NOTA de LIBERTATUM: Vocês se lembram de quando o governo do PT bradava aos quatro ventos que as altas taxas de juros vigentes no Brasil eram fruto de uma política voltada para o benefício dos bancos e contra a população, que baixá-los era uma necessidade urgente para o Brasil se desenvolver, e que para tanto bastava ter a vontade política que só o PT tinha coragem de implementar? Vocês recordam que o governo do PT realmente baixou as taxas de juros - na marra - e disponibilizou bilhões de reais em crédito fácil para incentivar o consumo da população, como medida desenvolvimentista, e que agora esta mesma população, endividada até a pleura, está (mais) refém dos bancos e sendo esfaqueada pelo governo que a empurrou para o consumo sem poupança? Pois, a prova da inconsistência da política econômica do governo do PT está aí, para ninguém mais se enganar, a não ser que queira.
09/10/2013 - 20h06
Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou hoje (9) a taxa básica de juros (Selic) de 9% para 9,5% ao ano. Foi o quinto aumento seguido desde abril, dos quais quatro com variação de 0,5 ponto percentual, em linha com as expectativas dos analistas financeiros, como mostra o boletim Focusdivulgado na última segunda-feira (7) pelo BC.
A ata da última reunião do Copom (dias 27 e 28 de agosto) já manifestava a tendência de a autoridade monetária manter o processo de alta da Selic. Hoje, o colegiado de diretores do BC reafirmou a disposição de dar continuidade à elevação da taxa de juros para conter a demanda doméstica por compras e impedir o avanço da inflação, que acumula 5,86% nos últimos 12 meses.
Ao final da sétima reunião do ano, o Copom divulgou que “a decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”. A decisão do Copom foi por unanimidade e sem viés (não pode mudar até a próxima reunião do comitê, marcada para 26 e 27 de novembro).
De acordo com números do Tesouro Nacional, referentes a agosto deste ano, 22,6% da dívida mobiliária federal estavam atrelados à Selic. Com base nesse dado, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos calcula que cada subida de 0,5 ponto percentual na Selic equivale a acréscimo aproximado de R$ 3 bilhões/ano na dívida pública, transferidos em grande parte para os bancos, que são os maiores credores do Estado.
A taxa básica de juros cresceu 2,25 pontos percentuais no ano – passou de 7,25%, em abril, para os atuais 9,5% – e, de acordo com expectativas dos analistas financeiros, deve aumentar ainda mais nas próximas reuniões do Copom, no fim de novembro e em meados de janeiro de 2014, apesar do abrandamento da inflação nos últimos três meses. Os analistas acreditam que a taxa básica de juros terminará o ano em 9,75% ou 10%.
Edição: Aécio Amado