A Secretaria Executiva da Convenção Marco das Nações Unidas para a Mudança Climática (CMNUCC, UNFCCC em inglês), Karen Christiana Figueres Olsen declarou que a democracia é um sistema político fraco para combater o “aquecimento global”.
Mas, acrescentou, a China comunista seria o melhor modelo para librar o planeta desse aquecimento gerado pela civilização humana.
Christiana Figueres fez o depoimento há poucos dias (13.01.2014) em entrevista concedida na sede da Bloomberg News em New York.
O órgão que dirige promove a organização dos encontros mundiais periódicos que visam instalar uma espécie de superpoder “verde” por cima do planeta todo.
Na Bloomberg News, Christiana Figueres reconheceu que “tal vez” a China é o máximo emissor de CO2 na Terra. Mas elogiou a luta que faria contra a poluição.
Após tratar a ferida com luva de pelica, a alta funcionária da ONU elogiou o método ditatorial do regime marxista porque “está fazendo o certo” para combater o “aquecimento global”.
A seguir, Figueres voltou-se contra o Congresso americano que, como toda democracia, representa as diversas tendências, opostas muitas vezes, presentes na opinião pública de seu país.
A Secretária Executiva da CMNUCC censurou essa diversidade democrática como “muito danosa” para a aprovação de alguma legislação contra o “aquecimento global”.
Em sentido contrário, o Partido Comunista chinês, segundo ela, está em condições de promover políticas e reformas, sem oposição.
A Assembleia do Povo – equivalente ao Congresso – aprova massivamente as decisões que chegam do Comité Central do Partido Comunista e outras dependências do governo, explicou.
Nada disto é novo: é um elemento essencial da ditadura marxista. E é este sistema ditatorial que a funcionária põe por cima da democracia!
Figueres nada disse do custo desse sistema dirigista: pelo menos 94 milhões de mortos em crimes coletivos no século XX. Só na China os massacres fizeram pelo menos 65 milhões de mortos.
Tampouco se interessou pelos 400 milhões de vidas que não nasceram em virtude da política do “filho único”, que inclui além do aborto e eutanásia, esterilizações massivas forçosas.
Mas a extinção de imensas parcelas da humanidade é uma exigência da luta contra o “aquecimento global” segundo o ambientalismo mais extremado.
Acresce que a China tira o 90% da energia de energias fósseis, especialmente de carvão. Dessa maneira polui fabulosamente a superfície do país, a ponto de não ser perceptível pelos satélites em dias de sol.
Imagem satelital do nordeste da China (Pequim=mancha no centro acima)
nos dias 3.1.2013 (limpo) e 14.1.2013 (poluído).
Os dados fornecidos pelo governo chinês mostram que “câncer do pulmão é a maior causa de morte entre os tumores malignos. Muitos dos falecidos não eram fumantes”, acrescentou o jornal.
Se isso acontecesse num país não-comunista a algazarra ecologista não teria limites. Mas, na China comunista…. ora, a China! Quem melhor do que a China!
Porta de Dongbianmen, parte da antiga muralha de Pequim.
Estamos acostumados a ouvir despropósitos de ativistas radicais “verdes”, mas este numa primeira leitura pareceu-nos uma montagem.
Pois ele exprime de um modo tão primário o fundo comunista da ofensiva ambientalista como não é habitual em altas personalidades “verdes” habituadas a dissimular seus objetivos últimos.
Porém, fomos procurar as fontes primárias da informação e tivemos que nos render à realidade.
Aliás, o posicionamento da alta funcionária da ONU confirma o que viemos denunciando neste site:
a ofensiva “verde” hodierna camufla o velho comunismo fracassado com a URSS e que agora tenta atingir seus objetivos originais se travestindo de ecologismo.
Confira: The Daily Caller News Foundation
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