sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Novela “Amor à Vida” faz apologia da morte!

  Por Klauber Cristofen Pires

Mais uma vez, a Rede Globo insere uma cena eivada de ideologia chapa-branca para promover o abortismo, mediante o uso das mais deslavadas mentiras.


Ontem, por sorte (ou seria azar?), assisti à novela da Rede Globo intitulada “Amor à Vida”, exatamente no momento em que se desenrolou uma cena[i] na qual uma paciente com sangramento decorrente da realização de um aborto ilegal chega ao hospital e acaba morrendo, presumivelmente porque um dos médicos se recusou a atendê-la, alegando motivos religiosos.

O desdobrar do quadro termina com um diálogo travado entre uma enfermeira e um médico. Ela se mostra enfezadamente indignada, alegando haver uma lei injusta ao permitir que mulheres ricas possam fazer abortos com segurança (porque podem pagar), enquanto as pobres se sujeitam a práticas inseguras. Ele, por sua vez, alega ser o maior caso de mortes entre mulheres e que já se tornou um caso de saúde pública.

Acompanhem a transcrição das falas abaixo:

(Cena: a paciente chega numa maca)

Dr. Lutero (Ary Fontoura): - Depressa, ela está sangrando muito...
Uma das enfermeiras: - Ela provocou um aborto!

Dr. Pérsio (Mouhamed Harfouch): - Ela provocou o quê? Não..eu não posso! Eu não posso atender esta mulher!

(Cena: O Dr. Pérsio se detém e a equipe entra na sala de cirurgia sem ele. As enfermeiras tentam reanimar a paciente com aplicação de adrenalina, tendo o Dr. Lutero ao fundo assistindo quieto. A paciente morre.)

Enfermeira Rebeca (Paula Braun):  - Nós perdemos a paciente, Doutor.

Dr. Lutero (Ary Fontoura): - Ela fez um aborto ilegal e..muito mal feito...é uma tristeza isso...esta é uma das principais causas da morte de mulheres neste país...

Enfermeira Rebeca (Paula Braun): - Das mais pobres, né...porque as ricas procuram clínicas ilegais caríssimas e ninguém fica sabendo...como se existissem duas leis...uma pra rica e uma pra pobre.

Dr. Lutero (Ary Fontoura): - Infelizmente, o aborto ilegal se tornou um caso de saúde pública.

Enfermeira Rebeca (Paula Braun): - O que aconteceu com o Pérsio? Por quê ele se recusou a atender esta mulher?

Dr. Lutero (Ary Fontoura): - Vamos falar com ele.

Dr. Pérsio (Mouhamed Harfouch): - Eu me recuso a atender uma paciente, uma mulher que atentou contra a vida do próprio bebê; isto é contra as leis divinas...

Dr. Lutero (Ary Fontoura): - Eu não quero questionar a sua fé, mas só queria dizer que nós, médicos, temos a obrigação de atender qualquer pessoa...

Enfermeira Rebeca (Paula Braun): - Que talvez no caso dessa mulher seja fruto da miséria, da ignorância, ou de um homem que a abandonou...

Dr. Pérsio (Mouhamed Harfouch): - Não me importa! Eu me recuso a etender uma pecadora…

Dr. Lutero (Ary Fontoura): - E eu repito: nós, médicos, temos a obrigação de atender qualquer pessoa; por isso o Sr. Está fora do corpo de residentes deste hospital.

Dr. Pérsio (Mouhamed Harfouch): - O Sr. Não pode fazer isto comigo. O Sr não pode me expulsar deste hospital, minha mãe é irmã do Dr. César.

Dr. Lutero (Ary Fontoura): - Eu vou submeter o seu caso ao César...vamos ver de que lado ele fica..agora, posso lhe dizer que o César é um grande médico...ele jamais se negaria a tentar salvar uma vida...

A cena acima, puro clichê, segue ao pé da letra toda a cartilha abortista e petista, assentando-se nos velhos cacoetes e mentiras de sempre, como se já não tivessem sido refutadas há bastante tempo. Investe no poder de audiência da Rede Globo e na crença de que a repetição enesimal de uma série de mentiras se converta em verdade.

Por isto é que se faz necessária também a nossa manifestação de repúdio e nosso trabalho de desmistificação e desmascaramento. A ver...

Primeiramente, vamos à fala da enfermeira Rebeca: Será que um crime - um crime contra a vida - cometido por uma pessoa rica deve ser descriminalizado para que outras pessoas, pobres, possam praticá-lo com igualdade de oportunidades? Será que um ladrão pobre deveria ter direito a um reluzente fuzil AR-15 fornecido pelo estado para não se expor aos perigos de abordar suas vítimas com uma faca enferrujada?

Sobre o Dr. Lutero: nem de longe o aborto é uma das principais causas de mortes entre as mulheres. Isto é uma mentira sórdida. Notem o apelo “puro-sangue” petista: alegar que se trata de um problema de saúde pública. O jornalista Reinaldo Azevedo, em seu artigo[ii] sobre o mesmo assunto, deu-se ao trabalho de deduzir as estatísticas sobre os principais casos de morte entre mulheres, para demonstrar que mal chegam a 100 mortes por ano!

Causa-me pena como o Sr. Ary Fontoura, um ator consagrado, permita a si mesmo entregar-se ao vexame de forma tão ostensiva. Em um célebre vídeo contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, exibido há alguns meses atrás, em que tomou parte conjuntamente com outros palermas globais, com direito a uma peroração especial dirigida à presidente Dilma Roussef, este ilustre artista viu-se desmoralizado nacionalmente por estudantes bem mais jovens e apesar disso, com muito mais juízo na cabeça, que calmamente demonstraram quão falsas e mentirosas eram as alegações suas e de seu grupo.

Quanto ao Dr. Pérsio, aí temos uma espertíssima manobra de prestidigitação: notem atentamente como os autores trocam a objeção de assistência ao aborto (legal ou ilegal), o que é um direito garantido constitucionalmente, com a negação do atendimento médico a uma paciente que chega sangrando e estado de risco de morte no hospital, o que contraria o código de ética médica – e assombra os telespectadores, que acabam absorvendo uma coisa pela outra.

É de causar espécie valer-se do recurso da propaganda dissimulada (isto é, no caso em tela, nem tanto dissimulada assim...) em uma cena de uma obra de ficção para levantar tal bandeira ideológica, ainda mais recorrendo à mentira desabrida. Notem o caráter furtivo de tal expediente: faz-se a apologia escancarada do aborto, mas se alguém reclamar, a Rede Globo poderá alegar-se tratar de uma mera obra de ficção, e que aquelas falas seriam apenas o pensamento, vejam só, dos personagens!

Tomem por barato que o nome desta novela seja “Amor à Vida”! Percebam como o quanto mais estas novelas falam de amor e de vida, mais seus roteiros entulham-se com casos de traição e de lares destruídos, de propaganda gaysista, abortista, anti-cristã, e outras chapa-brancas. Imagino o sucesso que teria, só em função da novidade, da novela que enfim começasse a transmitir valores decentes e enlevados: confiança, lealdade, perseverança, trabalho...

Agora, o mais curioso na cena acima comentada foi que o Dr. Pérsio é, imaginem, muçulmano! Causou surpresa, no tanto que se sabe o quanto a esquerda brasileira é islamófila. Fogo amigo? Como absolutamente não dão ponto sem nó, fiquei a especular qual o objetivo disso: Seria evitar o confronto direto com os católicos e evangélicos e assim contornar o crescente movimento conservador do país?

O que os cristãos e demais homens e mulheres de bem, que já sabem que o movimento abortista é apenas pauta de uma agenda de engenharia social, podem fazer? Em primeiro lugar, expressar por quaisquer meios que possam o repúdio à Rede Globo, e em seguida, evitarem dar-lhe audiência, ou no limite, também evitarem adquirir os produtos dos patrocinadores daquela faixa horária. Isto tem sido feito nos Estados Unidos e tem gerado resultados notáveis. Vamos começar?

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