Ainda dá para se indignar, menos com as crianças que morrem à porta dos hospitais, do que com os pais que se iludem com os políticos.
Por Klauber Cristofen Pires
Prezados leitores,
Durante a semana passada, das notícias mais relevantes, são as que mostraram as crianças mortas à beira dos hospitais, com destaque para os estados do Pará e Rio de Janeiro.
Infelizmente, tal fato não é mais notícia, mas estatística. Não que eu faça pouco das mortes de seres humanos e da dor dos pais, mas é que sim, já viraram uma rotina, daquela do tipo "macaco promete que irá construir sua casa sempre que chove", mas aí vem o sol e....deixa pra lá...
Em Belém, nos programas locais, todos os dias os repórteres visitam hospitais e postos de saúde ou o raio do nome pomposo que ostentarem, e sempre lá flagram a falta DE médicos e DOS médicos, DE e/ou DOS medicamentos, DE e/ou DOS equipamentos e assim por diante.
Como já disse aqui: isto nunca vai mudar! Não vai mudar, porque é da natureza do serviço público avaliar-se a si próprio e independer da renda dos seus clientes. Nos casos da semana passada, já será muito se uma comissão de inquérito for encarregada de levantar as responsabilidades, que ao fim das contas, não recairá sobre ninguém, dada outra característica assumidamente peculiar ao serviço público: a impessoalidade. Porém, todos sabemos onde estão os responsáveis. Todos sabemos que eles não estão em nenhum hospital público.
No Brasil, mais de 95% dos políticos são assumidamente de esquerda, e os 5% restantes, dizem-se de centro mas apóam medidas coletivistas tais como saúde pública, ensino público, transporte público, segurança pública, e assim por diante. Entretanto, nenhum deles matricula seus filhos em escolas públicas. Não, os filhos dos políticos estudam em boas escolas privadas, quando não no exterior! Da mesma forma, eles também não se utilizam de hospitais públicos. O sistema público de sáude, que Lula já disse beirar a perfeição, foi por ele mesmo dispensado quando precisou para ser tratado num renomado hospital particular. E quanto ao transporte público? Alguém já viu político andando neles? Ora pois, mas é claro que usam transporte público...de uso privado, claro - que são as suas viaturas não raro importadas e pagas com o dinheiro de quem tem de ir de ônibus para o trabalho, ou a pé para comprar o almoço com o vale-transporte.
Bem se vê que a marca principal do político de esquerda é a de não acreditar em nada daquilo que prega. Mas qual será a marca do cidadão de esquerda? É a de acreditar, claro! E acreditam tanto, que mesmo depois de chorar seus mortos, ainda vão à tv falar da necessidade de o estado aplicar mais recursos naquilo que matou seus rebentos... Oras, mas é claro que o estado irá lhes atender as súplicas, e a primeira coisa que fará será instituir novos tributos ou majorar os já existentes, e a segunda...bem...deixa pra lá...
Eu francamente não sei mais de quem tenho mais pena, se dos pais os das crianças falecidas; eu francamente não sei por quem nutro mais indignação, se pelos políticos ou pelo povo que insiste em dar-lhes ouvidos..e todo o corpo e a alma....
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