quarta-feira, 28 de maio de 2014

Uma típica prova de história eivada de doutrinação ideológica



Conheçam alguns mitos clássicos de deturpação esquerdista de fatos históricos nesta avaliação de uma prova de história aplicada por um colégio particular de Recife.

Por Klauber Cristofen Pires

Prezados leitores,

  Como muitos sabem, desenvolvo meu trabalho como colaborador da Escola Sem Partido, criada pelo Dr. Miguel Nagib.

Nesta semana, um pai atento encaminhou-me alguns trechos da prova de história de seu filho. Tendo preferido não identificar qual é o colégio, informou de que se trata de um dos mais importantes estabelecimentos particulares de ensino de Recife.
Vejam vocês, portanto, que o ensino privado não significa necessariamente alberga os valores da sociedade livre. Em verdade, têm sido muitos os livros e provas utilizados por escolas privadas que tenho denunciado. Em parte, isto acontece porque o ensino privado não é sinônimo de ensino livre, uma vez que a grade curricular é imposta pelo MEC, e por outro lado, porque os autores e professores já foram doutrinados de acordo com a estratégia gramscista de ocupação de espaços.
Por tal motivo, certos mitos vão se propagando até mesmo sem que haja uma intenção concretamente consciente por parte dos professores de promover a doutrinação ideológica, como acredito ser o caso da prova que comentarei logo a seguir. Trata-se mais daquela velha fórmula do “ouvi-o-galo-cantar-não-sei-onde”, onde uma mentira inicial é introduzida e logo em seguida vai sendo repetida e espalhada por automatismo. Obviamente, isto não justifica o lapso dos docentes, que têm a obrigação de pesquisar os assuntos com isenção, lembrando que isenção é a busca honesta da verdade e não o outro-ladismo.
Pois bem, recebi deste pai as cópias de duas folhas da prova de história de seu filho, que passo a comentar, explicando que as perguntas de nº 06 a 08 estão a princípio corretas, embora desconectadas de  uma contextualização mais idônea.
Com efeito, em relação à pergunta de nº 06, de fato a revolução russa foi alimentada com a insatisfação popular em face da esperável escassez face à guerra já instaurada. Necessário aqui é salientar que a Rússia já no tempo do czarismo consistia em um regime fortemente autocrático e centralizado, tendo investido massivamente em uma corrida armamentista desde o fim do século XIX, o que causou na segunda década do século XX um quadro de escassez e desemprego. Por outro lado, a própria revolução comunista só fez piorar dramaticamente os indicadores econômicos e sociais. Segundo Seldom L. Richman, professor do Departamento de História da George Mason University:

Os resultados foram catastróficos. A produção industrial em 1920 foi 20% do volume de antes da guerra. A produção agrícola bruta caiu de mais de 69 milhões de toneladas no período de 1909 a 1913 a menos de 31 milhões em 1921.  A área plantada caiu de mais de 224 milhões de acres no período de 1909 a 1913 para menos de 158 milhões em 1921. De 1917 a 1922 a população declinou em cerca de 16 milhões de pessoas, sem contar as mortes devidas à guerra e à emigração.

Passando à 7ª pergunta, também esta tem a resposta certa correta: a revolução tinha por meta enfraquecer os grandes proprietários de terras (e com o passar do tempo, proprietários de terras cada vez menores) e obter com isto o apoio das massas de camponeses. No entanto, como diz o ditado, “um governo que rouba de João para dar a Pedro sempre terá o apoio de Pedro”, isto não significa ser moralmente justificável. Se uma quadrilha rouba um cidadão, pode-se falar tecnicamente que há ai uma distribuição de renda, mas será bom para a sociedade?
Também há um detalhe a mais neste fenômeno. Na Rússia, principalmente nos grotões mais afastados das grandes cidades, vicejava ainda um modelo de propriedade coletivista, remanescente da Idade Média, no qual as terras eram repartidas entre os habitantes do lugar, conforme houvesse mais casamentos e nascimentos, e a produção era então dividida entre as famílias.
Este modelo foi tradicional, pacífico e de certa forma, espontâneo, embora deficiente do ponto de vista de produtividade, pelo fato de ser coletivista e portanto, de incorrer em pouco estímulo à inovação e ao investimento. Desta forma, em tais fazendas os equipamentos e ferramentas ainda eram extremamente primitivos, bem como não havia energia elétrica nem tratamento de água ou esgoto. Tinha, porém, relativamente a um regime coletivista centralizado em todo o país, a vantagem de que aquele tipo de  propriedade coletiva pertencia a um grupo social ligado por laços de afinidade e parentesco, limitado a um número pequeno de integrantes que tomavam as decisões em conjunto, de modo que assim não se via a degradação do poder a ponto de transformar-se em uma tirania assassina.
No entanto, estas fazendas coletivas fizeram com que as massas de camponeses se identificassem sem maiores resistências à implantação dos kolkhozes e sovkhoses, com a consolidação da revolução comunista soviética, que se consistiam os primeiros em cooperativas de trabalho com orientação e metas de produção fixadas pelo estado, que passava a receber praticamente toda a produção, e os segundos em fazendas puramente estatais. Portanto, embora de forma forçada, tratou-se de uma transformação que já contava com um precedente mais ou menos a seu favor, por infeliz coincidência.
Vamos então às perguntas mais sensíveis da prova em comento, porque tocam em clássicos mitos esquerdistas: o New Deal e o caráter dos regimes nazista e fascista:
Diz o texto que antecede as perguntas nº 08 e 09 que o presidente Roosevelt, com sua política denominada New Deal, afastou-se da política do seu antecessor e tomou uma série de medidas de intervenção na economia e de proteção social, que lhe renderam mais três mandatos na presidência dos Estados Unidos.
Uma das maiores mentiras contadas em todos os tempos e que ganhou praticamente a unanimidade dos livros escolares é que o New Deal foi um sucesso. Na verdade, foi um retumbante fracasso, tendo prolongado a crise de 1929 por muito mais tempo do que haveria de acontecer em um cenário de livre mercado, e possivelmente acirrou os ânimos para a ascensão de regimes autoritários, tendo contribuído significativamente para a eclosão da 2ª Guerra mundial.
Não se pode negar a competência de Roosevelt em ser um hábil e ladino político, pois, sem laivos de escrúpulos, de tudo fazia para manter-se no poder; porém daí a creditar seu sucesso individual a uma suposta bem-sucedida política econômica vai lá uma distância.
No livro How Capitalism Saved America, Thomas DiLorenzo, o autor, apresenta um Franklin Delano Roosevelt que poucos conhecem. Protegida a sua biografia como amiúde tem sido feito pelas universidades e pelos historiadores ideologicamente engajados, restou-nos, em pleno século XXI, reviver as mazelas que o povo norte-americano já experimentara, e claro, tanto nós quanto eles, não impunemente.
Tão festejado pela intelectualidade esquerdista como o responsável por alegadamente ter salvado o capitalismo de si mesmo, o New Deal foi marcado pelo confisco do ouro em poder da população e a transformação do dólar em uma moeda completamente fiduciária; por intensa regulamentação da economia, mormente por meio da legalização de cartéis endossados pelo governo, pelo controle da produção e dos preços, pelo aumento forçado dos salários e pela massiva despesa pública, principalmente em obras de pouca ou nenhuma importância ou de secundária prioridade, e contrariamente ao que sustentam os seus defensores, na verdade o que aconteceu foi que os Estados Unidos demoraram mais que a Europa para se recuperar dos anos de depressão na década de trinta, tendo os americanos convivido persistentemente com altas taxas de desemprego, racionamentos e inflação crescente.
Roosevelt fez intenso uso da máquina pública ao orientar os seus programas assistenciais não de acordo com as necessidades dos cidadãos ou da recuperação da economia, mas para o solerte objetivo de angariar capital político e prestígio para si próprio, à mesmíssima maneira como o fazem hoje Lula e Dilma, Chávez e seu sucessor, Nicolas Maduro, e seus associados no Foro de São Paulo.
Segundo DiLorenzo, em 1938, um relatório oficial conduzido pelo Comitê de despesas de campanha do Senado dos E.U.A descobriu, entre outras coisas, que:
1 - Em um programa estatal de empregos denominado de Works Progress Administration (WPA), em Kentucky, 349 empregados foram colocados a trabalhar no preparo de listas de preferências eleitorais de cada empregado no programa. Muitos daqueles que declararam que não pretendiam votar em Roosevelt foram deixados de lado.
2 - Em outro distrito do mesmo programa, também em Kentucky, exigia-se que os trabalhadores empregados no programa votasssem no senador senior (atual) de Kentucky, que era um apoiador de Franklin D. Roosevelt. Os que se recusaram foram excluídos dos seus empregos.
3 - Os republicanos em Kentucky eram avisados que teriam de trocar suas afiliações partidárias se eles quisessem se manter empregados no programa WPA. O mesmo aconteceu na Pensilvânia.
4 - Cartas eram enviadas aos empregados no WPA em Kentucky instruindo-os a doar 2 por cento dos seus salários para a campanha de Roosevelt se eles quisessem manter seus empregos. O mesmo ocorreu no Tenessee.
5- Na Pensilvânia, comerciantes que mantinham contratos de fretes com o WPA eram requisitados a oferecer US$ 100.00 (cem dólares - uma soma formidável naquele tempo) como contribuição de campanha.
6 - A distribuição de empregos aumentara dramaticamente justo antes das eleições. Na Pensilvânia, foram distribuídos "vales-emprego" com a duração de duas a quatro semanas pelo tempo das eleições.
7 - Um homem que recebia um (bom) salário de US$ 60.50 por mês em um emprego burocrático foi transferido para um outro cargo, para trabalhar com uma picareta em uma mina de calcário, depois de ter recusado a mudar sua filiação partidária de republicano para democrata.
8 - Em Illinois, 450 empregados no WPA foram instruídos a angariar votos para os democratas por volta das eleições de 1938, e todos foram dispensados após as eleições.
Além disso, contrariamente à alegada aplicação de recursos onde fossem mais necessários, os registros demonstram que os estados que recebiam as partes mais gordas dos investimentos eram justamente os mais ricos, do oeste. A razão era simples: os investimentos eram orientados não por motivos econômicos, mas políticos: enquanto os estados mais ao sul foram os mais flagelados pela crise, eles eram de maioria democrata e portanto, não suscitavam a necessidade de serem "conquistados", de modo que qualquer "merreca" lhes fazia satisfeitos.
Aqui cito também o historiador Gary Garret, que em sua obra The American Story,  nos explica como nasceram as diversas agências e comissões de regulamentação, praticamente todas elas resultantes da aplicação da política do New Deal:
"Em todas estas leis do New Deal havia uma violação da liberdade individual.
(...)
Para dar eficácia a estas leis foi necessário criar novas agências de governo. Cada nova agência emitia suas próprias normas e regulamentos, com força de lei; e em pouco tempo estas agências administrativas passavam dez vezes mais leis do que o Congresso, todas elas vinculando o povo. Então a autoridade burocrática desenvolveu-se e tornou-se não apenas agressiva, mas indispensável - indispensável, ou seja, para que o governo pudesse intervir em cada espécie da atividade humana
(...)
E não apenas a agência administrativa fazia suas próprias leis, isto é, normas e regulamentos com força material de lei, mas também quando ela vinha a aplicá-las agia simultaneamente como o promotor, o júri e o juiz, todas as três funções de uma só vez, e os apelos de suas decisões às cortes regulares, por questões técnicas, custosas e difíceis."
(...)
O New Deal representou um período de grande estagnação econômica para os americanos, tendo em muito arrastado os índices lamentáveis de desemprego e inflação, a ponto de a Europa ter ultrapassado aquela grande nação.

Voltando às questões da prova, a pergunta nº 08 pede afirmar qual a alternativa correta com relação à quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, sendo a letra “c” a resposta: “A Alemanha e várias outras nações sofreram o impacto imediato e violento desse evento, em razão dos laços econômicos estreitos que vinham mantendo com os Estados Unidos;”.
Como eu disse, a resposta, em princípio, está correta, pois a quebra da bolsa de fato interferiu negativamente em âmbito internacional.
No entanto, cumpre-nos contextualizar a questão, que ao contrário do que nos dá a entender o texto que a antecede, a quebra da bolsa não se deu em função da própria ineficiência do capitalismo, inerente contraditório, especulativo e criador de exclusão social, mas por erros de perspectiva criados por intervenções estatais pré-New Deal: a criação de um banco central em 1913, com a inauguração de uma política de bail-outs (socorro financeiro a bancos e empresas em rumo de falência), com uma crescente expansão de gastos públicos, crédito e da moeda em circulação, combinada a uma férrea política protecionista, que resultava em empréstimos contínuos e crescentes a países que importassem dos Estados Unidos sem reciprocamente poder exportar, devido às medidas protecionistas; com a criação de uma política antitruste que visava proteger antes os concorrentes do que a concorrência, criando cotas de participação nos mercados; e com o esforço para a 1ª Guerra Mundial. Sem esgotar o assunto, os fatores aqui citados foram decisivos para que a crise de 1929 tivesse se tornado mais aguda e prolongada que as antecedentes.
No Brasil, a crise expôs os vícios da república café-com-leite, que privilegiava os produtores de café, fornecendo-lhes toda sorte de benefícios estatais, o que gerou uma superprodução que, sem saída, foi acabar nas fornalhas das marias-fumaças. Obviamente, simultaneamente à abundância do delicioso grão torrado, vultosos recursos deixaram de ser investidos em outras necessidades mais urgentes e imediatas, tais como a produção têxtil, no ramo privado, ou a melhoria da infraestrutura do país, no campo da atuação pública, só para tomarmos como exemplos.
O que já foi acima exposto serve para compreendermos o erro crasso – ou maliciosa afirmação ideologicamente enviesada – cravada na pergunta de nº 09:

“Quando a crise estourou, o governo do Presidente Hoover, do Partido republicano, adotou uma atitude passiva, de acordo com o sistema liberal dominante nos Estados Unidos. Mas os anos passaram e a crise permaneceu. Viu-se então que os empresários americanos e o governo republicano que os representava não seriam capazes de solucioná-la. Nas eleições presidenciais, os republicanos apresentaram a candidatura de Herbert Hoover à reeleição, mas ele foi derrotado pelo candidato dos democratas. O candidato vencedor foi:”

c) Fraklin Roosevelt (s.i.c.). (Resposta certa).

Noves fora a sofrível redação do enunciado acima, há uma sensível manipulação histórica, pois até o despontar do século XX os democratas eram tradicionalmente o partido mais defensor do livre-mercado e contrário às políticas protecionistas e antitruste, marcadas pelo conluio entre certos grandes empresários e os políticos republicanos. Para que os leitores deste artigo possam ter um exemplo marcantemente desmistificador, foi o presidente Andrew Jackson quem extinguiu o Banco da América (que inspirou posteriormente a criação do Banco do Brasil), após ter tomado conhecimento de vários casos de corrupção.
Portanto, a eleição em Franklin D. Roosevelt marcou possivelmente uma expectativa de retorno por parte do eleitorado às antigas posições democratas de laissez-faire, de igualdade jurídica e de não intervenção estatal na economia, ao que foi surpreendido pelo candidato que veio a trair suas expectativas de forma flagrantemente oposta.
Finalmente, vamos agora analisar a 10ª questão, que fala sobre a ascensão do nazismo e fascismo. Diz o enunciado:

“O Fascismo italiano e o Nazismo alemão conquistaram o respaldo de muitos setores da população, conseguindo um financiamento junto à alta burguesia. Assim puderam resolver a crise do capitalismo, com a instalação de ditaduras de direita que garantiram a ordem do sistema, os lucros e as propriedades.” Servindo de exemplo a muitos países também atingidos pelos efeitos da Grande Depressão, o totalitarismo:
d) Reforçou o desenvolvimento armamentista, preparando o terreno para a eclosão da Segunda Guerra Mundial; (Resposta certa)

Vamos direto ao ponto: ambos os regimes fundaram-se sobre máfias que implantavam o terror e a extrema violência como estratégia para angariar adeptos, que nada tinham de liberais.
O lema do partido fascista mais pronunciado por Benito Mussolini era: “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado”.
O nome do partido nazista era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (em alemão: Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP). Pelo contrário do que afirma o enunciado da questão, a política nazista consistia em uma pesadíssima intervenção estatal sobre as empresas, com privilégios aos empresários que fossem ou amigos ou ao menos aderentes ao partido, em detrimento de uma verdadeira economia de mercado. Longe de ser sustentável, o Terceiro Reich causou a ruína da economia alemã, ao direcionar praticamente todos os seus recursos na construção de uma máquina de guerra, que só se mantinha alimentada com o espólio das nações invadidas.
Em um artigo recente, intitulado Liberais e Nazistas, o escritor liberal Rodrigo Constantino desmascara esta falsificação histórica e enumera algumas das diretrizes do partido nazista para comprovar que o Nazismo jamais foi uma ideologia de direita:

‘Nós exigimos que o Estado especialmente se encarregará de garantir que todos os cidadãos tenham a possibilidade de viver decentemente e recebam um sustento”; “nenhum indivíduo fará qualquer trabalho que atente contra o interesse da comunidade para o benefício de todos”;

“Que toda renda não merecida, e toda renda que não venha de trabalho, seja abolida”; “nós exigimos a nacionalização de todos os grupos investidores”; nós exigimos participação dos lucros em grandes indústrias”;

“Nós exigimos a criação e manutenção de uma classe média sadia, a imediata socialização de grandes depósitos que serão vendidos a baixo custo para pequenos varejistas, e a consideração mais forte deve ser dada para assegurar que pequenos vendedores entreguem os suprimentos necessários aos Estados, às províncias e municipalidades”;

“Nós exigimos uma reforma agrária de acordo com nossas necessidades nacionais, e a oficialização de uma lei para expropriar os proprietários sem compensação de quaisquer terras necessárias para propósito comum. A abolição de arrendamentos de terra, e a proibição de toda especulação na terra”;

“A fim de executar este programa, nós exigimos: a criação de uma autoridade central forte no Estado, a autoridade incondicional pelo Parlamento político central de todo o Estado e todas as suas organizações.”


Para que os estudantes possam ter um esclarecimento maior sobre as afinidades entre o Nazismo e o Comunismo, sugiro efusivamente que assistam ao filme The Soviet Story, escrito e dirigido pelo cineasta letão Edvins Snore, que mostra como a Alemanha e a União Soviética cooperaram intensamente por meio do acordo Ribentropp-Molotov, fornecendo uma à outra matérias-primas, tecnologia, informações estratégicas, colaboração para a perseguição a judeus e outras minorias étnicas, doentes mentais, deficientes físicos e dissidentes de ambos os regimes e last but not least, a implantação dos campos de concentração.
Abaixo, em um prospecto sobre o filme, o produtor Edvins Snore mostra alguns cartazes de propaganda da época. Notem a indiscutível semelhança:

 Concluindo: Pais e mães, prestem muita atenção aos livros, provas e comentários dos professores dos seus filhos. Conhecer as falsificações tais como esta que demonstrei aqui é fundamental para que possamos interromper este ciclo malévolo. 

É recorrente a desculpa entre os que praticam a doutrinação ideológica que é praticamente impossível separar um professor de sua consciência política, que acaba de qualquer jeito sendo transmitida aos alunos. Porém, a doutrinação ideológica caracteriza-se objetivamente pelo abuso do poder de autoridade do professor e de sua privilegiada posição de ocultar ou deturpar os fatos aos seus alunos, e nisto não há nenhuma justificativa plausível, senão um flagrante de perfídia e covardia. 

4 comentários:

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