Frase do dia
Como é diferente fazer negócios no Vale do Silício em comparação com o Brasil?
“Aqui a competição é absurda, mas as coisas andam de forma como nunca imaginei. Estou impressionado. Em menos de uma semana, abre-se uma empresa complexa na Califórnia. Às vezes leva um dia. Para fazer a Graava, eu e meu sócio assinamos virtualmente o documento, em locais diferentes, enviamos para o advogado, que resolveu tudo online. Não tivemos de ir em cartórios, pegar filas, encarar a infinita burocracia típica do Brasil, e que só tem ficado cada vez pior. Em nosso país, o empreendedor perde mais tempo, até meses ou anos, se dispersando com tudo isso do que com seu trabalho, em si. Gasta muito mais resolvendo empecilhos de nossa burocracia arcaica do que criando, fazendo negócios. Além disso, o ecossistema no Vale é muito mais aprimorado do que no Brasil. É fácil, por exemplo, encontrar especialistas no teu negócio, como um advogado expert apenas em startups de tecnologia com foco em produtos fabricados na Ásia. O mesmo vale para investidores, aqui fáceis de conseguir. Até pelo contexto. No Brasil, o investidor entra como sócio na startup, sendo responsável até por problemas trabalhísticos, mesmo que não tenha voz ativa no comando da companhia. No Vale, o investidor entra com dinheiro, e se arrisca com isso, e ponto. Não precisa se curvar, por exemplo, diante de questões burocráticas que surgem. Tenho certeza que veríamos muito mais inovação no Brasil se não houvessem tantos problemas burocráticos sem sentido no meio do caminho”. Marcelo Do Rio – Fundador da Cervejaria Devassa (já vendida) e atual dono da Graava, uma empresa de tecnologia aberta recentemente no Vale do Silício (EUA) em entrevista ao site da Veja.
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