Rua Marechal Joseph Stálin. Ou: a índole dos comunistas
“Se alguém quiser estudar um sistema mental que funcione inteiramente dissociado dos fatos e elimine imediatamente qualquer informação que contrarie sua visão de mundo, deve estudar a mente dos comunistas. São laboratórios insuperáveis”. Jean-François Revel
Uma notícia até certo ponto sem muita importância, publicada hoje no jornal O Globo, nos oferece um exemplo completo e acabado da índole dos revolucionários em geral, e dos comunistas em particular. Segundo aquele diário, membros de partidos comunistas colaram um adesivo sobre uma placa de rua no centro do Rio de Janeiro que muda o nome daquele logradouro para “Rua marechal Joseph Stálin”.
O adesivo, que tem cores e formas exatamente iguais às da placa original (Rua Santa Luzia), seria uma homenagem ao líder soviético, como parte das comemorações dos 70 anos da vitória sobre os nazistas. Integrante do PCR, o estudante de História Raphael Almeida declarou que duas ruas próximas já fazem referência ao presidente americano Franklin Roosevelt e ao primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Segundo ele, faltaria Stálin para completar o trio que ajudou a combater o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Não sou daqueles que desprezam o papel do povo russo no combate ao nazismo. Acho mesmo que a sua bravura foi de suma importância para a vitória sobre Hitler. Na verdade, tremo só de pensar em como estaríamos hoje se este último, num arroubo de loucura e ódio, não tivesse rasgado o Pacto Molotov-Ribbentrop e invadido a Rússia, abrindo duas frentes de batalha opostas e insustentáveis, mesmo para o excelente exército Alemão.
A diferença é que, enquanto as tropas comandadas por Churcuill e Roosevelt lutavam em nome da democracia e da liberdade, Stálin utilizava o patriotismo dos cidadãos russos para fazê-los morrer pela tirania comunista. Na verdade, como já demonstrei aqui, as ideologias/tiranias nazista e comunista eram como irmãs siamesas. Aliás, como bem ilustra o Livro Negro do Comunismo – lançado em 1998 por pesquisadores franceses de viés esquerdista -, em termos de número de vítimas, o comunismo foi mais perverso ainda que o nazismo.
Mas não era disso que pretendia falar hoje. Meu foco aqui é a índole desses revolucionários, incapazes de respeitar as leis, a democracia e, last but not least, os direitos dos demais.
É perfeitamente legítimo que um grupo de pessoas pretenda alterar o nome de uma rua para homenagear aqueles personagens históricos que lhes são caros – eu, por exemplo, adoraria morar na “Rua Adam Smith” e trabalhar na “Rua Bastiat”. Mas existe um caminho a seguir, que passa pelo legislativo e pelo executivo municipais. Assim como eles gostam de Stálin, muitos outros cidadãos preferem a Santa Luzia. O processo democrático existe justamente para resolver antagonismos como esses.
Assim como os indefectíveis portadores de estandartes vermelhos não demonstram o mínimo apreço pelo direito (de ir e vir) dos demais, quando marcam as suas passeatas e manifestações em dias úteis e sem qualquer aviso prévio; ou quando bloqueiam estradas, invadem e depredam o patrimônio público e privado, ao arrepio dos mais sagrados direitos individuais, esses bobalhões só pensaram em si mesmos – e na sua ideologia idiota e ultrapassada -, quando colaram aquele adesivo esdrúxulo na placa da rua Santa Luzia, que está ali não apenas para homenagear a santa, mas principalmente para orientar os transeuntes e ajudá-los a se localizar, sejam eles cidadãos locais ou turistas.
Desde o dia em que eu fiz a minha primeira viagem ao exterior, aprendi que não há quase nada tão representativo do grau de civilidade de um povo quanto as suas calçadas, placas e outros mobiliários urbanos. Infelizmente, apesar de gostarem muito de falar de liberdade, democracia e civilidade, os comunistas não têm nenhum apreço por tais valores, nem tampouco pelos direitos dos demais. Malgrado adorarem a palavra *social*, não sabem conviver em sociedade.
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