Não sou um profeta nem vidente, mas já nem me surpreendo com as coisas que aponto neste blog sobre as quais os sonsos de plantão vêm com suas ironias idiotas: notícia retirada do site do jornal Diário do Pará informa que o FGTS tem tido o pior rendimento dos últimos quarenta e três anos!
Conforme tenho explicado desde há vários anos, o FGTS não passa de um "empréstimo compulsório disfarçado". Em suma, materialmente falando, isto é, delimitando o seu real efeito concreto, o FGTS é um empréstimo compulsório que o trabalhador paga ao governo, e digo mais: a juros negativos! É incrível como mesmo contadores formados, gente que está acostumada com a matemática e a lógica, não consiga entender isto.
Vou repetir: Não é o patrão que paga o FGTS: é o próprio trabalhador! Pense bem: Será que o patrão vai contratar alguém por um salário X e depois então é que vai se lembrar de que tem de depositar o FGTS? Ora bolas, é claro que não! Portanto, o empregado é contratado segundo uma planinha de custos cujo valor total retrata o retorno econômico do seu trabalho. Se este retorno superar a planilha, ele será contratado, caso contrário, permanecerá no desemprego, ou será adminitdo por um salário menor. Assim sendo, tudo o que o empregado não recebe na mão, no fim das contas, é ele que paga, e este efeito se torna tão mais direto no caso do FGTS, que afinal, trata-se de ser objetivamente considerado uma parcela salarial.
Com o FGTS, por conseguinte, o trabalhador tem uma parcela do seu salário, que no fim das contas é a sua propriedade privada, retida pelo governo, que lhe pagará segundo o pior rendimento possivel. Eu disse o "pior rendimento possível?" Ora ora, não sou um profeta nem vidente, mas já nem me surpreendo com as coisas que aponto neste blog sobre as quais os sonsos de plantão vêm com suas ironias idiotas: notícia retirada do site do jornal Diário do Pará informa que o FGTS tem tido o pior rendimento dos últimos quarenta e três anos!
Entendidas as coisas sob o prisma correto, compreende-se o absurdo, encimado nos cúmulos do bizarro, em o governo liberar fatias parciais do FGTS e sob determinadas condições aos atingidos pelos deslizamentos de terra no estado do Rio de Janeiro. Imagine você ter de pedir permissão para ter para si algo que lhe pertence. Quem sabe, se com este dinheiro, muito mais bem aplicado por você mesmo, a sua casa própria já não seria uma realidade, construída sobre um lugar mais seguro.
A gestão do FGTS é deliberada por um conselho tripartite formado em tese por burocratas do governo, empregadores e empregados, mas que não passam todos de um grupo apático que toma as suas decisões com base nas políticas adtadas pelo atual governo. Se o valor do FGTS fosse gerido pelos próprios empregados, eles poderiam aplicar o seu dinheiro em investimentos bem mais rentosos, podendo inclusive reunir-se em grupos para melhor obterem melhores condições de negociação com os agentes financeiros.
Então, você ainda acha que o estado é mais capaz de gerir o seu próprio dinheiro do que você mesmo? Bem, se você pensa assim, vá fundo, não se reprima: entregue todo seu dinheiro a ele!
Quando defendo a propriedade privada, não advogo em benefício dos empresários contra o resto da população, mas em prol de todo cidadão, seja um banqueiro, um industrial, um assalariado ou mesmo um pobre ambulante autônomo. Salário é propriedade privada - pertence ao trabalhador - e toda lei que sob pretextos diversos limita o seu recebimento é injusta e configura um confisco.
Não só o FGTS integra esse mix de assalto ao trabalhador brasileiro, na Previdência Social o "assalto" a nossos bolsos é ainda maior. Sou obrigado a contribuir, nem sei como vou usufruir (as regras para aposentadoria ficam a critério do governo, que de forma equivocada administra também uma fatia do que me pertence); agora o mais imteressante, os fundos de previdência privada conseguem aplicar melhor o que me pertence e com uma vantagem, quando eu quiser me devolvem o que me pertence. Não seria hora de liberdade de opção previdenciária? E o governo que administrou mau o fundo previdenciário, que arque com as consequências
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