Emprego industrial varia -0,3% em maio
Clique na tabela para ampliá-la |
Por Ricardo Bergamini
Em maio de 2012, o total do pessoal ocupado na indústria mostrou variação negativa de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perda de 1,1%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, ao assinalar variação de -0,4% na passagem dos trimestres encerrados em abril e maio, permaneceu com o comportamento predominantemente negativo presente desde outubro do ano passado. Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 1,7% em maio de 2012, oitavo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde dezembro de 2009 (-2,4%). O índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2012 apontou recuo de 1,1% e intensificou o ritmo de queda frente ao primeiro quadrimestre do ano (-0,9%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Ataxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar -0,3% em maio de 2012, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).
No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou 1,7% em maio de 2012, com o contingente de trabalhadores apontando redução em 12 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo foi observado em São Paulo (-3,2%), pressionado pelas taxas negativas registradas em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para a redução no total do pessoal ocupado nas indústrias de produtos de metal (-12,6%), metalurgia básica (-20,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,7%), têxtil (-8,5%), papel e gráfica (-6,8%), meios de transporte (-3,6%), vestuário (-7,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-5,7%). Outros resultados negativos ocorreram na região Nordeste (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,3%), Santa Catarina (-1,4%), Ceará (-3,2%) e Bahia (-3,4%), com o primeiro influenciado pelas quedas nos setores de calçados e couro (-5,8%), vestuário (-7,2%) e têxtil (-9,9%); o segundo por conta das perdas em calçados e couro (-11,5%), borracha e plástico (-11,3%) e outros produtos da indústria de transformação (-6,1%); o terceiro pressionado pelas reduções em vestuário (-9,2%), madeira (-14,6%), calçados e couro (-23,0%) e têxtil (-2,5%); a indústria cearense impactada pelas quedas em vestuário (-8,3%), calçados e couro (-3,5%) e têxtil (-8,5%); e o último em função dos recuos no pessoal ocupado nas indústrias de calçados e couro (-12,7%) e de alimentos e bebidas (-7,9%). Paraná (2,2%) e Minas Gerais (0,3%) apontaram as contribuições positivas, com destaque para os ramos de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (35,1%) e alimentos e bebidas (6,1%), na indústria paranaense, e de produtos de metal (6,7%), indústrias extrativas (7,6%) e metalurgia básica (4,3%), no setor industrial mineiro.
Setorialmente, ainda no índice mensal, o emprego industrial recuou em 12 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (-8,7%), calçados e couro (-6,1%), produtos de metal (-4,3%), têxtil (-5,7%), papel e gráfica (-4,6%), outros produtos da indústria de transformação (-3,8%), madeira (-7,7%), metalurgia básica (-4,8%) e borracha e plástico (-3,0%). Os principais impactos positivos foram observados em alimentos e bebidas (3,0%), máquinas e equipamentos (2,0%) e indústrias extrativas (3,4%).
No índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2012 o emprego industrial permaneceu em queda (-1,1%), com taxas negativas em 9 dos 14 locais e em 11 dos 18 setores investigados. São Paulo (-3,2%) apontou o principal impacto negativo, seguido pela região Nordeste (-1,8%), Santa Catarina (-1,4%), Ceará (-3,2%) e Bahia (-2,6%). Paraná (3,6%) e Minas Gerais (1,4%) exerceram as maiores pressões positivas. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de vestuário (-7,2%), produtos de metal (-5,3%), calçados e couro (-6,6%), têxtil (-5,4%), madeira (-9,4%), borracha e plástico (-3,8%) e papel e gráfica (-4,0%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (3,9%), máquinas e equipamentos (2,4%), indústrias extrativas (4,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (1,7%) responderam pelos principais impactos positivos.
Número de horas pagas é -0,6% menor que em abril
Em maio de 2012, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,6% frente ao mês imediatamente anterior, terceira taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 2,6%. Com isso, ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apresentou queda de 0,9% no trimestre encerrado em maio frente ao patamar do mês anterior, após registrar variação negativa de 0,3% em abril.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas mostrou, em maio de 2012 (-2,8%), a nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde novembro de 2009 (-3,1%), com taxas negativas em 13 dos 14 locais e em 15 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-9,0%), produtos de metal (-5,0%), calçados e couro (-5,2%), papel e gráfica (-5,3%), têxtil (-5,8%), meios de transporte (-3,0%) e metalurgia básica (-6,1%). Indústrias extrativas (3,1%), produtos químicos (1,4%) e máquinas e equipamentos (0,7%) assinalaram os resultados positivos nesse mês.
O índice acumulado nos primeiros cinco meses do ano também apresentou resultado negativo (-1,7%), acentuando o ritmo de queda frente aos meses anteriores, com 13 dos 18 setores pesquisados apontando taxas em queda. Os impactos negativos mais relevantes foram verificados nos ramos de vestuário (-7,6%), produtos de metal (-5,3%), calçados e couro (-6,2%), têxtil (-5,7%), madeira (-9,1%), papel e gráfica (-4,0%), borracha e plástico (-3,8%) e metalurgia básica (-4,7%). O setor de alimentos e bebidas (2,0%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria, seguido por máquinas e equipamentos (2,3%) e indústrias extrativas (4,1%). Em nível regional, 11 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 3,9% registrado por São Paulo, vindo a seguir as perdas de Santa Catarina (-2,2%), região Nordeste (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e Bahia (-3,3%). Minas Gerais (1,5%), Paraná (1,8%) e Pernambuco (1,0%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado de janeiro a maio de 2012.
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao assinalar recuo de 1,1% em maio de 2012, permaneceu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).
Valor da folha de pagamento real recua 2,5% em maio
Em maio de 2012, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 2,5% frente ao mês imediatamente anterior, registrando a queda mais intensa desde dezembro de 2010 (-3,0%) e a terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 3,5%. No resultado desse mês observa-se a influência da redução de 2,5% assinalada pela indústria de transformação, uma vez que o setor extrativo avançou 1,9%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou queda de 1,2% entre os trimestres encerrados em abril e maio, e assinalou o primeiro resultado negativo desde dezembro do ano passado.
No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 1,1% em maio de 2012, 29º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. Nesta comparação, o valor da folha de pagamento real apontou resultados positivos em 12 dos 14 locais investigados. As maiores influências sobre o total nacional foram verificadas no Paraná (8,4%) e na região Nordeste (6,2%). São Paulo (-4,1%) assinalou o único resultado negativo nesse mês. Setorialmente, ainda no índice mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu em 13 dos 18 setores investigados, com destaque para máquinas e equipamentos (9,2%), indústrias extrativas (11,9%), alimentos e bebidas (3,6%), produtos químicos (5,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,5%), minerais não metálicos (3,6%) e borracha e plástico (3,1%). Por outro lado, os setores de meios de transporte (-10,9%) exerceu o maior impacto negativo sobre o total da indústria.
No indicador acumulado nos cinco primeiros meses de 2012, o valor da folha de pagamento real cresceu 3,8%, com taxas positivas em 13 dos 14 locais investigados, com destaque para Minas Gerais (8,3%) e Paraná (10,8%), sustentados pelos ganhos assinalados nos setores extrativos (23,6%), de meios de transporte (5,6%), alimentos e bebidas (6,6%), minerais não metálicos (14,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,5%), no primeiro local, e de alimentos e bebidas (15,1%), meios de transporte (15,7%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (38,2%), no segundo. São Paulo (-0,2%) assinalou o único resultado negativo no índice acumulado no ano, influenciado especialmente pelos setores de meios de transporte (-2,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,7%) e produtos de metal (-7,2%). Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em 12 das 18 atividades pesquisadas, impulsionado, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (8,3%), indústrias extrativas (15,3%), máquinas e equipamentos (7,8%), meios de transporte (1,8%) e minerais não metálicos (5,1%). Calçados e couro (-3,3%), vestuário (-2,6%) e madeira (-5,1%) exerceram as maiores influências negativas sobre o total nacional.
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 3,5% em maio de 2012, prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em maio de 2011 (7,3%).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.