sexta-feira, 21 de março de 2014

Supremacia Racial.


“É fácil ser um defensor da liberdade de expressão quando isso se aplica aos direitos daqueles com quem estamos de acordo.” – Walter Block.

Fatos como o ocorrido recentemente quando a torcida colombiana imitava o som produzido por macacos toda vez que determinado jogador brasileiro tinha a posse de bola, são episódios marcantes da ótica degrada de dois pesos e duas medidas que meios de comunicação e formadores de opinião têm sobre “racismo”. Houve um estardalhaço nacional promovido pela imprensa que pediu á FIFA que punisse o clube estrangeiro suspendendo seus jogos, multasse e interditasse seu estádio, e, por consequência, penalizasse toda uma população por “racismo”... Não atos imitativos de animais, mas certamente a ideologia da supremacia racial é terrível, quando compondo toda a gama de ideias de uma doutrina, exerce o poder totalitário numa sociedade. Vimos ás trágicas consequências disto quando o nacional socialismo esteve no poder na Alemanha e teve apoio e simpatia de alguns países; inclusive de importantes políticos da cúpula de poder, no Brasil, com a ditadura do estado novo de Getúlio Vargas, e nesse período histórico, o país chegou a ter a maior seção do Partido Nazista fora da Alemanha.


Ante tal espírito de “indignação” que para mim se configura ambivalente, demagógica e hipócrita, pergunto qual a denominação que se deveria dar a tais tempestades antipreconceito, quando se move céus e terra defendendo e enaltecendo grupo étnico ao mesmo tempo em que se ignora o que é constantemente assacado contra outras etnias no próprio Brasil? Não era exatamente este o estratagema inicial do nacional socialismo de Adolf Hitler, que depois foi para o discurso virulento e em seguida acabou adotando o genocídio de outras raças que dizia asfixiarem e perseguirem a raça pura?  

O que dizer das dezenas de piadas muitas delas contadas por artistas de TV, teatro, e por anônimos no Brasil, sobre loura burra? Lembra-se da composição musical que foi sucesso no país, e que depreciava as mulheres brancas e loiras? Não houve ao que se sabe nem uma expressão levemente zangada, de nenhum jornal televisivo ou outro, que demonstrasse a mais leve “indignação” contra aquela “manifestação de racismo”. Muita gente cantava a musiquinha da loura burra, inclusive negros sábios... O que aconteceu? As louras continuaram gente e o país não acabou sobre uma grande e trágica investigação sobre racismo dos autores e interpretes da composição nem sobre os milhões de brasileiros que a cantarolavam, e muito menos suspensão e fechamento de emissoras de rádio ou TV, nem os discos foram lançados nas chamas iracundas da “indignação”... Ao que tudo indica, não passou mesmo de liberdade de expressão, opinião, próprio de uma sociedade aberta. Ou não?

Mas existe algo muito esquisito na noção que determinadas pessoas e grupos tem sobre racismo ao ignorarem ou até acharem normal piadas, achincalhes, sobre outros grupos étnicos, - incluindo índios e ciganos. Loura burra, branco aguado, pode. Neguinha imbecil, negão parrudo, não. Agressão com cotas raciais de negros ao princípio da igualdade perante a lei pode. Injustiça, desalento e conflitos, com o privilégio que cria, também. Enfim, ter preconceito só contra um grupo étnico ou raça, pode, contra outro, não. Ora, o que lhe parece um quadro destes? A mim, com certeza é um quadro de ideologia de supremacia racial, não importando a denominação político-ideológico que tenha, ou se há respaldo de lei para criminalizar ofensa a uma só. É racismo! Ou não?

O certo é que uma ideia sempre está por trás dessas trovoadas indignadas contra o preconceito, que na realidade são mesmo é contra a razão, a prosperidade, e a paz: a divisão ideológica. Divisão ideológica presente na violação da propriedade, fundamento de toda liberdade e riqueza, - e na miríade de crimes que contra ela o próprio estado alimenta e promove; na legislação trabalhista maquiada de “justiça”, que privilegia poucos, e cria muita pobreza e crime ao proibir trabalho (idem ECA) e marginalizar milhões no desemprego, inclusive negros; nas ideias utópicas do igualitarismo econômico e ódio ao mercado; nas doutrinas do coletivismo que anulam e esmagam o individuo; nas teorias marxistas – refutadas - da luta de classe e exploração, que ditam que a sociedade é composta de “conflitos de interesses irreconciliáveis”¹; e, completando o complexo ideológico coletivista diverso na aparência, mas na essência um só, na ideia da supremacia racial estrategicamente maquiada de vitimização – o caso aqui apreciado. Ideias que consequentemente causando divisão ideológica, originam ódio, revolução, guerra civil, guerra entre nações, miséria e tirania. Neste contexto ideológico míope, piada ou opinião depreciativa sobre judeu, ou português, pode.  Sobre negro, não. Há algo profundamente errado. E o erro não está nas piadas, imitações, opiniões, ou com pessoas que as fazem ou emitem.

Existe o comportamento da natureza humana que os engenheiros sociais querem moldar á sua ideologia como se molda ferro, ou concreto: por exemplo, o sistema de compra e venda de bens e serviços, dissentir, fazer piada, imitar animais comparando-os com gente, dele também faz parte. Neste sentido, para os coletivistas, se regulação, segregação, proibição, não resolvem o utópico ideal de perfeição que querem impor á humanidade, a solução ideológica final talvez o faça: tem-se então o holocausto de milhões de indivíduos no socialismo de supremacia de classe social – ou comunismo – e o igual genocídio de outros milhões no socialismo de supremacia racial – ou nazismo – com a supremacia racial branca. Com logomarcas diferentes, - símbolos anacrônicos do trabalho em uma e noutra a cruz mística ariana - as ideologias utópicas do coletivismo mostraram ao mundo como fazer com os mesmos meios para alcançar os mesmos fins com escravidão, dor e destruição para fundar outro mundo possível, superior: o da raça perfeita e do homem novo...

Tratamento e relações educadas, respeitosas, inclusive com adversários e até com inimigos subjugados, atitude consentânea com civilização; mas é também sagrada a liberdade de expressão e opinião - que não inclua iniciar agressão física -, ter gosto musical ruim, fazer piadas idem, ou imitações bobas. Para reclamar ofensa, ou qualquer reparação, caminho da justiça, sempre. Se a realidade for à de não existirem leis ou decretos que contemplem privilégios raciais, - idem, classe, gênero, etc. - degradando o princípio da igualdade de todos perante a lei, maravilhoso. Ocorrendo o contrário, se está mal, porque o que se tem então é noção unilateral de racismo, ou seja, defesa e apologia, mesmo veladas, de supremacia racial.

A promoção perigosa da ascensão ideológica de supremacia racial², ou outros, não está presente só nas ideias em si³, que num momento podem até estar estrategicamente dissimuladas em show ou  vitimização. Também está no tratamento que os seus filósofos e intelectuais, ao longo do tempo, conquistam para os seus grupos eleitos, tornando leis discriminatórias em privilégios e, consequentemente, em depravados, inferiores, e escravos, todo o restante. É a consequência trágica da ideia inicial – utópica - que é construir paraísos na terra para uns, que sempre acaba criando infernos ameaçadores á civilização. Pela liberdade e a paz, mudar de mentalidade é fundamental.
Ivan Lima
Ivan Lima, 63, é publicitário. Fundador do boletim Ordem Liberal. E-mail: ivanlima8@hotmail.com  Publicado em LIBERTATUM.                                                
Governo Limitado - Propriedade - Liberdade – Paz
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¹ Numa sociedade de mercado, o que existe é harmonia de interesse entre os indivíduos, pois servindo e sendo servidos voluntariamente nas trocas indiretas de bens e serviços baseado na divisão de trabalho, todos labutam por seu bem estar.

² Também recentemente uma pessoa negra foi presa e assim mantida durante 16 dias no Rio de Janeiro, acusada de assalto. Rapidamente ficou claro um equívoco acusatório, admitido por quem o fez. Mas os dissimulados apóstolos da Supremacia Racial Negra apressaram-se desde os primeiros momentos de fazer um tremendo estardalhaço nacional dizendo tratar-se de racismo, apesar de tudo indicar não ser o que se estava pretendendo ao tentar tornar real uma inverdade.  A vítima do engano, sensata e honestamente, veio a público, depois de libertado, declarar não guardar magoa da acusadora, pois a mesma estava nervosa e tinha sido vítima de um bandido, deixando bem claro nada daquilo tratar-se de racismo. Pensa (03/2014) em processar o estado por negligência e rigor na verificação policial referente á acusação, o que o manteve injustamente preso, além de todas as consequências que isso implicou em perdas para ele.

 ³ Na América, apesar dos pesares, a garantia constitucional da liberdade de expressão ainda é mantida, abrigando o direito a todas as ideias, inclusive socialistas, que, é importante lembrar, uma vez exercendo poder total numa sociedade, proíbem este mesmo direito do qual se beneficiam num ambiente de liberdade. Assim, a constituição americana garante o direito de expressão do partido nazista, existindo como qualquer um dos outros cento e tantos partidos existentes.

“A raça negra é a escolhida por Deus, ao passo que os judeus e brancos são seres amaldiçoados”.  (Internet- Wikipédia, etc.)

Esta é apenas uma das inúmeras pérolas da ideologia da Supremacia Racial Negra, pregada desde os EUA aos quatro ventos do mundo por um dos seus filósofos mais ativos e glamourosos da atualidade. Mas “ignoradas” pelos “indignados” daqui... O que diz a mídia, intelectualidade, os formadores de opinião e tolinhos tupiniquins se colocados ante o universo ideológico da Supremacia Racial Negra? Se não tangenciarem, poderão até dizer tratar-se de direito de opinião, liberdade de expressão. Ou não? 

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