"Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10, 10)
Bem que eu tentei dar um reforço à enquete promovida pelo programa Fantástico para engrossar a turma contra a distribuição de camisinhas nas escolas. Entretanto, como sempre, a Oi não tem linha, tronco ou sei lá o quê, de modo que sempre estas tentativas morrem num sinal de ocupado.
Desta vez, não identifiquei sinais claros de condução da reportagem, tal como o mesmo programa produziu com relação à das clínicas ilegais de aborto, com a proposta mais que subliminar de propor a legalização da fatídica prática. Ainda assim, a principal questão ficou omitida, talvez por mero desconhecimento, afinal, o pátrio poder já é figura de ficção jurídica a se tornar letra morta: é certo que o estado interponha-se à educação que os pais dão aos filhos? É certo que os requisitos morais e religiosos que envolvem a formação das famílias sejam desmentidos por um governo que instala máquinas de camisinha sem pedir permissão aos pais? É certo que isto seja feito, só porque se trata de escolas públicas?
A minha posição é clara e inequívoca: escola é o lugar onde encaminho a minha filha para estudar, e não para se municiar de uma camisinha para ter encontros fortuitos à revelia de mim e de minha esposa e sob o nosso desconhecimento. Quando o estado se interpõe nesta questão, invade a competência da estrutura familiar, agride suas convicções morais e religiosas e o estado de mútua confiança entre pais e filhos.
Depois, há outro problema a resolver além da camisinha: onde os jovens vão transar? Nas festas? No mato? Nas casas uns dos outros, aproveitando a ausência dos responsáveis, quendo nos dizem que vão fazer "pesquisas"? Nos banheiros das escolas? Bem aí se vê que o governo não apenas promove o sexismo aproveitando-se da boa fé dos pais em que confiam, cegos, os seus filhos às instituições de ensino, mas também os estimula ao comportamento furtivo com relação aos seus pais. Isto merece uma ação popular. É o jeito correto de tratar a questão quando lidamos com governantes totalmente inescrupulosos.
Diz a reportagem que a dita máquina estará à disposição apenas dos alunos do segundo grau. Oh, quanto decoro! Pois não são estes jovens ainda menores de idade, sob a responsabilidade dos seus pais? Eu tinha treze anos de idade quando cursava o primeiro ano do segundo grau!
Muito sem querer, o próprio programa dá a resposta à proposta do governo: em um quadro diferente, mostra a comovente situação de uma mulher abandonada pelo marido porque doente. No Brasil, estamos vivendo o descalabro de rapazes que vão se criando sem um pingo de responsabilidade, amor, companheirismo e decência. Falo dos rapazes porque as consequências para eles, em, geral, são mais brandas. Basta cair fora e "dane-se o mundo que não me chamo Raimundo." Para as moças, bem, estas vão se achando espertas, até que uma barriga lhes rouba todo o futuro de suas vidas.
Os defensores da política da camisinha dizem que as moças que se tornam grávidas assim acabam justamente por não terem a usado. Entretanto, não é assim que a fórmula funciona, pois o seu uso está relacionado antes com uma intensa promoção do sexo livre, a ponto de se tornar praticamente um assédio moral. Neste caldeirão, é claro que sempre sobram aqueles que não a usaram direito, ou que usaram a primeira vez, e vá lá, para uma segunda não havia outra disponível...
Por outro lado, os efeitos colaterais não se encerram no evento de uma gravidez indesejada. A idéia de o rapaz esperar pela moça é um teste de amor, responsabilidade, companheirismo e lealdade. Pois tudo isto é jogado fora, como vimos no caso acima. Ao invés de pensarem em contruir uma vida juntos pensando no que cada um pode dar de si ao longo da vida, as uniões são formadas com base nas exigências mais imediatas do que cada um tem a fazer com relação ao seu par, e se as expectativas logo não se concretizam, ou então que se frustram por uma doença, pobreza ou algum outro tipo de infortúnio, então é hora de fazerem a trouxa e cada um seguir seu rumo. Que roteiro mais triste! Quão vazias e estéreis são estas vidas!
Filhos sem famílias bem-estruturadas, de mães solteiras, pobres e dependentes de benefícios estatais são os filhotes desgarrados propícios para os lobos petistas e demais comunistas em geral. Não foi à toa, para quem se lembra, que a campanha de Lula para o seu primeiro mandato tinha uma chamada justamente composta por um jovem filho de mãe solteira que erguia o punho em um gesto de lealdade a Lula que em muito se assemelhava a um Heil!
Às consequências desastrosas da política da camisinha, vem o governo em seguida querer aparar com o aborto. Então, sinceramente, pergunto: é isto o que queremos para os nossos filhos? Que transem como cães e que se matem as crias indesejadas?
Tá certo que temos andado dizendo que o ensino no Brasil mais parece um puteiro, mas até então fazíamos uso da linguagem metafórica. É para tomar pelo senso literal agora?
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