Com
a aproximação da Conferência
Rio+20,
as declarações
apocalípticas dão o tom do debate.
Gilberto Carvalho, por exemplo, declarou que “o
mundo se acabaria rapidamente se fosse universalizado o padrão de
consumo das elites”.
No
mesmo diapasão, o neoconservaciocista Delfim Neto — ninguém menos
que um dos idealizadores da escandalosa Transamazônica — foi
categórico, em entrevista ao Globo:“Conflitos
serão inevitáveis. Não há como o planeta sustentar nove bilhões
de pessoas com renda de US$ 20 mil cada”.
Essa
gente não tem a menor imaginação. No início do Século XIX,
quando a Terra era habitada por apenas 1 bilhão de pessoas, Thomas
Malthus previu que a população mundial cresceria em proporções
geométricas, enquanto a produção de alimentos e outros recursos
cresceria em progressão aritmética.
Pobres ficarão sem esperança de progredir e consumir mais e melhor |
Em
1968, quando a população mundial era de 3,5 bilhões, o ecologista
Paul Ehrlich escreveu um livro (The
Population Bomb)
onde previu
que, como resultado da superpopulação, centenas de milhões de
pessoas morreriam de fome nas décadas seguintes.
Num
discurso de 1971, previu que “até
o ano de 2000, o Reino Unido será simplesmente um pequeno grupo de
ilhas empobrecidas, habitadas por cerca de 70 milhões de famintos.”
De
lá para cá, a população mundial dobrou e as
previsões alarmistas de Malthus e Ehrlich jamais se concretizaram.
Pelo
contrário, graças
às novas tecnologias e ao crescimento exponencial da produtividade,
o percentual de subnutridosnos
países em desenvolvimento, em relação ao total da população, vem
apresentando uma firme tendência declinante há
quatro décadas, tendo baixado de 33% em 1970 para 16% em 2004.
Com
o tempo, o
chamado “movimento verde” foi sendo dominado e transformado por
ideólogos esquerdistas,
preocupados não com a poluição ou com a nossa saúde, mas com a
política e o poder.
A
partir desse ponto, a doutrinação,
o proselitismo e a disseminação do pânico foram
tão fortes que as teorias mais bizarras tornaram-se politicamente
corretas.
A
essência da ideologia verde está na crença de que a humanidade
deve minimizar o seu impacto sobre a natureza, custe o que custar.
Mulher faz cara de nojo ao consumirquitute ecológico feito com insetos, Universidade de Wageningen, Holanda |
Vide
a gritaria contra a aprovação do novo Código
Florestal, uma lei extremamente preservacionista e restritiva à
atividade econômica, sem similar no mundo, mas que, mesmo assim,
conseguiu desagradar os xiitas.
O
que os adeptos desse radicalismo se recusam a enxergar é que nós,
seres humanos, só sobrevivemos e prosperamos através da
transformação da natureza,
sem o quê não satisfazemos as nossas necessidades mínimas. Nosso
bem estar está diretamente ligado à nossa capacidade de tornar o
ambiente a nossa volta menos agressivo e mais hospitaleiro.
Graças
a Deus, as gerações que nos precederam visaram o progresso. Elas
tiveram orgulho de construir fábricas, abrir estradas, perfurar
poços e escavar a terra a procura de novos recursos.
Graças a Deus, as gerações que nos precederam visaram o progresso |
Felizmente,
não estavam contaminados pela ideologia verde.
É
verdade que tudo isso resultou em alguma poluição e desmatamento.
No entanto, mesmo esses
indesejáveis efeitos negativos têm sido superadas com bastante
êxito pelas
nações mais avançadas.
É
claro que a solução não está na restrição do consumo, mas no
aumento da produtividade e no desenvolvimento tecnológico.
Sem
falar que os
mais prejudicados, caso esse fanatismo ambientalista prevaleça,
serão os mais pobres, caso
sejam privados do uso de fontes de energia eficientes e baratas, e da
chance de poderem um dia usufruir do padrão de vida dos países
ricos.
O que vocês tem dificuldade de perceber é que todas essas previsões citadas teriam se tornado verdade, até em menos tempo, se o comunismo fosse implantado em todos os países da Terra...
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