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Emprego industrial varia 0,4% em outubro
Por Ricardo Bergamini
Em outubro de 2012, o total do pessoal ocupado na indústria mostrou variação positiva de 0,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar taxas negativas em agosto (-0,1%) e em setembro (-0,3%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral repetiu no trimestre encerrado em outubro (0,0%) o patamar dos meses de setembro e agosto, após o comportamento de menor dinamismo observado entre outubro de 2011 e julho de 2012. Nacomparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 1,2% em outubro de 2012, décimo terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, mas o menos intenso desde fevereiro último (-0,8%). No índice acumulado nos dez meses de 2012, o total do pessoal ocupado assalariado recuou 1,4% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar queda de 1,2% em outubro de 2012, repetiu o resultado de setembro e prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).
No confronto com outubro de 2011, o emprego industrial recuou 1,2%, com o contingente de trabalhadores apontando redução em dez dos quatorze locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado na região Nordeste (-3,8%), pressionado em grande parte pelas taxas negativas em onze dos dezoito setores investigados, com destaque para a redução no total do pessoal ocupado nas indústrias de alimentos e bebidas (-3,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-22,6%), vestuário (-5,4%), calçados e couro (-3,1%), têxtil (-5,7%), meios de transporte (-10,9%) e indústrias extrativas (-7,4%). Vale citar, também, os resultados negativos assinalados por São Paulo (-1,4%), Rio Grande do Sul (-3,7%) e Pernambuco (-6,8%), com o primeiro influenciado pelas quedas nos setores de vestuário (-13,7%), produtos de metal (-9,3%), meios de transporte (-5,8%), têxtil (-10,0%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,4%); o segundo por conta das perdas registradas em calçados e couro (-13,3%), borracha e plástico (-10,7%), meios de transporte (-5,0%) e vestuário (-16,3%); e, o último, pressionado pelas reduções vindas de alimentos e bebidas (-11,1%), meios de transporte (-27,9%), borracha e plástico (-11,3%) e minerais não metálicos (-8,4%). Por outro lado, Minas Gerais (0,7%) e Paraná (0,8%) apontaram as principais contribuições positivas sobre o emprego industrial do país, com destaque para os ramos de produtos de metal (7,0%), meios de transporte (5,6%) e minerais não metálicos (7,5%), na indústria mineira, e de alimentos e bebidas (4,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,1%), no setor industrial paranaense.
Setorialmente, ainda no índice mensal, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em doze dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (-10,5%), calçados e couro (-5,9%), meios de transporte (-3,3%), têxtil (-5,5%), outros produtos da indústria de transformação (-3,7%), madeira (-6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,4%) e papel e gráfica (-2,5%). Por outro lado, o principal impacto positivo sobre a média da indústria foi observado no setor de alimentos e bebidas (4,0%), vindo a seguir borracha e plástico (2,1%) e indústrias extrativas (3,6%).
No índice acumulado nos dez meses de 2012 o emprego industrial permaneceu em queda (-1,4%), com taxas negativas em doze dos quatorze locais e em quatorze dos dezoito setores investigados. Entre os locais, São Paulo (-3,0%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, vindo a seguir região Nordeste (-2,5%), Rio Grande do Sul (-1,5%), Santa Catarina (-1,3%), Ceará (-2,7%) e Bahia (-2,6%). Por outro lado, Paraná (2,5%) e Minas Gerais (1,0%) exerceram as pressões positivas no índice acumulado no ano. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de vestuário (-8,8%), calçados e couro (-6,3%), têxtil (-5,6%), produtos de metal (-3,7%), papel e gráfica (-3,8%), madeira (-8,2%), metalurgia básica (-3,7%), outros produtos da indústria de transformação (-2,6%) e borracha e plástico (-2,2%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (3,8%), máquinas e equipamentos (1,3%) e indústrias extrativas (3,9%) responderam pelas principais influências positivas.
Número de horas pagas em outubro é 1,1% maior que em setembro
Em outubro de 2012, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, avançou 1,1% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando o recuo de 0,7% verificado em setembro. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral mostrou ligeira variação positiva (0,1%) na passagem dos trimestres encerrados em setembro e outubro e manteve o comportamento de estabilidade presente desde agosto último.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas mostrou, em outubro de 2012 (-1,1%), a décima quarta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, mas a menos intensa desde fevereiro último (-0,8%). O índice acumulado nos dez meses do ano apontou queda de 2,1% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 2,0% em outubro de 2012, repetiu a taxa do mês anterior e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).
Em outubro de 2012, o número de horas pagas recuou 1,1% no confronto com igual mês do ano anterior, com taxas negativas em dez dos quatorze locais e em dez dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-11,9%), calçados e couro (-5,8%), outros produtos da indústria de transformação (-5,3%), madeira (-7,9%), meios de transporte (-2,1%), têxtil (-3,2%) e máquinas e equipamentos (-1,5%). Em sentido contrário, a atividade de alimentos e bebidas (4,1%) assinalou o principal impacto positivo nesse mês, seguida por produtos químicos (2,3%) e indústrias extrativas (4,1%).
Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, a região Nordeste (-4,3%) apontou a principal influência negativa sobre o total do país, pressionada em grande parte pela redução no número de horas pagas nos setores de alimentos e bebidas (-5,1%), refino de petróleo e produção de álcool (-22,1%), vestuário (-6,7%), calçados e couro (-2,8%) e meios de transporte (-12,0%). Vale mencionar, também, os impactos negativos assinalados por São Paulo (-1,1%), devido, sobretudo, à retração verificada em vestuário (-17,8%), meios de transporte (-5,2%), produtos de metal (-7,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,2%); Rio Grande do Sul (-3,8%), em função, principalmente, dos recuos registrados em calçados e couro (-11,8%), borracha e plástico (-10,7%), máquinas e equipamentos (-4,1%) e vestuário (-19,0%); e Pernambuco (-8,3%), explicado pelo menor número de horas trabalhadas nos setores de alimentos e bebidas (-13,6%) e de meios de transporte (-28,9%). Por outro lado, Minas Gerais (2,3%) exerceu a principal contribuição positiva no total do número de horas pagas, impulsionada, em grande parte, pela expansão vinda dos setores de meios de transporte (14,3%), produtos de metal (10,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,7%), minerais não metálicos (6,3%) e metalurgia básica (4,0%).
No índice acumulado dos dez meses de 2012 houve recuo de 2,1% no número de horas pagas, com quatorze dos dezoito setores pesquisados apontando taxas negativas. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de vestuário (-9,7%), calçados e couro (-6,3%), produtos de metal (-3,6%), têxtil (-4,6%), papel e gráfica (-3,9%), madeira (-8,4%), metalurgia básica (-4,7%), outros produtos da indústria de transformação (-3,1%) e meios de transporte (-1,9%). Em sentido oposto, alimentos e bebidas (2,2%) e indústrias extrativas (4,1%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria. Em nível regional, doze dos quatorze locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 3,7% registrado por São Paulo, vindo a seguir as perdas verificadas na região Nordeste (-2,4%), Rio Grande do Sul (-2,9%), Santa Catarina (-1,8%), Bahia (-3,6%) e região Norte e Centro-Oeste (-1,2%). Em contrapartida, Minas Gerais (1,0%) e Paraná (1,2%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado de janeiro a outubro de 2012.
Em síntese, o total do pessoal ocupado e o número de horas pagas na indústria, em outubro de 2012, voltaram a mostrar taxas positivas na comparação com o mês imediatamente anterior, com o primeiro eliminando as perdas registradas nos meses de agosto e setembro, e o segundo apontando o resultado positivo mais elevado desde fevereiro último. Vale destacar que os índices positivos do mercado de trabalho nesse mês refletem em grande parte o aumento de ritmo da produção industrial nos cinco últimos meses, período em que avançou 2,3%. Nesse mesmo período (junho-outubro), o emprego industrial mostrou variação positiva de 0,1% e o número de horas pagas acréscimo de 0,5%, com ambos revertendo, assim, parte das perdas verificadas nos cinco primeiros meses do ano. A evolução do índice de média móvel trimestral, mesmo mantendo um comportamento de estabilidade nos últimos três meses, reforça esse momento de ligeiro ganho de dinamismo do setor industrial, já que nesse indicador o total do pessoal ocupado assalariado e o número de horas pagas interromperam o quadro de taxas predominantemente negativas que foi observado entre outubro de 2011 e julho desse ano.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial e o número de horas pagas na indústria permaneceram em outubro de 2012 assinalando taxas negativas, mas com ambos apontando perdas menos intensas desde fevereiro último. O indicador acumulado para os dez meses do ano prosseguiu com resultados negativos e manteve o perfil disseminado de taxas negativas entre os locais e os setores investigados.
Valor da folha de pagamento real varia 0,1% em outubro
Em outubro de 2012, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente mostrou variação positiva de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, após avançar 2,1% em agosto e recuar 2,1% em setembro. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral (0,0%) repetiu no trimestre encerrado em outubro o patamar registrado no mês de setembro.
No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 3,0% em outubro de 2012, trigésimo quarto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde junho último (4,1%). O índice acumulado nos dez meses de 2012 mostrou expansão de 3,2% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 3,2% em outubro de 2012, apontou ligeiro ganho de ritmo frente ao resultado de setembro (3,0%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou expansão de 3,0% em outubro de 2012, com resultados positivos em treze dos quatorze locais investigados. As maiores influências positivas sobre o total nacional foram verificadas em Minas Gerais (5,8%), Rio de Janeiro (7,9%), Paraná (5,8%), região Norte e Centro-Oeste (6,0%), São Paulo (0,8%) e região Nordeste (2,8%). Nestes locais, as atividades que mais contribuíram positivamente para o aumento do valor da folha de pagamento real foram: meios de transporte (19,0%), indústrias extrativas (8,2%) e minerais não metálicos (11,1%), na indústria mineira; indústrias extrativas (11,3%), produtos químicos (20,6%), produtos de metal (19,6%) e alimentos e bebidas (8,7%), no setor industrial fluminense; máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (31,2%) e alimentos e bebidas (7,1%), no setor industrial paranaense; alimentos e bebidas (11,1%), indústrias extrativas (12,2%) e produtos de metal (14,5%), na Região Norte e Centro-Oeste; alimentos e bebidas (11,1%), borracha e plástico (7,4%), produtos químicos (3,8%) e minerais não metálicos (9,1%), em São Paulo; e produtos químicos (20,3%), indústrias extrativas (9,4%) e alimentos e bebidas (1,6%), na indústria nordestina. Em sentido oposto, Pernambuco (-2,6%) assinalou o único resultado negativo nesse mês, influenciado especialmente pelo setor de meios de transporte (-33,4%).
Setorialmente, ainda no índice mensal de outubro de 2012, o valor da folha de pagamento real no total do país cresceu em quatorze dos dezoito setores investigados, com destaque para alimentos e bebidas (7,4%), indústrias extrativas (9,9%), produtos químicos (7,2%), borracha e plástico (6,8%), minerais não metálicos (5,7%), produtos de metal (2,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (4,1%). Por outro lado, o setor de vestuário (-7,6%) exerceu o maior impacto negativo sobre o total da indústria.
No indicador acumulado nos dez meses de 2012, o valor da folha de pagamento real cresceu 3,2%, com taxas positivas em todos os quatorze locais investigados, com destaque para Minas Gerais (6,4%) e Paraná (8,5%), sustentados em grande parte pelos ganhos assinalados nos setores extrativos (10,6%), de meios de transporte (7,5%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,3%), de alimentos e bebidas (5,1%), de minerais não metálicos (10,6%) e de borracha e plástico (16,7%), no primeiro local, e de alimentos e bebidas (11,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (37,3%) e meios de transporte (9,2%), no segundo. Vale mencionar também as contribuições vindas do Rio de Janeiro (6,0%), Região Nordeste (4,8%), Região Norte e Centro-Oeste (5,2%), Rio Grande do Sul (3,3%) e Santa Catarina (3,5%). Nestes locais, as atividades que mais influenciaram positivamente foram, respectivamente, indústrias extrativas (8,5%), meios de transporte (5,1%) e alimentos e bebidas (8,9%); alimentos e bebidas (6,2%), produtos químicos (11,8%), minerais não metálicos (8,6%) e indústrias extrativas (4,7%); alimentos e bebidas (11,9%) e indústrias extrativas (12,2%); máquinas e equipamentos (7,5%), alimentos e bebidas (6,2%) e meios de transporte (6,3%); e máquinas e equipamentos (9,2%) e alimentos e bebidas (6,1%).
Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em treze das dezoito atividades pesquisadas, impulsionada, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (7,9%), máquinas e equipamentos (5,7%), indústrias extrativas (8,6%), meios de transporte (1,8%), produtos químicos (3,1%) e minerais não metálicos (4,4%). Por outro lado, os setores de vestuário (-4,2%), calçados e couro (-2,6%), têxtil (-2,0%) e madeira (-4,2%) exerceram as maiores influências negativas sobre o total nacional.
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