quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Extirpando a verdade

Por Matheus Viana

A Bíblia que Dilma Rousseff retirou é o simbolismo da verdade que a cúpula governista pretende extirpar da população, a fim de que esteja suscetível a todo tipo de manipulação 
O adágio popular preconiza: para bom entendedor, meia palavra basta. As atitudes de um indivíduo, por mais ínfimas que sejam, revelam seus intentos mais ocultos. Freud atribui esta espécie de “fenômeno” do comportamento humano à força implacável do inconsciente.

O fato de a presidente Dilma Rousseff, já em sua primeira semana no cargo, ter retirado a Bíblia de sua sala não é um ato meramente casual. Ele foi movido por uma ideologia. Apesar de afirmar ser religiosa durante o pleito de 2010, sua recente atitude evidencia seu desapego. A retórica falaciosa foi confirmada.

Contudo, não é isso o que está em questão. Ninguém é obrigado a ser devoto a uma religião. Ateísmo não é crime. Mas a indagação pertinente é o que tal atitude demonstra. O jargão proclamado por Marx “a religião é o ópio do povo” pavimenta a conduta da PT e da própria Dilma Rousseff.

Não é de hoje que José Genoíno, bastião petista, milita pela retirada do nome de Deus da Constituição e da abertura solene das votações no Plenário. Extraindo todos os atributos cristãos da cultura brasileira, o caminho para o estabelecimento de uma nova ordem social, moral e política, completamente imune dos valores cristãos, estará livre. Este é o intento.

Em contrapartida, o apóstolo Paulo exorta: “Procura-te apresentar a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade”. (II Timóteo 2:15). Os revolucionários sabem que o conhecimento da verdade culmina em liberdade (Evangelho segundo João 8:32). E a Bíblia que Dilma retirou é o simbolismo da verdade que a cúpula governista pretende extirpar da população, a fim de que esteja suscetível a todo tipo de manipulação.

A imposição de determinadas leis e a criminalização de toda e qualquer oposição já é uma realidade. Os que detêm e observam as verdades contidas nas Sagradas Escrituras são tachados de fundamentalistas ou obscurantistas. Ou seja, suas opiniões não têm valor. Tirar a veracidade dos argumentos opostos é a ponte para o estabelecimento de um regime ditatorial.

Portanto, não deixem que tirem de ti o conhecimento da “palavra da verdade”. Que tirem da sala presidencial, mas não de nossos corações. O florescer de uma cidadania digna depende dele.

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