quarta-feira, 27 de junho de 2012

Câmara aprova 10% do PIB para a educação: agora sim...vamos emburrecer de vez !



Direcionamento forçado de significativos 10% do PIB para atender exclusivamente a área da educação somente tenderá a abrir a caixa de Pandora da corrupção, do desperdício do erário e da doutrinação ideológica em massa.
Por Klauber Cristofen Pires

Estávamos eu e meu amigo Eddie percorrendo nossa madrugadeira caminhada, como de costume, quando avistamos um seu primo, a quem nos juntamos no afã de perdermos algumas calorias enquanto confabulávamos alegremente.
No decorrer do colóquio, fui conhecendo o nosso novo parceiro, que além de ser uma interessante pessoa, é um atleta com várias experiências em torneios de corridas de longas distâncias, de tal modo que foi nos liderando a passo puxado, exigindo-nos um esforço ao qual não estávamos acostumados. Aos elogios que fizemos à sua excelente condição física aos seus cinquenta, nos respondera que sempre gostou de correr, e agora mais velho, de caminhar, porque isto o acalma durante o resto do dia.
Um sujeito interessante, eu disse, porque dono de uma história que vale a pena ser reproduzida aqui, como prova concreta do sucesso da educação livre. Foi assim que se reportou a mim: “ - eu nunca gostei de escola, de ficar sentado numa sala de aula durante horas a fio, mas eu sempre fui muito curioso, e foi assim que me tornei um mecânico”.
Em tempo, ele não é apenas um mecânico, mas o chefe de uma empresa de transporte especializado que presta serviços à empresa mineradora Vale, um profissional bem sucedido, reconhecido por sua competência e bem remunerado.
Talvez ele tivesse feito naquele momento a mim um lamento, ou pelo menos um “apesar de”, no que se refere ao seu currículo pessoal. Da minha parte, porém, eu compreendia perfeitamente o seu ponto de vista: um sujeito enérgico como ele jamais teria como se enquadrar no ambiente claustrofóbico das instituições formais de ensino.
Hoje em dia, compreendo amplamente o mal que o positivismo burocratista formalista foi operando em nossa sociedade, furtando tempos preciosos das nossas vidas, especialmente na fase em que podemos ser mais enérgicos, produtivos e criativos.
Atualmente, percebo como a escola não passa de um lugar onde uma criança ou um jovem é submetido à confinação imbecilizante, onde permanecerá até que esteja adequadamente pasteurizado e acostumado a viver dentro dos estritos limites de uma embalagem longa-vida.
Toda potência criadora, qualquer talento nato, cada iniciativa própria e um pingo que haja de disposição são diariamente sufocadas em todas as escolas do Brasil, onde as crianças são obrigadas a permanecerem seguidas horas sentadas a ouvirem um rol infindo de tolices, disciplinas que jamais lhes serão úteis e muita, mas muita doutrinação ideológica. Isto, queridos leitores, é uma verdadeira tortura! É uma forma oblíqua de lobotomia!
Costumo dizer: eu fui um excelente aluno de Química Orgânica. Eu conhecia todos aqueles arranjos de álcoois, fenóis e benzenos. Quem diria, no entanto, que algum dia eu fosse produzir gasolina numa fábrica no fundo do quintal?
Qualquer rapaz e qualquer moça já possui uma incrível capacidade para o trabalho já aos dezesseis anos de idade! Em uma sociedade onde vigorasse um ensino livre e onde o sistema de livre mercado fosse preponderante, os jovens já teriam condições econômicas de casarem-se por volta dos vinte anos de idade e começarem a ter filhos!
No entanto, o engessado sistema de ensino priva a sociedade de tão valiosa força produtiva, obrigando-os a percorrer uma grade curricular que só os liberará a partir dos vinte e cinco anos de idade para o mercado de trabalho, e o pior, sem nenhuma experiência e além disso, com as suas cabecinhas repletas de teorias que se desmancham como açúcar na água quando exigidas no mundo real e prático.
Em uma sociedade onde o ensino fosse plenamente livre, a teoria sempre seria ensinada mantendo o passo com a prática; o objetivismo seria a tônica, bem como o interesse dos estudantes em buscar o conhecimento que lhes fosse realmente necessário. Em uma sociedade livre, pouco haveria de se falar em demorados cursos com um rol extenso das mais extravagantes disciplinas, mas sim em cursos de curta duração, focados na provisão de um conhecimento atualizado para a melhor realização de determinadas tarefas.
Notem, caros leitores, como os alunos a cada dia deixam de estudar o que lhes interessa para passarem a ser instruídos em assuntos que antes interessam ao estado e aos beneficiários comensais do atual regime: até kit-gay é proposto como se fosse a coisa mais banal do mundo!
Prestem muita atenção: não sou contra, em princípio, à escola e à universidade! Sou contra à inversão de causa e efeito, que fez com que o diploma consagrasse o conhecimento e não o conhecimento consagrasse o diploma! Em uma sociedade de ensino livre, as escolas e universidades não seriam de todo extintas, mas seriam muito mais enxutas, práticas e objetivas!
Uma sociedade não depende que todos ou uma ampla maioria dos cidadãos tenha o segundo grau completo ou o nível superior. Mesmo uma sociedade avançada requer apenas uma quantidade limitada de indivíduos detentores de educação superior. Claro, estou falando aqui de pessoas com reais conhecimentos profundos em uma dada área, e não no contingente que não cessa de crescer de semianalfabetos com um canudo na mão, vítimas da economicamente desperdiçadora indústria dos diplomas financiada pelo estado, que engana os jovens ao lançá-los anualmente às centenas de milhares para um mercado que não tem como absorvê-los.
Tudo o que antevejo – anotem – serão mais escândalos de corrupção envolvendo a construção de escolas e o fornecimento de livros didáticos e merendas escolares, bem como a ampliação da rede de doutrinação marxista e de seus mais variados ramos sexualista, negrista, indigenista, ambientalista, socialista, relativista e toda sorte das piores porcarias que a nova ordem mundial esteja criando ou por criar.
Não será só isto: os conselhos de classe e outras formas de associações de catedráticos não vão querer ver tamanha bufunfa passar incólume por sob seus narizes, e formarão lobbyes com o intuito de inchar ainda mais a grade curricular com disciplinas obrigatórias absolutamente inócuas.
O FIES passará a produzir bacharéis como pães quentinhos, praticamente todos incapazes de ler e interpretar uma nota de rodapé.
Imensos e necessários investimentos de infraestrutura, que já não vinham recebendo muita atenção do governo, serão ainda mais protelados, porque os recursos dos impostos estarão sendo usados na produções em série de doutorezinhos.
As indústrias do concurso público e do material escolar ganharão dimensões galácticas. Vocês sabem porque há tantos cursos de direito? Porque o direito é o curso que permite fazer o maior número de concursos públicos! Mas desde quando um exército de bacharéis desempregados e de servidores públicos que nada produzem podem gerar prosperidade para o país?
Enfim, o ensino (autenticamente) privado irá a pique, por falta de financiamento e por excesso de intervencionismo estatal, deixando assim de servir como um parâmetro ao ensino público, que afundará ainda mais em qualidade.
Sim, meus amigos, minhas previsões não são nada animadoras! Resigno-me desesperançoso quanto às decisões unânimes que os congressistas têm votado!
Ao contrário do que se pensa, não há um item que se destaque miraculosamente no progresso de um país. Ensino, poupança e investimento vão caminhando juntos, e a melhor calibragem para que não ocorra um falta de recursos numa área em consequência do desperdício de recursos noutra é que as demandas sejam atendidas pela iniciativa privada.
Mas uma vez, passaremos por uma década perdida. Está mais para um século perdido...

Um comentário:

  1. Olá Klauber! É bom estar de volta lendo suas postagens! Começo, hoje, por essa sua postagem super interessante e que nos trás notícias dos vampiros esquerdistas torrando o dinheiro público. É bom sabermos disso. Fico feliz em ser informado, pois a partir de hoje vou intensificar meu trabalho de educação em casa com meus filhos e ficar mais vigilante sobre os gastos públicos com os livros didáticos mentirosos e doutrinadores do PNLD!

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