O que esperar do Brasil comandado
por insensatos
Por Armando Soares
Por Armando Soares
Quando
o Brasil terá forças para se inserir no seio das nações ricas e desenvolvidas
levando em consideração a distância histórica que o separa dessas nações ao que
se soma o despreparo e a incultura dos políticos e do povo brasileiro. As
riquezas naturais brasileiras não serão suficientes para, mesmo que exploradas
racionalmente, diminuir a distância das nações ricas que se sustentam através
dos avanços tecnológicos permanentes impulsionados pela iniciativa privada e
corporações que comandam os interesses econômicos no mundo com riquezas e
valores acumulados século após século.
As
nações, principalmente as mais ricas, vêm sofrendo ao longo do tempo influência
e impulsionadas através de organizações secretas, ação não sentida pelos seus
povos. O Brasil, segundo consta, sofreu influência ao longo de sua história da
maçonaria, ações que não produziram os efeitos produzidos nos Estados Unidos da
América, país que se transformou na maior potência mundial que vibra com grande
força econômica deixando o Brasil num canto esquecido do mundo. Qual a razão
dessa distância incomensurável que deixou o Brasil nos dias de hoje sem rumo e
sem força para se desenvolver? Causa cultural? Estratégia das organizações
secretas em deixar a Amazônia como reserva para consolidar o domínio
territorial e controle da saída via oceano Pacífico e Atlântico? Como explicar
esse fosso colossal?
Sobre
organizações secretas que muita gente ignora ou não acredita na sua força e
existência, vejamos o que diz Nicholas Hagger com os estudos que realizou sobre
o assunto. O estudo foca a influência das organizações secretas na história do
Ocidente por meio de suas principais revoluções. Explica Hagger, que as
influências das sociedades secretas até agora permaneciam não enunciadas,
ocultas, “secretas”. Relaciona as revoluções às atividades de facções no
interior da Franco-Maçonaria e de famílias como a dos Rothschilds, narrando
assim uma “história secreta do Ocidente. É apresentado por Hagger uma narrativa
cronológica de todas as revoluções, da Renascença (que começou em 1453) até a
Revolução Russa. Cobre as realizações mais importantes de todos os
revolucionários legendários, como Robespierre e Lenin. Mostra como as visões
utópicas de sociedades ideais terminam em massacres e ghilhotinamentos,
contendo assim uma advertência. Cada revolução é apresentada em termos de uma
dinâmica revolucionária. Um idealista tem uma visão oculta, que outros enunciam
em termos intelectuais que é corrompida por um regime político e tem como
resultado a supressão física (como nos expurgos de Stalin). Hagger considera
todas as revoluções de inspiração secreta como ondas numa maré de revolução
mundial que atinge sua marca mais alta no governo mundial que está sendo
estabelecido nos dias de hoje. Dessa forma se entenderá as raízes da Revolução
da Nova Ordem Mundial.
A
revolução mundial, segundo os estudos de Hagger, brotou nos últimos 550 anos. Os
estudos examinam as raízes da revolução mundial e conta a história submersa dos
eventos que deram forma ao nosso tempo, a história que não aparece nos livros
de história ou nos jornais. Que tipo de Nova Ordem Mundial tendem as
civilizações norte-americana e europeia? Para se conhecer o movimento
revolucionário mundial em nossos dias, é vital obter uma visão aprofundada da
Nova Ordem Mundial como processo moldado pelo impacto de sucessivas revoluções.
Hagger pergunta até onde é preciso retroceder em busca das revoluções que
culminaram na Revolução da Nova Ordem Mundial? Retrocedendo, a Revolução Russa
tem uma ligação causal com a Revolução da Nova Ordem Mundial, assim como a
Revolução Imperialista do século XIX. Ambas se originaram no clima criado pelas
revoluções Americana e Francesa. O clima que criou essas revoluções não teria
ocorrido sem as três revoluções protestantes anteriores: a da Reforma, a
Puritana e a Gloriosa. Hagger focaliza o período que vai da Reforma até o
início do século XX. Depois de longa estabilidade das Idades Médias dominadas
pela Igreja, quando havia heresias, cruzadas, dinastias familiares e conflitos
pelo poder, as revoluções se multiplicaram. A Renascença foi uma revolução cujo
início pode ser fixado em 1453. Em 1485, a investida de Henry Tudor na
Inglaterra não deixou de ser uma revolução. Em 1494, os Medici foram depostos,
fugiram de Florença e Savonarola instituiu uma breve república democrática.
Seus sermões contra a corrupção papal inspiraram a Reforma, que começou com
Lutero, expandiu-se nos anos 1530 para a Inglaterra, onde Thomas Cromwell levou
a cabo uma revolução social, e para a França através de Calvino, dividindo a
Cristandade. Para ser bem compreendida, a Reforma tem que ser vista como uma
revolução que tinha por detrás a ação de uma mão oculta. A Contrarreforma dos
anos 1550 ampliou mais ainda a separação entre católicos e protestantes. A
chamada revolução “ceciliana” (de William Cecil) no governo da Inglaterra
durante o reinado de Elizabeth I criou uma nova visão imperialista, enquanto a
Revolução Puritana posterior dominou o século XVII. A Restauração foi uma
contrarrevolução contra os puritanos. Então veio a Revolução Gloriosa: o
católico Jaime II foi expulso do trono e a Inglaterra finalmente se tornou
protestante, aumentando ainda mais a divisão na Cristandade. Mais uma vez, uma
organização secreta agia nos bastidores. No século VIII, a Revolução Americana
chocou a Inglaterra, o que levou quase imediatamente à Revolução Francesa e à
chamada Idade da Razão. Organizações secretas estavam em ação por trás dessas
duas revoluções. Do revolucionarismo nasceu o Romantismo (em si uma revolução),
enquanto a nova religião da Razão gerou a Revolução Industrial, que impulsionou
o (segundo) Império Britânico e o Império Germânico. Nesse cenário, houve
supostas revoluções na Europa em 1830, 1848 e 1871. Na Rússia, houve muita
atividade revolucionária na segunda metade do século XIX, culminando com a
Revolução de 1917 e o advento de Stalin. Organizações secretas estavam em ação.
No século XX, uma sucessão de mudanças leva a uma revolução mundial.
Durante
550 anos, as revoluções influenciadas por associações secretas se sucederam,
como um terremoto depois do outro, uma maré depois da outra. Todas essas
revoluções, explica Hagger, começaram com uma ideia oculta, embora a mídia as
faça parecer meramente políticas. Em todas as revoluções o idealismo estimulado
nos primeiros dias se corrompeu na prática.
Qual
o significado dos acontecimentos de uma revolução mundial que está ocorrendo no
mundo agora, uma Nova Ordem Mundial cujas raízes podem ser encontradas no exame
dos últimos 550 anos onde se destaca o quadro progressivo da influência das
organizações secretas sobre cada revolução.
Essa
introdução calcada no brilhante estudo de Hagger no presente artigo serve para
que os brasileiros paraenses possam melhor entender a marcha histórica dos
povos e nações e as mudanças que ocorrem no mundo e, consequentemente, para
melhor se entende o lugar do Brasil nesse contexto.
Partindo
do pressuposto de que as associações secretas sempre existiram e influenciaram
todas as revoluções terminando por compor o cenário mundial em nossos dias
atuais, onde se identifica o Brasil nesse processo histórico? Houve algum
respingo desse processo na construção da nação brasileira, ou o Brasil navegou
em mares ignorados e sem rumo? Os povos que vivenciaram todas as transformações
geradas pelas sucessivas revoluções impulsionadas por organizações secretas, mesmo
desconhecendo a verdade que estava por detrás das revoluções e seu objetivo
(Nova Ordem Mundial), de uma forma ou de outra, apesar do sofrimento e milhões
de vidas ceifadas, seus descendentes foram contemplados nos dias atuais em
viver em países desenvolvidos com boa qualidade de vida. É certo que para
chegar aos dias atuais esses povos (seus ancestrais) foram submetidos a
revoluções tirânicas que enlutaram por muitos séculos milhões e milhões de
vidas. Como destaca Hagger, o idealismo que alimentam e movem as organizações
secretas sempre foram desvirtuados pela política terminando no fuzilamento,
guilhotinamento, e outras atrocidades. É verdade, também, a história confirma
que o povo sempre teve a frente pessoas com poder hipnótico e sabedoria aos
quais obedeciam e dirigiam seus passos, como se viu acontecer recentemente no
Brasil, quando o povo sem cultura entregou o país a um bando de mercantilistas
da pior espécie doutrinados por falsos e irresponsáveis idealistas que nada tem
a ver com organizações secretas, até porque não tem nada a oferecer, estofo,
cultura e sabedoria. O Brasil se não existe nesse contexto histórico se deve a
absoluta falta de visão e compromisso com um projeto de nação semelhante a dos
norte-americanos. Os brasileiros, a bem da verdade, nunca gostaram
verdadeiramente do Brasil, haja visto que mesmo sofrendo o que estão sofrendo
com Dilma, Lula e PT, são incapazes de numa arrancada cívica corajosa por ordem
no país e afastar das instituições as ratazanas que estão roendo o coração do
Brasil, mesmo que para isso se realize uma revolução de caráter saneadora e
prove que no Brasil existe um povo
corajoso e honre o que está escrito em seu Hino Nacional.
Se
o Brasil está ruim arrasta Belém e o Pará que se administrados com competência
aproveitando sua localização estratégia, riquezas naturais, clima e espaço
territorial, poderiam superar em parte a crise econômica e social imposta por
Brasília. Infelizmente a região está sendo administrada por sonhadores e
incompetentes.
Armando Soares – economista
e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com
LIBERTATUM
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