Por Klauber Cristofen Pires
Do acervo dos meus artigos, não houve até hoje nenhum segmento da sociedade ao qual tenha prestado alguma solidariedade por ideologia ou corporativismo. Já escrevi a favor da religião e contra ela; a favor de religiosos e contra os falsos profetas; a favor dos militares e contra os mesmos; a favor tanto dos empresários quanto dos trabalhadores e igualmente de forma contrária a eles. Nem com os servidores públicos civis ou com a minha própria carreira como Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil foi diferente: isto porque a agulha magnética que me indica o norte é a que está assinalada no alto do meu blog: "pela vida, pela liberdade e pela propriedade".
Como tenho afirmado, o nosso Brasil de hoje é uma "Sociedade de Trincheiras". Cunhei este termo inspirado em contraposição ao título da obra de Allain Peyrefitte, "A Sociedade de Confiança". O que pretendo afirmar com esta expressão? Simples: que o estilo sindicalista-corporativista de política e de organização social está nos enclausurando a todos dentro de imundas e insalubres valas ideológicas.
Neste ambiente, nenhuma pessoa vive plenamente como um ser humano, autêntica, livre e independente para gozar a sua vida com dignidade e dotado de direitos individuais e universais inalienáveis. Pelo contrário, cedo aprendemos que precisamos nos aderir a algum grupo social específico e cerrar fileiras com ele para arrancar direitos à base da expropriação do trabalho e da propriedade alheios. Nós, brasileiros, somos todos, sem exceção, e cada um dentro de um ou mais grupos de interesse, levados a nos mancomunar com o estado para agredir a liberdade e a propriedade dos outros.Somos uma sociedade de agressão, e por isto mesmo, de desconfiança. Somos uma sociedade de trincheiras, levados a isto para nos defender dos ataques dos outros, enquanto planejamos as nossas próprias investidas.
Ainda há quem se assuste ou reaja com desdém quando explico porque o nosso país está tomando o rumo de uma Venezuela ou de Cuba ou da Bolívia. Os primeiros assim agem por algo que até beira uma honesta humildade, enquanto os segundos, por uma falsa - e por isto pretenciosa ou mesmo arrogante - impressão de que têm conhecimento de causa.
Com efeito, distancia-se das mais acertadas probabilidades a previsão de que o Brasil venha um dia a tomar uma forma de uma nação comunista ao estilo soviético, isto é, sob o regime de estatização quase completa dos meios de produção. Digo quase completa porque nem sequer na União Soviética uma total estatização teve lugar. A cada vez que o regime beirava o colapso total, o Kremlin soltava um pouco a corda, dando sobrevida à sua extensa tirania.
Entretanto, é sob o estilo de socialismo interventivo, como bem explicado por Hans-Hermann Hoppe, que o Brasiljá se encontra perfeitamente caracterizado. Para quem não sabe o que isto vem a significar, explico de forma eloquente: estamos vivendo em plena vigência do nazismo, sem nada a dever à Alemanha dos anos 30.
Não ousem os mais apressados a refutar esta afirmação com base no clichê estereotipado da perseguição racial promovida por aquele regime, supostamente inexistente em nossas terras. A perseguição aos judeus ergueu-se como espécie do gênero "inimigo externo", este sim, amplamente utilizado por tiranos de todas as épocas.
Para quem não sabe e ainda crê na amplamente difundida propaganda socialista de categorizar o nazismo como uma ideologia de "ultra-direita", informamos que os termos "nazi" e "nazista" são acrônimos do nome do partido, que se chamava Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP, ou, fazendo melhor em traduzir, Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Sim, Partido dos Trabalhadores! Alguma diferença? O quê? No uso do "Nacional?" Então você acredita peremptoriamente que é de nascença o ódio que você sente pelos americanos? O nacionalismo do Partido dos Trabalhadores brasileiro é bastante atuante enquanto entender ser para manter o povo afastado de possíveis fontes capitalistas ou libertárias. Nestas horas abundam os discursos sobre "soberania".
O prevalescente sistema sócio-cultural-econômico brasileiro emula o nazismo em sua forma prática, segundo a qual o estado não toma formalmente para si a propriedade dos meios de produção, mas antes, submete à sua vontade toda a sociedade, aí inclusos o setor produtivo, as religiões, as associações e até mesmo as famílias, regulando-os nos mais ínfimos detalhes. Usando de uma camparação ilustrativa, os empresários são neste regime como aquelas aves pescadoras de certas comunidades do sudeste asiático, mantidas com um colar no pescoço e presas por um cordão às mãos dos seus donos. Pescam, mas o colar não lhes permite deglutir a presa, que é devidamente colhida por seus exploradores. Tal é o estado interventivo.
Com efeito, no Brasil, um empresário já não merece este nome, mas antes o de gerente ou fiel-depositário. Ele vai produzir o que o estado quer que ele produza, segundo o conteúdo e as quantidades como ele determinar; as embalagens dos seus produtos conterão o formato e as informações que o estado estipular; ele contratará empregados segundo a fórmula estatal previamente decidida, e será obrigado a aceitar em sua folha de pagamento tantos quantos representantes políticos, sindicais ou de grupos de interesse que o estado prescreva.
Além disso, a participação do estado como principal financiador e principal cliente fará com que todo o empresariado curve-se a qualquer capricho adicional promovido pelo estado. Bizarras propostas como campanhas de responsabilidade social serão produzidas com eficiência de maravilhar os olhos dos políticos, ideólogos e revolucionários que jamais sonhariam em produzir com as próprias mãos. É como se por uma ironia do destino houvéssemos subjugado seres alienígenas com uma cultura muitíssimo superior à nossa, para servirem como nossos escravos.
Quem pode duvidar disso, quando um filme hagiográfico produzido com dezenas de milhões de reais captados do empresariado foi lançado com a única intenção de promover o culto à personalidade de um presidente em pleno exercício? Em quê democraciaséria algo assim seria tolerável? Quem pode ainda teimar quando um dos maiores empresários do ramo das comunicações edita uma novela apologista da revolução comunista sob encomenda do 4º Reich tupiniquim?
Demorei um pouco para pintar o cenário, mas tenha-se em conta ter sido indispensável, pois isto nos levanta a inadiável questão: o que fazer então? É aí que começa a nossa história...
Desde a ascensão do PT e de suas siglas satélites como detentoras hegemônicas do poder, após um breve período de transição tucana, o setor agropecuário veio se distanciando no seu modo de reação quanto aos setores urbanos, isto é, a indústria, o comércio e os serviços.
Ainda que muito embora assaz longe do ideal, o setor agropecuário tem se revelado bem mais combativo que os respectivos urbanos, tendo galgado, como consequência, no cômputo geral, mais vitórias no terreno da resistência democrática. Talvez tenha se mobilizado com mais prontidão porque faceado com a nua realidade dos conflitos agrários protagonizados pelo MST e pelo movimento quilombola ou porque a gente do campo, mais conservadora, tem guardado mais valores da tradição cristã ocidental. De fato, a dissonância entre a cultura do oeste brasileiro quando comparada com o litoral já tem sido objeto de reportagens jornalísticas pelas grandes revistas de informação.
A ver, o agronegócio, mesmo com todos os percalços, atribulações e a farta campanha publicitária difamatória, firma-se cada vez mais como o salvador da balança comercial e da mesa dos brasileiros. Nosso gado é campeão on concours de qualidade e a produtividade dos nossos grãos não encontra páreo em nenhum lugar do mundo. No âmbito cultural, entidades como o Paz no Campo tem realizado um notável trabalho em defesa dos empresários e trabalhadores rurais e além disso, tenho visto e reproduzido diversos filmes que destacam a importância do agronegócio e a valorização do trabalho da gente do campo. No ambiente midiático, têm sido apresentados muitos estudos e relatórios com o mesmo propósito, desmentindo em tempo real todas as falácias que têm sido impingidas contra este setor. Como troféu, no plano político, quando mais o PT pensava que iria nadar de costas, tem a engolir a votação de um projeto de reforma florestal que pode não ser o ideal, mas que já há de aliviar bastante a vida dos agricultores.
Tudo isto não acontece por acaso. É antes o fruto de árduo trabalho produtivo e de complexa articulação no afã de efetivar a construção saudável da opinião pública. Do meu ponto de vista, há muito mais o que fazer, e é só por isto que no título denomino os representantes do agronegócio apenas de ruins. Não se vexem, isto muito bem pode ser um elogio. Um elogio severo, austero, mas um elogio. Porque há de sair da posição defensiva na vala da trincheira e passar ao ataque dos que ambicionam o poder desmesurado às custas da vida, da liberdade e da propriedade dos cidadãos.
Quanto ao setor industrial, comercial e de serviços, pouco há de se fazer que não lamentar profundamente, e avisar que, tal qual os nazistas faziam com seus prisioneiros nos campos de concentração, que sugavam-lhes antes todas as forças em trabalhos forçados para então serem impiedosamente massacrados, o mesmo há de ocorrer com eles. Não há exceção a esta regra, nem no âmbito político: que o diga Ciro Gomes, "O Mané", que há de ser lembrado para sempre como a mais hilária das notas de rodapé nos compêndios futuros de ciência política.
Graças à sua sumbissão, o Brasil vem se desindustrializando rapidamente. Nem sequer acompanhar ou cobrar providências para que o governo produzisse alguns bons técnicos e engenheiros paraacompanhar o nosso mambembe parque produdito tem sido feito, de modo que agora temos de importar estes profissionais enquanto brasileiros sofrem as agruras do desemprego. Enquanto as federações da índústria e do comércio realizam workshops sobre responsabilidade social para voluntariarem-se a fazer o trabalho que estado se propôs quando alegou necessitar de mais impostos, o estado responde à altura, declarando que não vai exigir dos produtos importados da China as mesmas especificações técnicas com que põe o Inmetro para acochá-los, mas antes, que colocará a Anvisa para baixar mais alguma norminha proibitiva de propaganda ou de embalagens ou de produtos. Dentro de pouco tempo, graças a FHC, Lula, Dilma e as Farc, será mais fácil adquirir maconha do que um prosaico Big-Mac. É por isto que lhe reputo a pecha de os piores.
A CNA tem a senadora Kátia Abreu, que pode não ser lá uma Brastemp, mas que tem feito lá a sua parte na defesa do agronegócio, enquanto a FIESP conta com o neosocialista Psulo Skaff. Trata-se aqui não de uma montanha em relação à planície, mas da plataforma continental em relação às fossas abissais. Será que a qualquer momento teremos uma surpresa de onde nem sequer esperamos?
Quanto ao setor industrial, comercial e de serviços, pouco há de se fazer que não lamentar profundamente, e avisar que, tal qual os nazistas faziam com seus prisioneiros nos campos de concentração, que sugavam-lhes antes todas as forças em trabalhos forçados para então serem impiedosamente massacrados, o mesmo há de ocorrer com eles. Não há exceção a esta regra, nem no âmbito político: que o diga Ciro Gomes, "O Mané", que há de ser lembrado para sempre como a mais hilária das notas de rodapé nos compêndios futuros de ciência política.
Graças à sua sumbissão, o Brasil vem se desindustrializando rapidamente. Nem sequer acompanhar ou cobrar providências para que o governo produzisse alguns bons técnicos e engenheiros paraacompanhar o nosso mambembe parque produdito tem sido feito, de modo que agora temos de importar estes profissionais enquanto brasileiros sofrem as agruras do desemprego. Enquanto as federações da índústria e do comércio realizam workshops sobre responsabilidade social para voluntariarem-se a fazer o trabalho que estado se propôs quando alegou necessitar de mais impostos, o estado responde à altura, declarando que não vai exigir dos produtos importados da China as mesmas especificações técnicas com que põe o Inmetro para acochá-los, mas antes, que colocará a Anvisa para baixar mais alguma norminha proibitiva de propaganda ou de embalagens ou de produtos. Dentro de pouco tempo, graças a FHC, Lula, Dilma e as Farc, será mais fácil adquirir maconha do que um prosaico Big-Mac. É por isto que lhe reputo a pecha de os piores.
A CNA tem a senadora Kátia Abreu, que pode não ser lá uma Brastemp, mas que tem feito lá a sua parte na defesa do agronegócio, enquanto a FIESP conta com o neosocialista Psulo Skaff. Trata-se aqui não de uma montanha em relação à planície, mas da plataforma continental em relação às fossas abissais. Será que a qualquer momento teremos uma surpresa de onde nem sequer esperamos?
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