domingo, 21 de junho de 2015


Colaboração do amigo, jornalista, e escritor Álvaro Martins.


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Claudio Janowitzer

A roubalheira monumental e institucionalizada assola o país como nunca antes. Para que a população se livre o quanto antes dos parasitas causadores dessa praga é essencial abordarmos logo três questões básicas:

1 - Renomeando os “três poderes”

·       Executivo – como mostram os escândalos mensalão, petrolão, bendesão, etc. etc., estão envolvidos: o ex e a atual presidente, ministros, governadores, prefeitos, burocratas, bem como executivos de empresas privadas.
·       Legislativo – senadores, deputados, vereadores e funcionários parlamentares participaram diretamente de clamorosas negociatas.
·       Judiciário – regalias vergonhosas e ineficiências são comuns em todos os níveis

Mesmo assim persiste a lengalenga de que ainda não foram esgotadas todas as chicanas advocatícias e recursos jurídicos – o que é mera balela protelatória. Vale lembrar que o mensalão levou sete anos - de 2005 a 2012 - para começar a ser julgado.

Continuam a surgir diariamente fartas e claras evidências comprovadas das ladroagens, safadezas, tramoias, apropriações indébitas e assaltos ao dinheiro público. Também já são conhecidos os nomes dos participantes desses escândalos, tanto no setor público como no privado – os quais, com repulsiva desfaçatez, alegam inocência.

Enquanto isso é mínima a preocupação com investimentos de INTERESSE PÚBLICO, especialmente saúde, educação, segurança e transporte, - mas os gastos com propagandas oficiais ufanistas são altíssimos.

Portanto, uma providência inicial, de ordem admitidamente semântica e provisória -enquanto esse bando de ladravazes repugnantes não é escorraçado e punido - seria trocar a letra “P” pela letra “F” na expressão “Três poderes” (com o perdão das senhoras presentes).
                                                                                      
2 – Entender a síndrome: “Não foi nada não neném – NF3N”

Quem já leu alguma coisa sobre psicologia e psicanalise está familiarizado com o conhecido manual chamado “DSM” - uma espécie de bíblia de classificação de doenças mentais e síndromes comportamentais, publicado nos EEUU desde 1952 e descrito em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais

Já foi até sugerido a três especialistas aqui atuantes na chamada área “psi” que na próxima edição do “DSM” (a atual tem o número 5) seja incluída uma síndrome recentemente identificada como peculiar ao Brasil e denominada “Não foi nada não neném” – a qual receberia o código: “NF3N”.

O que caracteriza essa síndrome - que afeta enorme parcela da população brasileira - é uma variante da atitude adotada com frequência por adultos quando uma criança se machuca ao correr ou levar um tombo. Ao invés de admitirem que essa criança ficou dolorida, adotam uma suposta tentativa de consolo ao dizerem: “não foi nada não neném”.

Esse padrão de comportamento leniente de negação dos fatos vergonhosos que presenciamos no cenário político é cada vez mais prevalente, apesar da podridão endêmica. O consequente auto-engano dos portadores da síndrome é manifestado em alegações do tipo: “não tenho opinião formada”, “não me comprometa”, “estou em paz com minha consciência”, “querem acabar com a Petrobras”...

É uma inércia tão extensa que tem sido afirmado que o Brasil deveria “estar no divã”.

Uma forma de começar a lidar prontamente com a Síndrome “NF3N” - na esfera do alheamento político - está no tópico seguinte.

3 - Questionemos: Só o amor constrói?


Estamos esperando o quê?

Que a vaca tussa?


Claudio Janowitzer é Consultor. Formado em administração de empresas pela FGV de São Paulo e tenho um mestrado (MBA) pela Michigan State University dos EEUU. Minha experiência profissional foi sempre na diretoria financeira de empresas multinacionais.

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