Radio Vox
Programa 22/05/2014
Tema: Educação Estatal X
Educação Livre
Objetivo: demonstrar por
que a educação livre é mais eficiente do que a educação estatal e porque esta
serve como instrumento de dominação dos cidadãos pelo estado.
Leia o roteiro abaixo. Participe! Ouça, dê a sua opinião!
1.
Assuntos da Semana:
a.
O assassinato de Machado de Assis;
b.
O acordo ortográfico e a doutrinação ideológica;
c.
Saudações ao Professor Marlon Adami;
2.
O que se vê e o que não se vê (Bastiat) – a
sociedade onde vigorasse um sistema de ensino livre e privado gastaria muito
menos do que uma sociedade onde prevalece o ensino estatal.
3.
Confronto de culturas: os pracinhas analfabetos
da FEB e os seus companheiros americanos bem-educados, muitos com nível
superior revelam a diferença da tônica da educação estatal, dominante no
Brasil, em contraposição com a americana, fruto da educação livre.
4.
Em todos os países do mundo, onde houve a criação do
Ministério da Educação, houve uma sensível degradação do ensino (Inclusive nos
EUA).
5.
Lei da Oferta e da Procura: Na sociedade livre,
a demanda pelas profissões é determinada pelo mercado, e assim há maior
previsibilidade para o projeto pessoal dos indivíduos. No sistema estatal, as
vagas são criadas a esmo, levando muitos bacharéis ao desespero por não
encontrarem emprego.
6.
Planejamento individual: Na sociedade livre, o
fato dos indivíduos pagarem pelo seu ensino leva-os a fazerem o planejamento de
suas vidas com maior seriedade. No sistema estatal, é muito comum o trancamento
de matrículas e a mudança de cursos no meio do caminho.
7.
A Manipulação do sistema de ensino: os
burocratas esquerdistas tratam a população como se fosse um jogo de Lego, isto
é, tratando os problemas pela via das conseqüências e não das causas:
- Aprovação
automática: Foi identificado que não havia tanta evasão escolar, mas
muita repetência: foi criada a aprovação automática: resultado: uma massa
crescente de alunos cada vez mais despreparados, haja vista que não
possuem base para acompanhar os níveis mais altos.
- Cotas: Foi
identificado maior sucesso de não negros e estudantes da rede privada,
então foi criado o sistema de cotas. Resultado: os estudantes
não-cotistas tenderão a se motivar mais para estudar e um maior vácuo
entre eles e os cotistas haverá de acontecer.
- Oferta sem
demanda: Foi identificado que os cidadãos com maior escolaridade
recebem melhores proventos, então criou-se o Universidade para Todos.
Resultado: desemprego, desperdício de recursos públicos e baixa qualidade
de formação.
- Primeiro emprego é o último emprego; Não há mais empregos do que
o mercado pode absorver, de modo que um incentivo artificial ao primeiro
emprego só poderia resultar no último emprego dos mais velhos.
- Trabalhante é um atrapalhante; O deputado Luiz Pitiman (PMDB/DF, atual
PSDB/DF), decidiu criar a figura do "trabalhante"? Pelo
projeto, que já tramita na Câmara dos Deputados sob o nº 74/11, o
jovem de 16 a 21 anos matriculado em qualquer curso regular com carga
mínima de 15 horas semanais trabalhará até 30 horas por semana e
receberá salário igual ao de um funcionário que exerça função similar na
empresa. O trabalhante, no entanto, não contribuirá para o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) e não terá direito ao Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS). Trata-se de mais outra insossa variação do nefasto
programa do "primeiro emprego", aquela idiotia petista que
levou três meses para empregar um garçom na Bahia para depois sair de
fininho do noticiário nacional, ou em outras palavras, mais uma nova
aposta na falácia esquerdista de que o empresário não dá emprego para o
jovem porque este não tem experiência. Toda intervenção estatal produz
distúrbios no funcionamento mais racional do mercado, eis o motivo básico
pelo qual devemos mantê-lo, como assim dizer...livre! Simples assim!
Pois, em uma economia estagnada ou com um ritmo de contratações inferior
ao da chegada de novos jovens ao mercado de trabalho, cada novo primeiro
emprego artificialmente criado pelo estado significará o último emprego
para um velho pai de família. Agora vamos refletir: o jovem trabalhante
não paga INSS e não recebe FGTS, enquanto o velho desempregado vai
consumir dos dois recursos! E isto em um país que absolutamente não sabe
como fechar as suas contas previdenciárias... Querem mais? Pensemos que
esta absurda proposta caia no gosto do mercado, e assim se cria a
indústria do ensino barato, baratinho, só para justificar a contratação
dos "trabalhantes!" No mínimo, mihões de dorminhocos nas
salas de aulas "roubando" ou inflacionando as vagas de quem
realmente queria estudar. Pobre ensino brasileiro, que já ia de mal a
pior... Esta do "atrapalhante" vem a se somar com as recentes
alterações na lei do estágio, que absurdamente conferiu aos estagiários,
que NÃO são trabalhadores, mas estudantes, a concessão de férias de 30
dias, para embaralhar todo o sistema jurídico.
- Jovem aprendiz e
Estágios com direitos trabalhistas: os estagiários não possuem
responsabilidade trabalhista, e os direitos trabalhistas são
imprevisíveis, causando insegurança jurídica e desestímulo à oferta de
vagas de estágios.
- Conteúdo caótico e
sem sentido:
- Ensina-se que Pedro
Álvares Cabral descobriu o Brasil, mas não quem foi ele e quais as
circunstâncias que o levaram a procurar pelo Brasil;
- Ensina-se que o
estopim para a deflagração da 1ª Guerra Mundial foi o assassinato do
Arquiduque Francisco Ferdinando, mas isto é completamente nonsense se não
for explicado aos alunos que fatores fizeram com que este fato servisse
como pivô.
- Em Física,
despejam-se fórmulas que os alunos esquecerão facilmente depois das
provas, porque não lhes é ensinado como funcionam os fenômenos físicos.
- A grande maioria das
profissões não demanda mais do que habilidades e conhecimentos básicos,
sendo um desperdício forçar alunos a cumprirem um extenso currículo que
jamais usarão. Este articulista foi aluno excelente de Química orgânica,
mas jamais foi capaz de produzir gasolina na garagem de casa
(Inutilidade).
- Evasão escolar:
Não obstante, persevera um alto índice de evasão escolar, e o motivo é
simples: a sala de aula é muito sacal, e mesmo intuitivamente os alunos começam
a perceber que a escola eivada de doutrinação ideológica não há de lhes
trazer nenhum futuro.
- Bullying: sem a valorização da disciplina e dos
valores morais, a escola tem tratado os estudantes como construtores do
próprio conhecimento e assim desenvolve-se o espírito de gangue ou de
matilha, tal como os dos lobos. Os jovens são extremamente cruéis. Ver 1º
artigo de Olavo de Carvalho em O Mínimo.
- Visão de futuro:
- Minhas visitas à
Coréia do Sul, Cingapura e Taiwan
- Falta de troca de
vivências: Na escola pública, não há nenhuma visão de futuro: os professores
são pessoas desmotivadas e de pouca vivência: os alunos entre si não
possuem a vivência dos pais dos alunos, que lhes possam servir de
exemplo. Os maiores exemplos para estas crianças são ser jogador de
futebol e dançarina da garrafa.
- No sistema de ensino
brasileiro, nas escolas públicas ensina-se o ressentimento contra as
elites pela alegada exploração capitalista, e nas escolas privadas,
ensinam as crianças a se sentirem culpadas.
- Universidade não é
lugar para inclusão social, mas as boas universidades a promovem: o
modelo israelense e o modelo brasileiro. Em Israel, não se procurou fazer
com que todos os cidadãos tivessem um diploma, mas que as universidades
produzissem tecnologia de ponta para o país, criando empregos de alto
valor e portanto, promovendo a inclusão social. No Brasil criou-se a
indústria dos diplomas, que mal servem para pendurar na parede.
- O problema do livro
didático: é uma bitolação, porque os alunos só querem estudar por
eles, já que por eles são feitas as provas; os erros abundam e as
informações são extremamente resumidas (muitas vezes resumos de edições
anteriores dos próprios livros didáticos); a praga do livro didático é um
subproduto da praga da licitação pública (embrulha e manda). O poder dos
consultores do MEC de aprovar livros é incomensurável e portanto,
suspeito. O risco da doutrinação ideológica desde cima.
- Ludwig von Mises e
uma reflexão sobre a educação estatal, incluindo os esportes: "Tem
sido afirmado que as necessidades fisiológicas de todos os homens são idênticas
e que essa igualdade pode servir de base para medir o grau de satisfação
objetiva. Quem expressa tais opiniões e recomenda o uso desse critério na
formulação de políticas governamentais na realidade está propondo que se
tratem os homens da mesma maneira que um criador lida com seu gado. Tais
reformadores não percebem que não há um princípio universal válido para
todos os homens. O princípio que vier a ser escolhido dependerá dos
objetivos que se quer atingir. O criador de gado não alimenta suas vacas
com a intenção de fazê-las felizes, mas visando a objetivos específicos
que ele mesmo estabelece. Pode preferir mais leite ou mais carne ou
qualquer outra coisa. Que tipo de pessoas os criadores de homem querem
formar: atletas ou matemáticos? soldados ou operários? Quem pretender
fazer do homem a matéria-prima de um sistema preestabelecido de criação e
alimentação na verdade está arrogando-se poderes despóticos e usando seus
concidadãos como um meio para atingir seus próprios fins, que são
indubitavelmente diferentes dos que eles mesmos pretenderiam atingir." (Ludwig von
Mises, Ação Humana: Um Tratado de Economia, Instituto Liberal, Rio de
Janeiro, 1995, 2ª ed. p. 243.)
- Hans-Hermann
Hoppe e Julio Severo: os currículos escolares têm sido
alongados propositalmente com a finalidade de evitar que as mulheres
engravidem.
- Currículos
estatais: Os currículos escolares, na maior parte determinados
pelo estado, cada vez mais tendem a ensinar os alunos não a aprenderem
coisas úteis para si mesmos, mas para o estado. Os cursos de
Administração, economia e contabilidade atualmente são cursos onde os
alunos prioritariamente aprendem a preencher relatórios para o governo.
- Doutrinação
ideológica: em uma sociedade de ensino estatal prevalente, é
fatal acontecer a doutrinação ideológica, uma vez que os políticos no
poder não hesitarão em fazer dos jovens suas ovelhas eleitorais. Este
articulista tem combatido com afinco os casos de doutrinação ideológica,
e os ouvintes/leitores podem ajudar, enviando fotos dos livros onde desconfiem
haver doutrinação ideológica. A doutrinação ideológica se define pela
ocultação e deturpação de fatos e circunstâncias (mentiras) e o uso da
autoridade do professor para influenciar os estudantes para a ideologia à
qual é simpático o professor. Visite o Escola sem Partido, do Dr. Miguel
Nagib (http://www.esp.org).
- Agressão à
Liberdade de Associação: o problema da intervenção estatal em escolas
confessionais; multiculturalismo e relativismo cultural (o relativizado
não é relativista). Ler Sociólogos e Sociólogros em http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/39-sociologos-e-sociologros.html;
Como o estado laico se transforma em estado ateu. Pacto de San José: Além
de ser um direito natural -- ou seja, um direito que existe independentemente de estar previsto em
lei, porque decorre da própria natureza das coisas --, esse direito é
garantido expressamente pelo art. 12 da Convenção Americana de Direitos
Humanos (CADH), também conhecida como Pacto de São José da Costa Rica. O
art. 12 da CADH diz o seguinte: “Os pais têm direito a que seus filhos
recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias
convicções.” A CADH é um tratado internacional assinado pelo governo
brasileiro que tem força de lei no Brasil desde 1992. Ou melhor: de
acordo com o Supremo Tribunal Federal, a CADH, por ser um tratado sobre
direitos humanos, está no mesmo nível hierárquico da Constituição
Federal.
- Professor
não é educador: vídeo da Professora Ana Campagnolo e Edésio
Reichert sobre livro do filósofo Armindo Moreira: “Educar é criar hábitos
e sentimentos que permitam ao educando adaptar-se ao meio social em que
há de viver”. “Instrução é proporcionar conhecimentos e
habilidades para que a pessoa possa ganhar seu sustento na vida adulta”.
Até 1935, havia Ministério da Instrução; A ideia de transformar em
Ministério da Educação veio da Europa, onde os ditadores de lá perceberam
que podiam usar as escolas e os professores para transformar os jovens em
militantes de suas ideologias. https://www.youtube.com/watch?v=55Ppn7gIs5M&list=UU4Tb1JgVxgKvb3MGWXenC3w
- A proposta dos
Vouchers (Milton Friedman / Escola de Chicago): PROUNI / FIES são
semelhantes; solucionam em parte a aplicação dos recursos, pois os alunos
podem escolher onde estudar e isto cria incentivos para que as
universidades mantenham-se em condições melhores que a maioria das escolas
públicas, mantendo-se mais aparelhadas, limpas e sem greves e desordens;
No entanto, por não ser uma demanda direta dos alunos, o ensino é de baixa
qualidade, já que o objetivo é formar profissionais para atender a
demandas do governo e não dos próprios usuários.
- Cenário de ensino
em uma sociedade livre
- Desperdício de
mão-de-obra: É um gigantesco desperdício ver uma população de jovens
entre 16 e 26 anos que poderiam estar trabalhando e produzindo, mas que
estão aprisionados em chatérrimas salas de aula.
- Os currículos
seriam mais específicos e espaçados: Não há necessidade de dividir o
ensino em três níveis estanques, de modo que com o domínio de quaisquer
habilidades adquiridas alguém já poderia estar apto a trabalhar. Por
exemplo, um estudante de direito não tem necessidade de aprender
disciplinas sobre direito agrário se o seu foco é o comércio
internacional, onde o direito marítimo e o direito internacional se fazem
mais importantes. Assim ele já pode começar a trabalhar com um certo
nível mínimo de conhecimentos e ir se aperfeiçoando aos poucos.
- Vivência:
pesquisas têm demonstrado que o principal fator para uma boa formação
profissional é a vivência ao lado de um profissional experiente. Assim,
um indivíduo pode começar a trabalhar com um certo nível básico de
conhecimentos e ir se aperfeiçoando ao longo de sua carreira. Um médico
experiente precisa de médicos básicos para procedimentos mais
corriqueiros, tais como acompanhamento, porque sua expertise é muito cara
para ser desperdiçada. Então há um incentivo mercadológico para que haja
uma troca de vivências.
- Homeschooling:
é uma opção para pais que podem educar por si mesmos seus filhos. Nos EUA
há uma indústria bem desenvolvida que fornece material didático para homeschoolers.
Tradicionalmente são estudantes mais capacitados e muito ao contrário do
que parece, são mais sociáveis. Casal Abadie.
- Liberdade de
Associação: os cidadãos são livres para educar seus filhos conforme seus
valores morais e religiosos. Pacto de San José da Costa Rica.
- Conclusão
- Tardiamente os
brasileiros entenderam que a Copa e as Olimpíadas não passam de um engodo
populista para a glória e permanência no poder do PT, com direito a
muitos desvios e desperdícios de recursos. Não nos cabe agora fazer
manifestações contra a Copa, porque tratar mal os visitantes só fará mal
ao bom povo brasileiro; no entanto ainda dá tempo pra nos manifestarmos
para devolver as Olimpíadas, para que sejam redirecionadas para outro
país.
- Os brasileiros
reclamaram com justa razão que o dinheiro que deveria ser gasto com saúde
e educação foram para a construção de stádios. Mas ora, ela antes já não
era boa, e não teria ficado melhor se não tivéssemos uma Copa para
realizar. Então o que devemos fazer é exigir menos impostos e menos
intervenção estatal, para que possamos todos contratar um plano de saúde
privado e uma escola privada para nós e nossos filhos.
- Próximo Tema:
Federalismo e Subsidiariedade
- Agradecimentos
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