Algumas pessoas mais próximas a mim têm sugerido que eu passe a me expressar de forma mais simples. Dizem que me utilizo de termos ou expressões difíceis, e que isto prejudica a popularidade. Não deixo de emprestar-lhes certa razão, pois, de fato, comunicar-se com o público tem sido uma histórica deficiência da direita...
Entretanto, não guardo ilusão de este blog vir a ser lido com a mesma procura dos blogs de fofocas televisivas, tomados estes como exemplo. Por mais que me utilizasse de uma linguagem mais simplificada, o fato é que o povo brasileiro tornou-se extremamente frívolo, de modo que o que exigem mesmo é que se faça a comunicação dentro já não dos moldes de um aceitável coloquialismo, mas como um simulacro de linguagem, totalmente ferida de morte nas suas ligações lógicas, e portanto, incapaz de transmitir racionalmente as idéias, principalmente as mais enlevadas.
Talvez os leitores com um pouco mais de idade venham a recordar de um antigo artigo de opinião exarado por um cidadão brasileiro nas páginas amarelas da revista Veja. Em seu texto, aquele senhor nos exortava a modificar a letra do Hino Nacional, haja vista que ele próprio, somente após muito custo, passou a compreender o seu significado. Por um destes milagres que são de difícil explicação, uma grossa corrente de indignação percorreu todo o país, com a firme convicção de que o hino deveria permanecer tal como foi consagrado. Chegou-se mesmo a utilizar como bordão o célebre neologismo magrista: "- o hino é imexível". Sinceramente, não sei como a população de hoje reagiria....
Conheci a letra do Hino Nacional ainda no ensino fundamental pelo brilhante trabalho de minha professora de Português, a Sra Edith Stöckl Simão, que o expôs em ordem direta, para analisá-lo com os alunos. Nada de extraordinário: apenas o bom trabalho que toda professora de português deveria ter feito. Nunca mais me esqueci da letra do Hino, e sei corretamente o que diz a letra, que transcrevo ao final destas considerações.
Tenho, portanto, de carregar a tocha acesa da instrução do bom exemplo e do bom ensino que aquela mestra me proporcionou. Que maravilhoso é poder se valer das palavras dentro de uma estrutura gramatical correta e culta, mesmo quando conversamos com nossos familiares e amigos. Que bonito é ver alguém se expressando bem!
A comunicação verbal não precisa descer para os porões da gíria, da tosca concordância e dos infernais vícios cacofônicos para demonstrar naturalidade. Uma certa sensação de imitação pode ocorrer aos que estão se esforçando para corrigir a fala, mas com o tempo isto se torna tão espontâneo que passa despercebido, tanto a elas quanto aos seus interlocutores. Uma pessoa que sabe se expressar com desenvoltura tem muito menos dificuldade em transpor o seu pensamento para a linguagem escrita, e consegue formar expressões e raciocínios mais elaborados do que as pessoas de linguajar mais tosco.
Não, meus caros leitores! Não vou ajudar a mudar o hino! O hino é "imexível" mesmo. Não vou colaborar com o trabalho de alienação das pessoas. Elas é que têm de se convencer a serem mais estudiosas, mais sérias e mais educadas. A ignorância das massas aproveita bem à esquerda; aproveita aos petistas e comunistas, que se valem da mentira, da dissimulação, da empulhação e da mistificação para enganar a todos e implantar o seu projeto totalitarista.
Tendo o que vai acima compreendido, é mais ou menos certo que não tenho muito como ajudar diretamente o "povão", a não ser, claro, pelos poucos casos de exceção. Quando descemos, seja por nosso falar ou por nossos atos, criamos um novo padrão, situado agora num patamar inferior, e uma nova demanda para piorar tudo se levanta. Por isto é que o trabalho consiste em trazer estas pessoas mais simplórias para o alto, ao invés de descer com elas. Foram o construtivismo e o relativismo que percorreram o caminho inverso e causaram tamanho estrago na educação do nosso Brasil.
Os meus escritos vão para as pessoas que têm a capacidade de compreender o que eu e outros escritores e articulistas mais cultos escrevem, mesmo que para isto se esforcem, o que não deixa de ser meritório. São estas pessoas que, em trabalho do tipo "formiguinha", vão acabar puxando pela mão aqueles seus próximos que estão mais por baixo. É trabalho longo e penoso, que levará tanto tempo ou mais do que todo o processo de embrutecimento a que o povo brasileiro foi submetido durante as últimas décadas.
Não obstante, se há algo de que tenho horror, é ao uso extravagante e afetado das palavras, como muitos fazem, para cobrir com uma capa de veludo a mentira ou a mera ignorância. A comunicação aqui sempre tem sido simples, moderada, e sobretudo, honesta. E vamos ao Hino Nacional Brasileiro (em ordem direta):
Entretanto, não guardo ilusão de este blog vir a ser lido com a mesma procura dos blogs de fofocas televisivas, tomados estes como exemplo. Por mais que me utilizasse de uma linguagem mais simplificada, o fato é que o povo brasileiro tornou-se extremamente frívolo, de modo que o que exigem mesmo é que se faça a comunicação dentro já não dos moldes de um aceitável coloquialismo, mas como um simulacro de linguagem, totalmente ferida de morte nas suas ligações lógicas, e portanto, incapaz de transmitir racionalmente as idéias, principalmente as mais enlevadas.
Talvez os leitores com um pouco mais de idade venham a recordar de um antigo artigo de opinião exarado por um cidadão brasileiro nas páginas amarelas da revista Veja. Em seu texto, aquele senhor nos exortava a modificar a letra do Hino Nacional, haja vista que ele próprio, somente após muito custo, passou a compreender o seu significado. Por um destes milagres que são de difícil explicação, uma grossa corrente de indignação percorreu todo o país, com a firme convicção de que o hino deveria permanecer tal como foi consagrado. Chegou-se mesmo a utilizar como bordão o célebre neologismo magrista: "- o hino é imexível". Sinceramente, não sei como a população de hoje reagiria....
Conheci a letra do Hino Nacional ainda no ensino fundamental pelo brilhante trabalho de minha professora de Português, a Sra Edith Stöckl Simão, que o expôs em ordem direta, para analisá-lo com os alunos. Nada de extraordinário: apenas o bom trabalho que toda professora de português deveria ter feito. Nunca mais me esqueci da letra do Hino, e sei corretamente o que diz a letra, que transcrevo ao final destas considerações.
Tenho, portanto, de carregar a tocha acesa da instrução do bom exemplo e do bom ensino que aquela mestra me proporcionou. Que maravilhoso é poder se valer das palavras dentro de uma estrutura gramatical correta e culta, mesmo quando conversamos com nossos familiares e amigos. Que bonito é ver alguém se expressando bem!
A comunicação verbal não precisa descer para os porões da gíria, da tosca concordância e dos infernais vícios cacofônicos para demonstrar naturalidade. Uma certa sensação de imitação pode ocorrer aos que estão se esforçando para corrigir a fala, mas com o tempo isto se torna tão espontâneo que passa despercebido, tanto a elas quanto aos seus interlocutores. Uma pessoa que sabe se expressar com desenvoltura tem muito menos dificuldade em transpor o seu pensamento para a linguagem escrita, e consegue formar expressões e raciocínios mais elaborados do que as pessoas de linguajar mais tosco.
Não, meus caros leitores! Não vou ajudar a mudar o hino! O hino é "imexível" mesmo. Não vou colaborar com o trabalho de alienação das pessoas. Elas é que têm de se convencer a serem mais estudiosas, mais sérias e mais educadas. A ignorância das massas aproveita bem à esquerda; aproveita aos petistas e comunistas, que se valem da mentira, da dissimulação, da empulhação e da mistificação para enganar a todos e implantar o seu projeto totalitarista.
Tendo o que vai acima compreendido, é mais ou menos certo que não tenho muito como ajudar diretamente o "povão", a não ser, claro, pelos poucos casos de exceção. Quando descemos, seja por nosso falar ou por nossos atos, criamos um novo padrão, situado agora num patamar inferior, e uma nova demanda para piorar tudo se levanta. Por isto é que o trabalho consiste em trazer estas pessoas mais simplórias para o alto, ao invés de descer com elas. Foram o construtivismo e o relativismo que percorreram o caminho inverso e causaram tamanho estrago na educação do nosso Brasil.
Os meus escritos vão para as pessoas que têm a capacidade de compreender o que eu e outros escritores e articulistas mais cultos escrevem, mesmo que para isto se esforcem, o que não deixa de ser meritório. São estas pessoas que, em trabalho do tipo "formiguinha", vão acabar puxando pela mão aqueles seus próximos que estão mais por baixo. É trabalho longo e penoso, que levará tanto tempo ou mais do que todo o processo de embrutecimento a que o povo brasileiro foi submetido durante as últimas décadas.
Não obstante, se há algo de que tenho horror, é ao uso extravagante e afetado das palavras, como muitos fazem, para cobrir com uma capa de veludo a mentira ou a mera ignorância. A comunicação aqui sempre tem sido simples, moderada, e sobretudo, honesta. E vamos ao Hino Nacional Brasileiro (em ordem direta):
Parte I
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico ,
E nesse instante o sol da liberdade brilhou em raios fúlgidos no céu da pátria,
A própria morte desafia o nosso peito em teu seio, ó liberdade,
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança desce à terra ,
Se (quando) a imagem do Cruzeiro resplandece em teu formoso céu, risonho e límpido .
Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza, terra adorada,
Brasil, tu és terra adorada entre outras mil
Ó Pátria amada!
És mãe gentil dos filhos deste solo
Pátria amada, Brasil!
Parte II
Ó Brasil, florão da América, fulguras iluminado ao sol do Novo Mundo, deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo
Teus campos risonhos (e) lindos têm mais flores do que a terra mais garrida
"Nossos bosques têm mais vida", no teu seio nossa vida (tem) mais amores
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!
Brasil, o lábaro que ostentas estrelado seja símbolo de amor eterno,
E o verde-louro dessa flâmula diga - "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se (tu) ergues a clava forte da justiça ,
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme a própria morte, quem te adora
Brasil, tu és terra adorada entre outras mil
Ó Pátria amada!
És mãe gentil dos filhos deste solo
Pátria amada, Brasil!
Sei não, mas acho que a ordem direta da primeira oração é a seguinte: "As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico" (em que "margens plácidas" funciona justamente como sujeito da oração).
ResponderExcluirPois se vc observar direito o texto do Hino Nacional, verá que não existe crase antes de margens plácidas...
Ótimo texto. Vai parar na caixa de entrada de um bocado de gente. Parabéns.
ResponderExcluirCaro Kleber ,boa noite .
ResponderExcluirSeguidor que sou do seu blog , e admirador de seus artigos ,quero simultaneamente concordar e discordar do presente post.
Concordar porque sendo publicitário de formação e profissão ,embora não exercendo mais o ofício ,aprendi que quando usamos corretamente a lingua falamos menos e comunicamos mais .Girias e outros quejandos não conseguem conter significados que a lingua pura apresenta .
Porém discordo quanto ao hino ,pois creio que o mesmo deveria ser acessível à maioria da população ,e mesmo entre pessoas com uma cultura média,e difpicil encontrar quem saiba "in totum ' o significado de suas frases.Acredito que uma mudança ,ou atualização linguística de nosso hino permitiria um possível aumento de sua compreensão .
Acredito também que este hino "atualizado " pudesse ser usado como instrumento para incentivar o verdadeiro patriotismo que tanta falta faz a este país .
Abraços
o Anônimo tem razão. Declamando de cabeça, não me apercebi da existência da crase.
ResponderExcluir"As margens plácidas" são o sujeito da oração.
Perdoem o lapso e muito obrigado.
Caros leitores,
ResponderExcluirReformei o texto, de modo a corrigir o problema acima. Mais uma vez, obrigado.