sábado, 16 de abril de 2016

O que esperar do Brasil comandado por insensatos

Por Armando Soares

                Quando o Brasil terá forças para se inserir no seio das nações ricas e desenvolvidas levando em consideração a distância histórica que o separa dessas nações ao que se soma o despreparo e a incultura dos políticos e do povo brasileiro. As riquezas naturais brasileiras não serão suficientes para, mesmo que exploradas racionalmente, diminuir a distância das nações ricas que se sustentam através dos avanços tecnológicos permanentes impulsionados pela iniciativa privada e corporações que comandam os interesses econômicos no mundo com riquezas e valores acumulados século após século.


                As nações, principalmente as mais ricas, vêm sofrendo ao longo do tempo influência e impulsionadas através de organizações secretas, ação não sentida pelos seus povos. O Brasil, segundo consta, sofreu influência ao longo de sua história da maçonaria, ações que não produziram os efeitos produzidos nos Estados Unidos da América, país que se transformou na maior potência mundial que vibra com grande força econômica deixando o Brasil num canto esquecido do mundo. Qual a razão dessa distância incomensurável que deixou o Brasil nos dias de hoje sem rumo e sem força para se desenvolver? Causa cultural? Estratégia das organizações secretas em deixar a Amazônia como reserva para consolidar o domínio territorial e controle da saída via oceano Pacífico e Atlântico? Como explicar esse fosso colossal?

                Sobre organizações secretas que muita gente ignora ou não acredita na sua força e existência, vejamos o que diz Nicholas Hagger com os estudos que realizou sobre o assunto. O estudo foca a influência das organizações secretas na história do Ocidente por meio de suas principais revoluções. Explica Hagger, que as influências das sociedades secretas até agora permaneciam não enunciadas, ocultas, “secretas”. Relaciona as revoluções às atividades de facções no interior da Franco-Maçonaria e de famílias como a dos Rothschilds, narrando assim uma “história secreta do Ocidente. É apresentado por Hagger uma narrativa cronológica de todas as revoluções, da Renascença (que começou em 1453) até a Revolução Russa. Cobre as realizações mais importantes de todos os revolucionários legendários, como Robespierre e Lenin. Mostra como as visões utópicas de sociedades ideais terminam em massacres e ghilhotinamentos, contendo assim uma advertência. Cada revolução é apresentada em termos de uma dinâmica revolucionária. Um idealista tem uma visão oculta, que outros enunciam em termos intelectuais que é corrompida por um regime político e tem como resultado a supressão física (como nos expurgos de Stalin). Hagger considera todas as revoluções de inspiração secreta como ondas numa maré de revolução mundial que atinge sua marca mais alta no governo mundial que está sendo estabelecido nos dias de hoje. Dessa forma se entenderá as raízes da Revolução da Nova Ordem Mundial.

                A revolução mundial, segundo os estudos de Hagger, brotou nos últimos 550 anos. Os estudos examinam as raízes da revolução mundial e conta a história submersa dos eventos que deram forma ao nosso tempo, a história que não aparece nos livros de história ou nos jornais. Que tipo de Nova Ordem Mundial tendem as civilizações norte-americana e europeia? Para se conhecer o movimento revolucionário mundial em nossos dias, é vital obter uma visão aprofundada da Nova Ordem Mundial como processo moldado pelo impacto de sucessivas revoluções. Hagger pergunta até onde é preciso retroceder em busca das revoluções que culminaram na Revolução da Nova Ordem Mundial? Retrocedendo, a Revolução Russa tem uma ligação causal com a Revolução da Nova Ordem Mundial, assim como a Revolução Imperialista do século XIX. Ambas se originaram no clima criado pelas revoluções Americana e Francesa. O clima que criou essas revoluções não teria ocorrido sem as três revoluções protestantes anteriores: a da Reforma, a Puritana e a Gloriosa. Hagger focaliza o período que vai da Reforma até o início do século XX. Depois de longa estabilidade das Idades Médias dominadas pela Igreja, quando havia heresias, cruzadas, dinastias familiares e conflitos pelo poder, as revoluções se multiplicaram. A Renascença foi uma revolução cujo início pode ser fixado em 1453. Em 1485, a investida de Henry Tudor na Inglaterra não deixou de ser uma revolução. Em 1494, os Medici foram depostos, fugiram de Florença e Savonarola instituiu uma breve república democrática. Seus sermões contra a corrupção papal inspiraram a Reforma, que começou com Lutero, expandiu-se nos anos 1530 para a Inglaterra, onde Thomas Cromwell levou a cabo uma revolução social, e para a França através de Calvino, dividindo a Cristandade. Para ser bem compreendida, a Reforma tem que ser vista como uma revolução que tinha por detrás a ação de uma mão oculta. A Contrarreforma dos anos 1550 ampliou mais ainda a separação entre católicos e protestantes. A chamada revolução “ceciliana” (de William Cecil) no governo da Inglaterra durante o reinado de Elizabeth I criou uma nova visão imperialista, enquanto a Revolução Puritana posterior dominou o século XVII. A Restauração foi uma contrarrevolução contra os puritanos. Então veio a Revolução Gloriosa: o católico Jaime II foi expulso do trono e a Inglaterra finalmente se tornou protestante, aumentando ainda mais a divisão na Cristandade. Mais uma vez, uma organização secreta agia nos bastidores. No século VIII, a Revolução Americana chocou a Inglaterra, o que levou quase imediatamente à Revolução Francesa e à chamada Idade da Razão. Organizações secretas estavam em ação por trás dessas duas revoluções. Do revolucionarismo nasceu o Romantismo (em si uma revolução), enquanto a nova religião da Razão gerou a Revolução Industrial, que impulsionou o (segundo) Império Britânico e o Império Germânico. Nesse cenário, houve supostas revoluções na Europa em 1830, 1848 e 1871. Na Rússia, houve muita atividade revolucionária na segunda metade do século XIX, culminando com a Revolução de 1917 e o advento de Stalin. Organizações secretas estavam em ação. No século XX, uma sucessão de mudanças leva a uma revolução mundial.

                Durante 550 anos, as revoluções influenciadas por associações secretas se sucederam, como um terremoto depois do outro, uma maré depois da outra. Todas essas revoluções, explica Hagger, começaram com uma ideia oculta, embora a mídia as faça parecer meramente políticas. Em todas as revoluções o idealismo estimulado nos primeiros dias se corrompeu na prática.

                Qual o significado dos acontecimentos de uma revolução mundial que está ocorrendo no mundo agora, uma Nova Ordem Mundial cujas raízes podem ser encontradas no exame dos últimos 550 anos onde se destaca o quadro progressivo da influência das organizações secretas sobre cada revolução.



Essa introdução calcada no brilhante estudo de Hagger no presente artigo serve para que os brasileiros paraenses possam melhor entender a marcha histórica dos povos e nações e as mudanças que ocorrem no mundo e, consequentemente, para melhor se entende o lugar do Brasil nesse contexto.

                Partindo do pressuposto de que as associações secretas sempre existiram e influenciaram todas as revoluções terminando por compor o cenário mundial em nossos dias atuais, onde se identifica o Brasil nesse processo histórico? Houve algum respingo desse processo na construção da nação brasileira, ou o Brasil navegou em mares ignorados e sem rumo? Os povos que vivenciaram todas as transformações geradas pelas sucessivas revoluções impulsionadas por organizações secretas, mesmo desconhecendo a verdade que estava por detrás das revoluções e seu objetivo (Nova Ordem Mundial), de uma forma ou de outra, apesar do sofrimento e milhões de vidas ceifadas, seus descendentes foram contemplados nos dias atuais em viver em países desenvolvidos com boa qualidade de vida. É certo que para chegar aos dias atuais esses povos (seus ancestrais) foram submetidos a revoluções tirânicas que enlutaram por muitos séculos milhões e milhões de vidas. Como destaca Hagger, o idealismo que alimentam e movem as organizações secretas sempre foram desvirtuados pela política terminando no fuzilamento, guilhotinamento, e outras atrocidades. É verdade, também, a história confirma que o povo sempre teve a frente pessoas com poder hipnótico e sabedoria aos quais obedeciam e dirigiam seus passos, como se viu acontecer recentemente no Brasil, quando o povo sem cultura entregou o país a um bando de mercantilistas da pior espécie doutrinados por falsos e irresponsáveis idealistas que nada tem a ver com organizações secretas, até porque não tem nada a oferecer, estofo, cultura e sabedoria. O Brasil se não existe nesse contexto histórico se deve a absoluta falta de visão e compromisso com um projeto de nação semelhante a dos norte-americanos. Os brasileiros, a bem da verdade, nunca gostaram verdadeiramente do Brasil, haja visto que mesmo sofrendo o que estão sofrendo com Dilma, Lula e PT, são incapazes de numa arrancada cívica corajosa por ordem no país e afastar das instituições as ratazanas que estão roendo o coração do Brasil, mesmo que para isso se realize uma revolução de caráter saneadora e prove que no Brasil existe um povo  corajoso e honre o que está escrito em seu Hino Nacional.      

                Se o Brasil está ruim arrasta Belém e o Pará que se administrados com competência aproveitando sua localização estratégia, riquezas naturais, clima e espaço territorial, poderiam superar em parte a crise econômica e social imposta por Brasília. Infelizmente a região está sendo administrada por sonhadores e incompetentes.

Armando Soares – economista

               

LIBERTATUM

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