segunda-feira, 20 de junho de 2011

A queda na qualidade de ensino no Brasil.

É isto mesmo que nossos corruptos governantes buscam. Ter uma população de vacas de presépio que não sabem fazer uma crítica e que são incapazes de analisar e comentar fatos.

Prof. Marlon Adami


Por isto e por outras que devemos, o mais rápido possível, nos livrarmos desta corja que tomou o poder em Brasília.

Parece um apelo desesperado, mas é uma realidade critica que vivemos há no mínimo 14 anos, ou seja, após a regulamentação da LDB de 1996 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm), que rege a educação nacional em todos os seus níveis.

Esta lei homologada no governo FHC, assim como neste governo surgiu o bolsa alimentação e bolsa escola que no governo Lula se transformou em Bolsa família, foi à primeira punhalada na qualidade da educação brasileira, encaminhando o ensino para os níveis baixos de qualidade e que hoje vemos com pavor o crime com no mínimo duas gerações de estudantes que até concluíram ou estão concluindo o ensino superior muito abaixo de gerações anteriores.

Esta lei foi interpretada e executada por burocratas da educação (pedagogos) que pouco ou nada sabem da sala de aula e apenas divagam nas teorias e estatísticas da educação e com o governo Lula foi à teoria freiriana, a escolhida para alicerçar a LDB emburrecedora dos estudantes brasileiros, que poda a liberdade de escolha do modelo educacional inclusive na rede privada e que verticalizou os livros didáticos, com a desculpa de oportunizar livros iguais para todos, inclusão didática para manter o nível de emburrecimento em todos os níveis.

Tomo como exemplo a aplicação do livro didático de História de Mario Schmitt, que de livro de verdade tem muito pouco, um gibi repleto de fotos e apologias a heróis comunistas e desinformação histórica total. Um manual para formar comunistas em sala de aula.
Inclusão no ensino não é assim que se faz incluir a todos ao ensino é proporcionar condições salariais para que os estudantes escolham onde estudar e que livros comprar, escolhidos pelos seus professores, assim como era feito na época do regime militar, hoje tão criticados pela esquerda comunista que quer igualar e nivelar a todos por baixo.

A ficção da igualdade social no Brasil apenas ilude os miseráveis do Nordeste brasileiro, comprados com os cartões magnéticos da Bolsa Tudo que o governo distribui em troca do cabresto do voto em época de eleição.

Menciono alguns itens da lei que podemos observar o quão vago e interpretativo são, deixando margem para interessados em tirar proveito do sistema em beneficio político próprio, é muito fácil de manipular. E toda esta interpretação sendo feita por pedagogos treinados nas universidades utilizando e decorando as teorias que privilegiam a educação comunista e de construção de massa de manobra e omitida das verdades e da qualidade de ensino.

Art. 1º § 2º “A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”.

A educação inclusiva iniciada com FHC e mais fortemente executada pelo PT nos seus dois governos, não coloca ninguém próximo do mundo do trabalho e da disciplina do mundo do trabalho, apenas incentiva a formação de adolescentes sem interesse e um mundo do faz de conta da educação apoiado pelo policiamento das pedagogas sobre os professores, punindo e desmoralizando o docente perante os futuros vadios formados na escola publica.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; Liberdade para quem não sabe usá-la, sem disciplina e amarrado nos livros didáticos indicados pelas editoras contratadas do governo? Bonita liberdade é dada para os docentes e para as instituições.

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

As idéias são impostas pela pedagogia e balizadas em Freire, Piaget e Vigotsky, todos os pedagogos que não obtiveram resultados das teorias e o que mais próximo de resultados chegou foi Freire, emburrecendo e formando uma massa de manobra para a implantação do comunismo na África.

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

Liberdade de quem e tolerância pra quem? O que se vê é os alunos repletos de liberdades e tolerância zero para os docentes que são cobrados por não ter controle sobre os alunos, mas se impondo, são punidos, pois afeta a liberdade de direito dos alunos. Esta tolerância é apenas para os docentes que se torturam com a falta de respeito e vadiagem legalizada dos alunos, vendo seu esforço profissional sendo reprimido e desprezado com esta lei vertical de interesse político.

A realidade atual é de desvalorização total, onde pedagogos e não pedagogos defecam na cabeça dos docentes como semideuses da educação, mas não tem o preparo e o conteúdo para ministrar aulas apenas fazem de conta que dão aulas quando estão em sala de aula e nos seus gabinetes tentam ensinar docentes a executar o seu trabalho, mas palpites não são sinônimos de qualidade do ensino.

AS TEÓRICAS ACADÊMICAS DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA MARXISTA (PIAGET, VIGOTSKY, E PRINCIPALMENTE PAULO FREIRE, QUE NÃO DETÊM O CONHECIMENTO ESPECIFICO DAS LICENCIATURAS, MAS SE COLOCAM COMO GÊNIOS DOS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO.


POR ACASO ALGUMA PEDAGOGA CONHECE A HISTORIA DO PLAGIO TEORICO DE PAULO FREIRE? PODEM ME JUSTIFICAR O ESTUDO E TENTATIVA DE PRATICA DE TEORIAS RUSSAS E SUIÇAS DO SEC. XIX EM NOSSA EDUCAÇÃO? SE NEM NOS LOCAIS DE ORIGEM FORAM ACEITAS E DESENVILVIDASD PQ NÓS QUE QUEREMOS QUALIDADE E CONHECIMENTO TEMOS QUE SEGUIR ESSA CARTILHA ARCAICA?


SE ALGUMA PEDABOBA ME RESPONDER FUNDAMENTADA E CONHEÇA REALMENTE PAULO FREIRE COMO EU ESTUDEI, ME RESPÓNDA, CASO CONTRARIO, POR FAVOR, VÃO LIMPAR AS IDEIAS QUE BOTARAM NA CABEÇA DE VOCES NOS BANCOS ACADEMICOS E ESTUDEM. APOS A CHEGADA E A CRIAÇÃO DA PEDAGOGIA EFETIVA NAS ESCOLAS NOSSA EDUCAÇÃO SÓ PIOROU E NÃO PELO FATO DAS PROFISSIONAIS, MAS PELO SISTEMA QUE CRIOU UM BANDO DE VENTRILOCOS QUE REPETEM E SE ACHAM A SOLUÇÃO FINAL DA EDUCAÇÃO.

TENHO PENA DAS PEDAGOGAS A SERVIÇO DA ESQUERDA MARXISTA LENINISTA, NEM IMAGINAM QUAL A SUA REAL FUNÇÃO NO SISTEMA, MAS PQ NÃO ESTUDARAM O QUE PRECISAVA HISTORIA DA PEDAGOGIA E NÃO APENAS A BIBLIOGRAFIA DE FREIRE, PIAGET E VIGOSTKY.


INFELIZMENTE A PEDAGOGIA NO BRASIL ESTÁ A SERVIÇO DA POLITICA E NÃO DA EDUCAÇÃO, SÓ AS PEDAGOGAS NÃO ENXERGAM!

 O plagio Paulo Freire se explica com uma breve pesquisa a bibliografia da educação e filosofia, o que os bancos acadêmicos não fazem questão de expor na preparação das futuras gerações de pedagogos por já estarem a décadas a serviço da esquerda na construção da inclusão/totalitarismo das massas doutrinadas por essa cartilha.

Exponho a gênese do freirianismo idolatrado pela pedagogia esquerdista que é o responsável pelo emburrecimento de gerações de brasileiros que ao completarem seus estudos se vêem excluídos do mercado de trabalho pela total bestialidade e engano da teoria em prepará-los para o mundo de mercado e das oportunidades.
O
Método Laubach de alfabetização de adultos foi criado pelo missionário protestante norte-americano Frank Charles Laubach (1884-1970). Desenvolvido por Laubach nas Filipinas, em 1915, subseqüentemente foi utilizado com grande sucesso em toda a Ásia e em várias partes da América Latina, durante quase todo o século XX.

Em 1915, Frank Laubach (foto) fora enviado por uma missão religiosa à ilha de Mindanao, nas Filipinas, então sob o domínio norte-americano, desde o final da guerra EUA/Espanha. A dominação espanhola deixara à população filipina uma herança de analfabetismo total, bem como de ódio aos estrangeiros. A população moura filipina era analfabeta, exceto os sacerdotes islamitas, que sabiam ler árabe e podiam ler o Alcorão. A língua maranao (falada pelos mouros) nunca fora escrita. Laubach enfrentava, nessa sua missão, um problema duplo: como criar uma língua escrita, e como ensinar essa escrita aos filipinos, para que esses pudessem ler a Bíblia. A existência de 17 dialetos distintos, naquele arquipélago, dificultava ainda mais a tarefa em meta.


Laubach adaptou o alfabeto inglês ao dialeto mouro. Em seguida adaptou um antigo método de ensino norte-americano, de reconhecimento das palavras escritas por meio de retratos de objetos familiares do dia-a-dia da vida do aluno, para ensinar a leitura da nova língua escrita. A letra inicial do nome do objeto recebia uma ênfase especial, de modo que aluno passava a reconhecê-la em outras situações, passando então a juntar as letras e a formar palavras.


Utilizando essa metodologia, Laubach trabalhou por 30 anos nas Filipinas e em todo o sul da Ásia. Conseguiu alfabetizar 60% da população filipina, utilizando essa mesma metodologia. Nas Filipinas, e em toda a Ásia, um grupo de educadores, comandado pelo próprio Laubach, criou grafias para 225 línguas, até então não escritas. A leitura dessas línguas era lecionada pelo método de aprendizagem acima descrito. Nesse período de tempo, esse mesmo trabalho foi levado do sul da Ásia para a China, Egito, Síria, Turquia, África e até mesmo União Soviética. Maiores detalhes da vida e trabalho de Laubach pode ser lido na Internet, no site Frank Laubach.

Na América Latina, o método Laubach foi primeiro introduzido no período da 2ª Guerra Mundial, quando o criador do mesmo se viu proibido de retornar à Ásia, por causa da guerra no Pacífico. No Brasil, este foi introduzido pelo próprio Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro. Naquele ano, esse educador veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia, como já fizera em vários outros países latino-americanos.


Lembro-me bem dessa visita, pois, ainda que fosse muito jovem, cursando o terceiro ano Ginasial, todos nós, estudantes, sabíamos que o analfabetismo no Brasil ainda beirava a casa dos 76% - o que muito nos envergonhava - e que este era o maior empecilho ao desenvolvimento do país.


A visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão nos meios estudantis. Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e faculdades – não havia ainda uma universidade em Pernambuco - e conduziu debates no Teatro Santa Isabel. Refiro-me apenas a Pernambuco e ao Recife, pois meus conhecimentos dos eventos naquela época não iam muito além do local onde residia.

Houve também farta distribuição de cartilhas do Método Laubach, em espanhol, pois a versão portuguesa ainda não estava pronta. Nessa época, a revista Seleções do Readers' Digest publicou um artigo sobre Laubach e seu método - muito lido e comentado por todos os brasileiros de então, que, em virtude da guerra, tinham aquela revista como único contato literário com o mundo exterior. Naquele ano, de 1943, o Sr. Paulo Freire já era diretor do SESI, de Pernambuco - assim ele afirma em sua autobiografia - encarregado dos programas de educação daquela entidade. No entanto, nessa mesma autobiografia, ele jamais confessa ter tomado conhecimento da visita do educador Laubach a Pernambuco. Ora, ignorar tal visita seria uma impossibilidade, considerando-se o tratamento VIP que fora dado àquele educador norte-americano, pelas autoridades brasileiras, bem como pela imprensa e pelo rádio, não havendo ainda televisão. Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua “condição de oprimidas”. O autor dessas outras cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do SESI, que emprestou seu nome a essa “nova metodologia" - da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos - como se a mesma fosse da sua autoria.


Tais cartilhas foram de imediato adotadas pelo movimento estudantil marxista, para a promulgação da revolução entre as massas analfabetas. A artimanha do Sr. Paulo Freire "pegou", e esse método é hoje chamado Método Paulo Freire, tendo o mesmo sido apadrinhado por toda a esquerda, nacional e internacional, inclusive pela ONU.

No entanto, o método Laubach – o autêntico - fora de início utilizado com grande sucesso em Pernambuco, na alfabetização de 30.000 pessoas da favela chamada "Brasília Teimosa", bem como em outras favelas do Recife, em um programa educacional conduzido pelo Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, daquela cidade. Os professores eram todos voluntários. Essa foi à famosa Cruzada ABC, que empolgou muita gente, não apenas nas favelas, mas também na cidade do Recife, e em todo o Estado. Esse esforço educacional é descrito em seus menores detalhes por Jules Spach, no seu recente livro, intitulado, Todos os Caminhos Conduzem ao Lar (2000).


O Método Laubach foi também introduzido em Cuba, em 1960, em uma escola normal em Bágamos. Essa escola pretendia preparar professores para a alfabetização de adultos. No entanto, logo que Fidel Castro assumiu o controle total do poder em Cuba, naquele mesmo ano, todas as escolas foram nacionalizadas, inclusive a escola normal de Bágamos. Seus professores foram acusados de “subversão”, e tiveram de fugir, indo refugiar-se em Costa Rica, onde continuaram seu trabalho, na propagação do Método Laubach, criando então um programa de alfabetização de adultos, chamado Alfalit.

A organização Alfalit foi introduzida no Brasil, e reconhecida pelo governo brasileiro como programa válido de alfabetização de adultos. Encontra-se hoje na maioria dos Estados: Santa Catarina (1994), Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Sergipe, São Paulo, Paraná, Paraíba e Rondônia (1997); Maranhão, Pará, Piauí e Roraima (1998); Pernambuco e Bahia (1999).


A oposição ao Método Laubach ocorreu desde a introdução do mesmo, em Pernambuco, no final da década de 1950. Houve tremenda oposição da esquerda ao mencionado programa da Cruzada ABC, em Pernambuco, especialmente porque o mesmo não conduzia à luta de classes, como ocorria nas cartilhas plagiadas do Sr. Paulo Freire. Mais ainda, dizia-se que o programa ABC estava "cooptando" o povo, comprando seu apoio com comida, e que era apenas mais um programa “imperialista”, que tinha em meta unicamente "dominar o povo brasileiro".
Pedagogia dos Oprimidos, do educador brasileiro Paulo Freire.

O estranho é que a obra de Paulo Freire não versa sobre educação - certamente não a educação de crianças. Pedagogia dos Oprimidos não menciona nenhum dos assuntos que ocuparam a cabeça dos reformistas da educação durante o século XX: provas, padrões de ensino, currículo escolar, o papel dos pais na educação, como organizar as escolas, que matérias devem ser estudadas em cada série, qual a melhor maneira de treinar professores, o modo mais efetivo de educar crianças desfavorecidas em todos os níveis. Esse best-seller sobre educação é, ao contrário, um tratado político utópico que clama pelo fim da hegemonia do capitalismo e a criação de uma sociedade sem classes. Professores que adotam essas idéias perniciosas arriscam prejudicar seus alunos - e ironicamente, seus alunos mais desfavorecidos sofrerão em maior escala.

Para se ter uma idéia das prioridades do livro, basta dar uma olhada em suas notas de rodapé. Freire não está interessado nos tradicionais pensadores e educadores do Ocidente - não em Rousseau, Piaget, John Dewey, Horace Mann, ou Maria Montessori. Ele cita um leque bem diferente de figuras: Marx, Lênin, Che Guevara, e Fidel Castro, assim como os intelectuais orgânicos radicais Frantz Fanon, Régis Debray, Herbert Marcuse, Jean-Paul Sartre, Louis Althusser, e George Lukács. E não há porque ser diferente, uma vez que sua idéia central é que a principal contradição em toda sociedade é entre "opressores" e "oprimidos" e que a revolução resolverá esse conflito. Os "oprimidos" estão destinados a desenvolver uma "pedagogia" que os leve à sua liberdade. Aqui, numa passagem chave, está como Freire vê seu projeto de emancipação:

A pedagogia do oprimido [é] uma pedagogia que deve ser feita com, e não para, o oprimido (tanto indivíduos ou grupos) numa incessante batalha para recuperar sua humanidade. Essa pedagogia faz da opressão e suas causas objetos de reflexão pelo oprimido, e dessa reflexão virá o engajamento necessário na luta pela sua liberdade. E na luta essa pedagogia se fará constante.

Como essa passagem deixa claro, Freire nunca teve a mais leve intenção de que pedagogia seja algo que se refira ao dia-a-dia na sala de aula, como análise e pesquisa ou qualquer coisa que se leve a uma melhor produção acadêmica dos alunos. Ele almeja algo maior. Sua idiossincrática teoria sobre escolas remete apenas a uma autoconsciência dos trabalhadores e camponeses explorados que estariam "percebendo a opressão no mundo". Uma vez que eles cheguem à noção de que estão sendo explorados, mirabile dictu, "essa pedagogia não mais pertence aos oprimidos e passa a ser uma pedagogia de todos no processo de liberação permanente".

Freire raramente fundamenta sua descrição de luta entre opressores e oprimidos em uma sociedade ou um período histórico em particular, então se tornam difícil ao leitor julgar se o que ele está dizendo faz sentido ou não. Não sabemos se os opressores a que ele se refere são os banqueiros norte americanos, os barões latino americanos ou, ainda, autoritários burocratas da educação. Sua linguagem á tão metafísica e vaga que ele pode simplesmente estar se referindo a um jogo de tabuleiro com dois lados oponentes, os opressores e os oprimidos. Ao fazer análises gerais sobre a luta entre esses dois lados, ele se apóia na formulação padrão de Marx segundo a qual "a luta de classes necessariamente leva a uma ditadura do proletariado [e] essa ditadura significa a transição para a abolição de todas as classes e a uma sociedade sem classes".

Em uma nota de rodapé, entretanto, Freire menciona uma sociedade que de fato atingiu a "permanente liberação" que ele propõe: esse "parece ser o fundamental aspecto da revolução Cultural de Mao". Os milhões de chineses de todas as classes que sofreram e morreram sob o tacão da revolução brutal provavelmente discordam. Freire também oferece conselhos a líderes revolucionários, que "precisam entender a revolução, por causa de sua natureza criativa e liberal, como um ato de amor." O exemplo usado por Freire de seu amor revolucionário é ninguém menos que o símbolo da revolução armada de 1960, Che Guevara, que afirmou que "o revolucionário é guiado por forte sentimento de amor". Freire deixa de mencionar, no entanto que Che foi um dos mais brutais personagens da revolução cubana, responsável pela execução de centenas de oponentes políticos.

Afinal, escuridão e tristeza parecem ser o menor dos problemas do livro, mas assim mesmo é válido citar um trecho da abertura do livro.

Enquanto o problema da humanização sempre foi, do ponto de vista axiológico, o problema central da espécie humana, ele agora toma um caráter de preocupação inevitável. Preocupação pela humanização remete ao reconhecimento da desumanização, não apenas como uma possibilidade ontológica, mas como uma realidade histórica. E à medida que um indivíduo percebe a extensão da desumanização, ele ou ela deve se perguntar se humanização é uma possibilidade viável. Na história, em contextos objetivos e concretos, tanto a humanização quanto a desumanização são possibilidades para uma pessoa enquanto um ser incompleto consciente de sê-lo.

Precariamente traduzindo: humanização é bom e desumanização é ruim. Ah, como nos dias em que os panfletos revolucionários acertaram, como em: "Um fantasma está assombrando a Europa".

Como esse livro sobre opressão, luta de classes, a destruição do capitalismo e a necessidade de uma revolução pode ter sido confundidas com um tratado sobre educação que pode resolver os problemas das escolas do século XXI nas cidades de interior americanas? A resposta para essa questão começa em Pernambuco, um estado do nordeste brasileiro. Nas décadas de 50 e 60, Freire foi um professor universitário e um radical ativista político na capital, Recife, onde ajudou a organizar campanhas em prol da alfabetização de camponeses. Freire percebeu que aulas de alfabetização e civilidade era um bom caminho para fazer com que os camponeses pobres votassem em candidatos radicais. Sua "pedagogia" começou, então, com campanhas para mobilização de um grande número de eleitores, rendendo-lhe poder político.
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A popularidade da Pedagogia do Oprimido não se deveu somente a teoria educacional. Durante a década de setenta, veteranos das fileiras de protesto estudantis e contra a guerra no Vietnam colocaram de lado seus cartazes e começaram sua "longa marcha para dentro das instituições de ensino", adquirindo Ph. D.s e fazendo parte dos departamentos de ciências humanas. Uma vez dentro das universidades, os esquerdistas incorporaram suas agendas radicais (não importa se Marxistas, feministas ou racistas) em seus ensinamentos. Ao celebrar Freire como um grande pensador as portas se abriram para esses radicais. Sua declaração em Pedagogia do Oprimido de que "não existia uma educação neutra" se tornou um mantra para professores de esquerda que passaram a usá-lo como justificativa para incitar o ódio antiamericano nas salas de aula de universidades.

Por toda parte alguns professores de esquerda reconheceram os perigos para o discurso acadêmico da eliminação do ideal de neutralidade no ensino.

Não existem evidências de que a pedagogia Freireana tenha tido muito sucesso no Terceiro Mundo. Nem que os regimes revolucionários favoritos de Freire como China e Cuba, tenham reformado seus próprios sistemas "bancários" de ensino, no qual os alunos mais brilhantes são controlados, disciplinados, e têm seus conteúdos educacionais rígidos para atenderem as demandas nacionais - e a produção de mais administradores industriais, engenheiros e cientistas. O quão perverso é, então, que apenas nas cidades do interior americanas os educadores Freireanos são levados a "libertar" crianças pobres de uma "opressão" imaginária e os recrutem para uma revolução que nunca virá?

As idéias de Freire são perigosas não somente para os alunos, mas também para os professores comprometidos com esse tipo de educação. Um consenso mais amplo está emergindo entre reformadores da educação de que a melhor opção para enriquecer as conquista acadêmicas das crianças nas cidades de interior americanas é melhorar dramaticamente o nível dos professores que nelas ensinarão. Melhorar a qualidade dos professores numa tentativa de reduzir a diferença entre a educação de crianças pobres e as demais é o maior foco na agenda educacional de Obama. Mas se a qualidade dos professores é agora o principal foco, isso desafia a racionalidade de que a Pedagogia do Oprimido ainda ocupe um lugar de destaque em cursos de treinamento para professores, que certamente nada aprenderão sobre tornarem-se melhores instrutores com seus desacreditados chavões Marxistas.

Na era Obama, finalmente, parece ser inaceitável encorajar professores a levar a agenda política de Freire a sério. Se existe alguma mensagem política que os professores tenham que trazer para seus alunos, é aquela do maior escritor afro-americano, Ralph Ellison, que afirmou ter procurado em seus escritos "ver a América com a consciência de sua diversidade e sua quase mágica fluidez e liberdade... confrontando as desigualdades e brutalidades de nossa sociedade diretamente, ainda que impelindo suas imagens de esperança, fraternidade humana, e realização individual."

Estas informações podem esclarecer até que ponto nossa educação realmente quer preparar, formar pessoas através do conhecimento, inseri-las no mercado globalizado e realmente formar uma população visando o progresso e a prosperidade da nação perante o mundo desenvolvido que concorremos diariamente.

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