Cada povo
tem o cenário que merece
“Quem só viu a miséria do homem não viu nada, é
preciso ver a miséria da mulher, mas quem só viu a miséria da mulher, nada viu,
pois é preciso ver a miséria da criança.”
(Os Miseráveis, de Victor Hugo)
Por Armando Soares
Nenhum
político, nenhum administrador, nenhum governante constrói sozinho ou com
poucos bajuladores uma região do tamanho e grandeza da Amazônia e do Brasil.
Essa é uma tarefa para muitas pessoas, que envolve famílias, e homens e
mulheres conscientes. País desenvolvido é o produto de um povo trabalhador,
instruído, com visão de futuro e livres, assim mostra a história. Homens escravizados
por ditadores, populistas, sem liberdade, individualidade e mantidos pela
escravidão benemerente refletem estagnação, pobreza, sofrimento, infelicidade;
trabalham para a produção armas de destruição e a pouca riqueza que criam é
apenas para sustentar exércitos, ditadores e aproveitadores. Essa verdade
provam a tirania cubana, soviética, chinesa e outros países comunistas e
populistas. Estagnação econômica, repressão, ausência de liberdade de ação, escravização
é cenário típico de assassinos brutais e de populistas.
Todas as
nações ricas, desenvolvidas e com qualidade de vida foram construídas por
sociedades livres, empreendedoras que priorizaram o conhecimento e a liberdade,
por isso sempre tiveram governantes desenvolvimentistas. Comunistas e
socialistas propagam que o comunismo e o socialismo superam o capitalismo e uma
economia de mercado. Se verdade fosse Cuba, União Soviética e China (antes de
aderir ao capitalismo) seriam paraísos econômicos. Entretanto, todos os países comunistas
sucumbiram, estagnaram, geraram pobreza, discriminação e autômatos, indivíduos
sem iniciativa, subjugados. China e Rússia só se desenvolveram após abandonarem
o comunismo e aderirem ao capitalismo, enquanto Cuba, Coreia do Norte e
Venezuela comunistas continuam na sua marcha fúnebre, sem horizonte e dependente
de favores de outros povos, gastando o pouco que produzem na manutenção de
exércitos e fabricação de armas.
O que
causa perplexidade e estranheza no Brasil é a facilidade com que o povo se joga
como sempre se jogou nos braços de populistas aventureiros, de corruptos, de
guerrilheiros e de comunistas sanguinolentos, gente que não mede consequências
para atingir seu objetivo, como o de utilizar o Brasil para negociatas, com o
silêncio dos pobres sustentados por programas enganosos, estratégia para
eternizar no poder e enriquecer títeres. Será que as pessoas manipuladas por
bolsas eleitoreiras sustentadas com o dinheiro do trabalho suado do brasileiro,
alguma vez já pararam para pensar no seu futuro, dos seus filhos e netos?
Manter o pobre permanentemente na pobreza com bolsas esmolantes não erradica a
pobreza, cria apenas guetos que alimentam currais eleitoreiros. Esse tipo de
benemerência vicia, promove a sonolência econômica e produtiva e cria
mortos-vivos dependentes do “patrão” governo. Quem quiser sair da pobreza, de
uma vida econômica limitada deve exigir do governo, não esmola, mas
transferência de conhecimentos através de boas escolas profissionalizantes. Conhecimento,
conhecimento e mais conhecimento, tudo mais é enganação, politicagem e
escravização. O Pará, estados amazônicos e nordestinos sofrem porque o povo não
recebe transmissão de conhecimento, por isso continuam pobres gerando um
processo de crescimento geométrico social explosivo. Que racionalidade e
igualdade são essas que se tira dinheiro, renda de quem produz e trabalha para
manter milhões de pessoas preguiçosos que não trabalham, e que nunca vão poder
arranjar emprego em razão de sua ignorância e dependência de esmolas. Manter
regiões ricas como a Amazônia subdesenvolvida faz parte dessa política
escravagista e degradante. Os amazônidas, a continuar esse cenário político e
econômico onde ainda prevalece a atividade primária e de coleta, adquirir qualidade
de vida nem no curto e médio prazo. Os amazônicos, ao que parece gostam de
viver de lendas e de milagres ignorando o desenvolvimento econômico. A fixação
em preservar a floresta amazônica imposta por ONGs estrangeiras se inclui no
imaginário, na lenda do Saci-Pererê e da suposta tribo das amazonas. É difícil
se encontrar na construção de civilizações um povo que tenha priorizado o
irreal, a quimera, o produto da imaginação, a fantasia, o absurdo, e a
incongruência, em troca do seu próprio desenvolvimento. Qual o país que se
desenvolveu com uma política ambiental tipo brasileira? Isso é demência pura.
Praticar a falsa caridade alimenta ainda mais a pobreza e a dependência.
A
verdade doída é que o amazônida está viciado em ser colonizado e em ser
reduzido a “João ninguém”. O programa “bolsas” do governo é apenas uma farsa, apenas
um oxigênio eleitoreiro, que não acaba com a pobreza, mas a institucionaliza
para a glória dos mercadores da vida que idolatram o poder e dólares. Os
amazônidas aprisionados no tempo pelo subdesenvolvimento, como qualquer
escravo, não percebem que estão vendendo sua alma em troca de um assistencialismo
degradante. A reversão desse quadro passa necessariamente pela retomada do
espirito de conquista de quando da ocupação da Amazônia, no período exploração
da borracha e da conquista do Acre da Bolívia. Estender as mãos para corruptos
e comunistas é o mesmo que entregar a alma ao diabo, ao “patrão e coronel
governo”. Governo, por melhor que seja não substitui a livre iniciativa, o
livre arbítrio, e quem deles abrir mão se torna escravo. É bom lembrar que a
Amazônia ficou esquecida durante anos do poder central, quando efetivamente foi
conquistada e dominada, apesar de sua imensidão florestal, exclusivamente por
amazônidas tendo a frente os nordestinos chegados à região famintos e pobres.
Depois dessa inédita epopeia única no mundo, o amazônida vai abrir mão do seu
espírito guerreiro e desbravador e entregar como está entregando a região para
estrangeiros e comunistas oportunistas? Os recursos naturais, as riquezas
amazônicas, se exploradas racionalmente podem afastar da região definitivamente
a pobreza humilhante. Por que abrir mão dessa condição para se submeter a
políticas públicas venais e indecorosas, que pretendem transformar a região num
grande almoxarifado internacional? É preciso acabar com o gesto humilhante
estender a mão e reagir.
Nenhum
governo, o melhor que seja, liberta e desenvolve um povo. Essa é uma tarefa de
cada um dos amazônidas. O Pará é, talvez, o estado mais rico da Amazônia, mas
continua pobre e subdesenvolvido. A bem da verdade não é o ambientalismo, o
americano, o inglês que obstaculiza o desenvolvimento? A causa principal é o
paraense e os que adotaram o Pará. Eles não sabem brigar por seus interesses e por
um desenvolvimento seguro e permanente. Todos vivem reclamando e discursando em
gabinetes, mas quando convocados para uma reação contra as travas políticas,
ambientalistas e dominadoras do Estado, todos se encolhem e tudo fica na mesma.
Tomem por exemplo, a questão das invasões de propriedade produtivas por
baderneiros, uma questão que se arrasta anos após anos sem solução, prova de
uma grande anomalia, uma afronta aos legítimos direitos de propriedade privada;
tempo suficiente para que governos, justiça e ministério público pusessem ordem
e respeito à lei. Sabemos que nada concreto foi feito para evitar novas
invasões e desrespeito à lei. O que isso quer dizer na prática? Ausência de
governo e de autoridade que promove o fortalecimento da bandidagem. Se não
existe governo, não existe ordem e lei, e como consequência, Estado de direito imperando
o caos, realidade que exige uma tomada de posição contundente dos prejudicados
e não contemporização a espera de um milagre impossível de acontecer.
Armando Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
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