sexta-feira, 1 de junho de 2012

Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes – Fonte IBGE Base: Primeiro Trimestre de 2012


PIB varia 0,2% em relação ao 4º tri de 2011 e chega a R$ 1,03 trilhões

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Por Ricardo Bergamini


Em relação ao quarto trimestre de 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2012 cresceu 0,2%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a indústria, que cresceu 1,7%, seguida dos serviços (0,6%). A agropecuária caiu 7,3%.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o PIB cresceu 0,8% e, dentre as atividades econômicas, destacou-se o aumento dos serviços (1,6%). Agropecuária caiu 8,5% e indústria manteve-se estável (0,1%).

No acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2012, o crescimento foi de 1,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O PIB em valores correntes alcançou R$ 1.033,3 bilhões no primeiro trimestre.


Em relação ao 4º tri de 2011, os serviços cresceram 0,6%

O PIB teve variação positiva de 0,2% na comparação com o quarto trimestre de 2011. Indústria (1,7%) e serviços (0,6%) se expandiram, mas a agropecuária caiu 7,3%. O crescimento da indústria foi puxado pela indústria de transformação, que cresceu 1,9%. Construção civil e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana também registraram crescimento de 1,5% em relação ao trimestre anterior. Já a extrativa mineral recuou 0,5%.

No setor de serviços, as atividades de administração, saúde e educação pública (1,8%), comércio (1,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,9%) cresceram. Serviços de informação aumentaram 0,6%, enquanto outros serviços (0,2%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,1%) mantiveram-se estáveis. Intermediação financeira e seguros recuou 0,8%.

Sob a ótica do gasto, o consumo da administração pública (1,5%) e o consumo das famílias (1,0%) subiram, enquanto que a formação bruta de capital fixo caiu 1,8%.

No que se refere ao setor externo, as importações de bens e serviços cresceram em ritmo superior ao das exportações: 1,1% contra 0,2%.

Na comparação com o 1º tri de 2011, agropecuária recua 8,5%

Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o PIB cresceu 0,8%. O valor adicionado a preços básicos aumentou 0,6% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios, 1,6%.

Sob a ótica da produção, a agropecuária caiu 8,5% em relação ao primeiro trimestre de 2011. Alguns produtos da lavoura, que possuem safra relevante no 1º trimestre, registraram queda nas estimativas de produção anual e produtividade. Esse é o caso da soja (-11,4%), arroz (-13,8) e fumo (-15,9%). Milho e algodão apresentaram estimativas de crescimento de produção da ordem de 19,5% e 1,6%, respectivamente.

A indústria, em desaceleração desde o segundo trimestre de 2010, manteve-se estável (0,1%). A indústria de transformação mostrou queda de 2,6%, resultado influenciado, principalmente, pela redução da produção da indústria automotiva, de máquinas e equipamentos, metalurgia, borracha e plástico, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e artigos do vestuário e calçados. Mas houve crescimento da produção de eletrodomésticos das linhas branca e marrom, outros equipamentos de transporte, químicos, celulose e papel, perfumaria, cimento e minerais não metálicos. Nas demais atividades houve crescimento: eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,6%), construção civil (3,3%) e extrativa mineral (2,2%).

O setor de serviços cresceu 1,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Todas as atividades que o compõem registraram variações positivas, com destaque para os serviços de informação, que cresceram 4,1%. Administração, saúde e educação pública apresentou crescimento de 2,9%, seguida por comércio (1,6%), e transporte, armazenagem e correio (1,2%) e serviços imobiliários e aluguel (1,2%). Intermediação financeira e seguros registrou variação positiva de 0,3%, enquanto que outros serviços cresceu 0,5%.

Formação bruta de capital fixo cai 2,1% em relação ao 1º trimestre de 2011

Dentre os componentes da demanda interna, a despesa de consumo das famílias apresentou crescimento de 2,5%, sendo a 34ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Isso se deve à massa salarial real, que teve elevação de 6,5% no primeiro trimestre de 2012. Além disso, houve aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 16,1% no mesmo período.

A formação bruta de capital fixo caiu 2,1% em relação a igual período do ano anterior, puxada pela queda da produção interna de máquinas e equipamentos. A despesa de consumo da administração pública cresceu 3,4% na comparação com o mesmo período de 2011.

Pelo lado da demanda externa, as exportações e as importações de bens e serviços cresceram 6,6% e 6,3%, respectivamente. A desvalorização cambial explica o maior crescimento das exportações. Os bens que mais contribuíram para esse resultado foram: têxteis, metalurgia, material elétrico, peças para veículos, produtos químicos e mobiliário. Dentre as importações, destaque para siderurgia, farmacêuticos, perfumaria, aluguel de equipamentos e viagens internacionais.

Em 12 meses, PIB cresce 1,9%

Nos últimos quatro trimestres, o PIB acumulou crescimento de 1,9% em relação aos quatro trimestres anteriores, resultado que mantém a trajetória de desaceleração observada desde o 4º trimestre de 2010. Esta taxa resultou da elevação de 1,7% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 3,1% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: agropecuária (0,8%), indústria (0,7%) e serviços (2,1%).

Dentre as atividades industriais, destacaram-se eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, com crescimento de 3,5%, seguida por construção civil (3,1%) e extrativa mineral (2,9%). A indústria de transformação registrou queda de 1,1%.

Já nos serviços, os serviços de informação tiveram aumento de 4,8%. As demais atividades também apresentaram crescimento: comércio (2,5%), intermediação financeira e seguros (2,4%), administração, educação pública e saúde pública (2,3%), transporte, armazenagem e correio (2,0%), Outros serviços (1,5%) e serviços imobiliários e aluguel (1,3%).

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 3,2%, seguido pelo consumo da administração pública (2,3%). A formação bruta de capital fixo aumentou 2,1%.

Já no âmbito do setor externo, tanto as exportações de bens e serviços como as importações de bens e serviços apresentaram crescimento de 5,1% e 8,2%, respectivamente.
No primeiro trimestre de 2012, PIB chega a R$ 1.033,3 bilhões

O PIB totalizou R$ 1.033,3 bilhões no 1º trimestre de 2012, sendo R$ 876,3 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 157,1 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.

A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2012 foi de 18,7% do PIB, inferior à taxa do mesmo período do ano anterior (19,5%). Essa redução foi influenciada, principalmente, pela queda, em volume, da formação bruta de capital fixo no trimestre. A taxa de poupança alcançou 15,7% no primeiro trimestre de 2012 (ante 17,0% no mesmo trimestre de 2011).

No 1º trimestre de 2012, a necessidade de financiamento caiu em R$ 2,5 bilhões em relação ao mesmo período de 2011. A renda nacional bruta atingiu R$ 1.023,3 bilhões contra R$ 943,9 bilhões em igual período do ano anterior. Nessa mesma base de comparação a poupança bruta atingiu R$ 162,6 bilhões contra R$ 163,9 bilhões no mesmo período de 2011.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

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