Os bons políticos estão de frente com uma histórica oportunidade favorável de fazerem a verdadeira oposição. Fatos a serem denunciados, há aos montes, bem como uma população - esta que paga a conta - que já declarou não se sentir representada! O que der o primeiro passo se sairá melhor lá na frente!
Por Klauber Cristofen Pires
Uma piada corrente nas
redes sociais é a de que a “presidenta” Dilma Roussef é uma tartaruga num
poste. Então você há de perguntar: Ora, mas por quê? E aí vem a resposta:
ninguém sabe como ela chegou lá, e ela mesma não sabe o que está fazendo lá, de
modo que a única coisa certa a fazer é tira-la de lá!
Não apoio manifestações de massa pelo motivo
sincero de que tenho alergia a multidões. Se eu mesmo não tenho coragem de
estar em meio à turba, por quê haveria de incitar os outros a dela tomarem
parte?
Não obstante, um raio de espontaneidade contagiou o
povo naquele dia em que mandou os petralhas e seus partidos quebra-gelos (PSOL,
PTSU, PCO e outros afins) enrolarem a suas bandeiras. Foi sincera a declaração
da líder do Movimento Passe Livre, Mayara Vivian, de que seu “pacífico
movimento”, que foi financiado milionariamente pela Petrobras e que recebeu
assistência técnica do PT e até das FARC, foi deturpado por pessoas que traziam
reivindicações conservadoras.
Houve um momento, quando eu fiz meu curso de
especialização em Direito Tributário, que um professor nos pediu um trabalho de
pesquisa que respondesse à seguinte questão: “- por quê o brasileiro resiste a
pagar impostos”? Ora, eu não tive dúvidas! Para mim a resposta já era clara: os
cidadãos resistem a pagar impostos por causa da absoluta falta de
representatividade reinante no sistema político brasileiro.
Por causa da minha resposta, meu trabalho recebeu
como nota um mero “regular”; na certa, o professor esperava que eu fosse
desenvolver algo na linha do que ele certamente esperava, isto é, uma resposta clichê para uma pergunta
pronta, algo assim como que os serviços públicos deveriam melhorar para que o
cidadão se sentisse mais satisfeito. Bom, foi a menor nota que eu já tirei na
minha vida com o maior orgulho do mundo, ainda mais quando eu sabia das claras
tendências esquerdistas do meu mestre.
Quando eu vou a uma lanchonete, eu não resisto a
pagar pelo meu sanduíche e meu refrigerante. Opa, em tempo: quando eu vou à
lanchonete da minha preferência, pois há aquelas cujo piso nem chegam a receber
a impressão da sola do meu sapato. Para aquelas que não freqüento, meu dinheiro
não flui.
O que estou dizendo é que com meu dinheiro eu exerço
escolhas e aprovo bens e serviços. Há alguns deles, inclusive, que reconheço
serem caros para os meus padrões pessoais, mas que mesmo assim os contrato com
satisfação, porque valorizo o bem-estar que me proporcionam.
No sistema binário impostos-serviços públicos,
todavia, não há escolhas. Se eu sonegar impostos, provavelmente irei para a
cadeia, mas jamais conseguirei colocar na cadeia quem falha ao me servir saúde,
educação, e segurança, só para começar.
Particularmente no sistema eleitoral brasileiro, não
há absolutamente nenhum elo que ligue a população aos políticos: percebam como,
quando a população é ouvida, os resultados são muito diferentes: dois terços da
população desaprovaram a proibição do comércio de armas; mais de oitenta por
cento é contra o aborto e a maioria absoluta, com folga, é contrária ao
casamento gay.
Ora, para cada empresário que se vale do Bolsa-BNDES,
muitos outros se vêem prejudicados pela concorrência desleal derivada deste
privilégio e arcam com uma carga tributária extorsiva, tendo às suas portas não
uma fila de clientes, mas de fiscais de tudo quanto é órgão criado com as mais
belas intenções de tornar a atividade capitalista um crime hediondo.
Assim também, para a classe média, para cada cidadão
que logra passar num concurso público, muitos e muitos outros precisam
desdobrar-se na iniciativa privada sob condições de trabalho desumanas e com os
salários acochados. É incrível a disparidade salarial de um empregado da
iniciativa privada, quando comparada com a de qualquer servidor público lotado
em uma atividade de complexidade correspondente.
Por fim, para a classe pobre, se o bolsa família
atende a alguns milhões, outras dezenas de milhões se espremem diariamente em
trens e ônibus lotados, morrem à míngua nos hospitais públicos, levam seus
filhos à escola para aprenderem pornografia e tudo isto por um salário mínimo
de fome!
Será que a população que arca com os custos destes
privilégios os aprova sem restrições?
Há, portanto, uma indiscutível maioria da população
que está pagando a conta, e é esta mesma população que não tem absolutamente
nenhum político que a represente!
Está na hora de os bons políticos, especialmente dos
Democratas, largarem de mão a opção por serem um apêndice do PT, e passarem a
defender os valores da família, da livre iniciativa e da propriedade privada .
Fatos favoráveis, estão aí aos montes! Porém, diferentemente, não há ninguém
que os coloque no alto do poste! Uma iniciativa de si próprios se faz necessária e urgente!
Eu acredito sinceramente que uma candidatura isolada
dos Democratas haveria de causar uma grande reviravolta. Ainda me lembro da
excelente performance do candidato Índio da Costa, que infelizmente, foi
desautorizado e “mentido” pelo candidato José Serra, quando denunciava o Foro
de São Paulo!
Não chego a apostar em uma vitória, embora admito que
surpresas possam acontecer, mas certamente, haverá um recomeço da identificação
de uma verdadeira oposição com o povo que se sente não representado pela classe
política atual, e isto seria o início de um movimento crescente!
Aqui seguem algumas pautas que ganhariam a adesão
mássica da população: Denúncia do Foro de São Paulo; Legalização e facilitação
ao porte de armas aos cidadãos de bem; combate à doutrinação ideológica nas
escolas e faculdades; combate ao aborto, à pedofilia e à eutanásia; combate às
expropriações promovidas por órgãos de quinta categoria por meros atos
administrativos amparados em laudos antropológicos forjados; desapropriações de
terras somente por lei específica e com a devida indenização; combate e
denúncia contra o controle da mídia (censura); apoio e valorização da
propriedade privada; enxugamento da burocracia; denúncia da política fascista
de mancomunação de empresários e governos com atos seletivos de privilégios
fiscais e burocráticos; fim dos monopólios de linhas de ônibus urbanos;
diminuição da carga tributária; investimentos na logística do setor produtivo,
energético e exportador.
A opinião pública já está operando uma virada à
direita, e isto aconteceu por causa do trabalho formiguinha dos institutos
liberais e conservadores, e de um milhar de blogs como o meu, que desmascaram
as urdiduras da mídia tradicional politicamente engajada à esquerda. Os políticos
que perceberem isto hoje largarão na frente e pavimentarão as suas carreiras
políticas com o asfalto da verdade e da coerência. Falta apenas o primeiro que
dê seu passo à frente.
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