pro mercado; e governo vigilante e forte, mas só na função dele: segurança.

Ivan Lima, 64, é publicitário. 

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