“É fácil ser um defensor da liberdade de expressão quando
isso se aplica aos direitos daqueles com quem estamos de acordo.” – Walter Block.
Fatos como o ocorrido recentemente
quando a torcida colombiana imitava o som produzido por macacos toda vez que determinado
jogador brasileiro tinha a posse de bola, são episódios marcantes da ótica
degrada de dois pesos e duas medidas que meios de comunicação e formadores de
opinião têm sobre “racismo”. Houve um estardalhaço nacional promovido pela
imprensa que pediu á FIFA que punisse o clube estrangeiro suspendendo seus
jogos, multasse e interditasse seu estádio, e, por consequência, penalizasse toda
uma população por “racismo”... Não atos imitativos de animais, mas certamente a
ideologia da supremacia racial é terrível, quando compondo toda a gama de
ideias de uma doutrina, exerce o poder totalitário numa sociedade. Vimos ás
trágicas consequências disto quando o nacional socialismo esteve no poder na
Alemanha e teve apoio e simpatia de alguns países; inclusive de importantes
políticos da cúpula de poder, no Brasil, com a ditadura do estado novo de Getúlio
Vargas, e nesse período histórico, o país chegou a ter a maior seção do Partido
Nazista fora da Alemanha.
Ante tal espírito de “indignação” que para mim se configura ambivalente, demagógica
e hipócrita, pergunto qual a denominação que se deveria dar a tais tempestades antipreconceito, quando se move céus e
terra defendendo e enaltecendo grupo étnico ao mesmo tempo em que se ignora o que é constantemente assacado contra
outras etnias no próprio Brasil? Não era exatamente este o estratagema inicial do
nacional socialismo de Adolf Hitler, que depois foi para o discurso virulento e
em seguida acabou adotando o genocídio de outras raças que dizia asfixiarem e
perseguirem a raça pura?
O que dizer das dezenas de piadas muitas
delas contadas por artistas de TV, teatro, e por anônimos no Brasil, sobre loura burra? Lembra-se da composição
musical que foi sucesso no país, e que depreciava as mulheres brancas e loiras?
Não houve ao que se sabe nem uma expressão levemente zangada, de nenhum jornal
televisivo ou outro, que demonstrasse a mais leve “indignação” contra aquela “manifestação
de racismo”. Muita gente cantava a musiquinha da loura burra, inclusive negros
sábios... O que aconteceu? As louras continuaram gente e o país não acabou
sobre uma grande e trágica investigação sobre racismo dos autores e interpretes
da composição nem sobre os milhões de brasileiros que a cantarolavam, e muito
menos suspensão e fechamento de emissoras de rádio ou TV, nem os discos foram
lançados nas chamas iracundas da “indignação”... Ao que tudo indica, não passou
mesmo de liberdade de expressão, opinião, próprio de uma sociedade aberta. Ou
não?
Mas existe algo muito esquisito na noção
que determinadas pessoas e grupos tem sobre racismo ao ignorarem ou até acharem normal piadas, achincalhes, sobre outros
grupos étnicos, - incluindo índios e ciganos. Loura burra, branco aguado, pode.
Neguinha imbecil, negão parrudo, não. Agressão com cotas raciais de negros ao
princípio da igualdade perante a lei pode. Injustiça, desalento e conflitos, com
o privilégio que cria, também. Enfim, ter preconceito
só contra um grupo étnico ou raça, pode, contra outro, não. Ora, o que lhe
parece um quadro destes? A mim, com certeza é um quadro de ideologia de
supremacia racial, não importando a denominação político-ideológico que tenha,
ou se há respaldo de lei para criminalizar ofensa
a uma só. É racismo! Ou não?
O certo é que uma ideia sempre está por
trás dessas trovoadas indignadas contra
o preconceito, que na realidade são mesmo
é contra a razão, a prosperidade, e a paz: a divisão ideológica. Divisão ideológica
presente na violação da propriedade, fundamento de toda liberdade e riqueza, -
e na miríade de crimes que contra ela o próprio estado alimenta e promove; na
legislação trabalhista maquiada de “justiça”, que privilegia poucos, e cria muita
pobreza e crime ao proibir trabalho (idem ECA) e marginalizar milhões no
desemprego, inclusive negros; nas ideias utópicas do igualitarismo econômico e
ódio ao mercado; nas doutrinas do coletivismo que anulam e esmagam o individuo;
nas teorias marxistas – refutadas - da luta de classe e exploração, que ditam
que a sociedade é composta de “conflitos de interesses irreconciliáveis”¹; e,
completando o complexo ideológico coletivista diverso na aparência, mas na
essência um só, na ideia da supremacia racial estrategicamente maquiada de
vitimização – o caso aqui apreciado. Ideias que consequentemente causando divisão
ideológica, originam ódio, revolução, guerra civil, guerra entre nações,
miséria e tirania. Neste contexto ideológico míope, piada ou opinião depreciativa
sobre judeu, ou português, pode. Sobre negro,
não. Há algo profundamente errado. E o erro não está nas piadas, imitações, opiniões,
ou com pessoas que as fazem ou emitem.
Existe o comportamento da natureza
humana que os engenheiros sociais querem moldar á sua ideologia como se molda ferro,
ou concreto: por exemplo, o sistema de compra e venda de bens e serviços, dissentir,
fazer piada, imitar animais comparando-os com gente, dele também faz parte. Neste
sentido, para os coletivistas, se regulação, segregação, proibição, não resolvem o utópico ideal de
perfeição que querem impor á humanidade, a solução ideológica final talvez o
faça: tem-se então o holocausto de milhões de indivíduos no socialismo de supremacia
de classe social – ou comunismo – e o igual genocídio de outros milhões no socialismo
de supremacia racial – ou nazismo – com a supremacia racial branca. Com logomarcas
diferentes, - símbolos anacrônicos do trabalho em uma e noutra a cruz mística ariana
- as ideologias utópicas do coletivismo mostraram ao mundo como fazer com os mesmos
meios para alcançar os mesmos fins com escravidão, dor e destruição para fundar
outro mundo possível, superior: o da raça perfeita e do homem novo...
Tratamento e relações educadas,
respeitosas, inclusive com adversários e até com inimigos subjugados, atitude
consentânea com civilização; mas é também sagrada a liberdade de expressão e
opinião - que não inclua iniciar agressão física -, ter gosto musical ruim, fazer
piadas idem, ou imitações bobas. Para reclamar ofensa, ou qualquer reparação, caminho
da justiça, sempre. Se a realidade for à de não existirem leis ou decretos que
contemplem privilégios raciais, - idem, classe, gênero, etc. - degradando o
princípio da igualdade de todos perante a lei, maravilhoso. Ocorrendo o
contrário, se está mal, porque o que se tem então é noção unilateral de
racismo, ou seja, defesa e apologia, mesmo veladas, de supremacia racial.
A promoção perigosa da ascensão
ideológica de supremacia racial², ou outros, não está presente só nas ideias em
si³, que num momento podem até estar estrategicamente dissimuladas em show ou vitimização. Também está no tratamento que os
seus filósofos e intelectuais, ao longo do tempo, conquistam para os seus grupos
eleitos, tornando leis discriminatórias em privilégios e, consequentemente, em depravados,
inferiores, e escravos, todo o restante. É a consequência trágica da ideia inicial
– utópica - que é construir paraísos na terra para uns, que sempre acaba
criando infernos ameaçadores á civilização. Pela liberdade e a paz, mudar de
mentalidade é fundamental.
Ivan Lima
Ivan Lima, 63, é publicitário. Fundador do boletim Ordem Liberal. E-mail: ivanlima8@hotmail.com Publicado em LIBERTATUM.
Governo
Limitado - Propriedade - Liberdade –
Paz
__________________________
¹ Numa sociedade de mercado, o que existe
é harmonia de interesse entre os indivíduos, pois servindo e sendo servidos
voluntariamente nas trocas indiretas de bens e serviços baseado na divisão de
trabalho, todos labutam por seu bem estar.
² Também recentemente uma pessoa negra
foi presa e assim mantida durante 16 dias no Rio de Janeiro, acusada de assalto.
Rapidamente ficou claro um equívoco acusatório, admitido por quem o fez. Mas os
dissimulados apóstolos da Supremacia Racial Negra apressaram-se desde os
primeiros momentos de fazer um tremendo estardalhaço nacional dizendo tratar-se
de racismo, apesar de tudo indicar não ser o que se estava pretendendo ao tentar
tornar real uma inverdade. A vítima do
engano, sensata e honestamente, veio a público, depois de libertado, declarar não
guardar magoa da acusadora, pois a mesma estava nervosa e tinha sido vítima de
um bandido, deixando bem claro nada daquilo tratar-se de racismo. Pensa (03/2014)
em processar o estado por negligência e rigor na verificação policial referente
á acusação, o que o manteve injustamente preso, além de todas as consequências
que isso implicou em perdas para ele.
³ Na
América, apesar dos pesares, a garantia constitucional da liberdade de expressão
ainda é mantida, abrigando o direito a todas as ideias, inclusive socialistas,
que, é importante lembrar, uma vez exercendo poder total numa sociedade,
proíbem este mesmo direito do qual se beneficiam num ambiente de liberdade. Assim,
a constituição americana garante o direito de expressão do partido nazista, existindo
como qualquer um dos outros cento e tantos partidos existentes.
“A raça negra é a escolhida por Deus, ao
passo que os judeus e brancos são seres amaldiçoados”. (Internet- Wikipédia, etc.)
Esta é apenas uma das inúmeras pérolas da
ideologia da Supremacia Racial Negra, pregada desde os EUA aos quatro ventos do
mundo por um dos seus filósofos mais ativos e glamourosos da atualidade. Mas
“ignoradas” pelos “indignados” daqui... O que diz a mídia, intelectualidade, os
formadores de opinião e tolinhos tupiniquins se colocados ante o universo ideológico
da Supremacia Racial Negra? Se não tangenciarem, poderão até dizer tratar-se de direito de opinião, liberdade de expressão.
Ou não?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.