quarta-feira, 20 de abril de 2016

Maduro sai em defesa de Dilma após pedir às venezuelanas se pentearem 

com os dedos

Enquanto o povo brasileiro comemorava o “impeachment” nas ruas, Maduro garantia que a “direita” na América latina está tentando desconhecer a soberania da região.




Brasília - O Deputado Bruno Araujo profere o voto que garante a autorizacao do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Maduro reage contra impeachment e defende Dilma e ‘soberania’ ameaçada pelo ‘império’

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, se apressou a manifestar solidariedade à sua colega Dilma Rousseff, que desde domingo 17 de abril está em processo de impeachment aberto pela Câmara dos Deputados com maioria de dois terços como prescreve a Constituição.
Segundo “La Nación” de Buenos Aires, enquanto o povo brasileiro comemorava o “impeachment” nas ruas, Maduro garantia que a “direita” na América latina está tentando desconhecer a soberania da região.
O tweet circulou logo após os deputados brasileiros votarem livre e soberanamente o processo de destituição da companheira ideológica do regime chavista.
“A direita do continente desconhece a Soberania Popular, será que pretendem nos fazer desaparecer? Alerta, alerta que Camina…”, disse o líder bolivariano em um espanhol de difícil compreensão num tweet acompanhado de imagens em apoio à presidente Dilma Rousseff.
Com a verborragia e a incongruência lógica habitual nos líderes bolivarianos, Maduro defendeu que o fato de “pretender derrocar a primeira mulher presidente do Brasil fala muito da obsessão imperial que está se instalando no continente”.
As palavras de Maduro não serviram para enganar a população venezuelana que padece uma das piores crises da história, exceção feita dos países socialistas.


An employee of a business closed during a blackout stands behind the door with a notice reading "There's No Light", in Caracas on September 3, 2013. Major power blackouts paralyzed Venezuela's capital and several states across the country on Tuesday but there was no official explanation for the cause. AFP PHOTO/Juan Barreto (Photo credit should read JUAN BARRETO/AFP/Getty Images)
‘No hay luz’ – ‘Não há força’: um dos resultados da ‘soberania’ bolivariana que Maduro gostaria ver implantada no Brasil com Dilma e o PT

Madurou acabava de decretar que as sextas feiras dos meses de abril e maio serão feriados porque não há energia elétrica.
Ele apontou como culpado o fenômeno climatológico de El Niño a quem atribuiu secas que estariam devastando América Latina, além de mudanças climáticas que não conseguiu explicar.
A barragem de Guri, a maior da Venezuela, “está – disse Maduro – no ponto de entrar no ponto (sic!) de não retorno”. Ele também tripudiou contra os secadores de cabelo femininos, o ar condicionado, os secadores de roupa, noticiou a imprensa internacional.
O pior ficou reservado contra as empresas particulares que ainda sobrevivem na área do comercio e da indústria. Elas terão que “autogerar” a energia que consumem entre quatro e nove horas por dia. O Exército e inspetores bolivarianos serão enviados a pegar os infratores.
As empresas que dependem mais da energia deverão usar suas fábricas para frenar o consumo elétrico, leia-se parar de funcionar reduzindo seu consumo em 20%.
Maduro prometeu distribuir milhões de lâmpadas incandescentes de um tipo que consume menos e que é produzida numa fábrica que ele acaba de inaugurar. As demagógicas promessas do socialismo em geral não passam de fanfarronadas da hora.
O discurso foi recebido como um disparate. A causa da crise está em medidas ineficientes e irresponsáveis do socialismo bolivariano afirmam em coro a maioria dos especialistas econômicos.


Maduro pede que as mulheres
Maduro pede que as mulheres se penteiem com os dedos, no programa ‘Con el Mazo Dando’.

No primeiro trimestre do ano os preços subiram 57%, mais ainda do que no Sudão na África, o outro infeliz recordista planetário na miserabilização.
O defensor da primeira presidente mulher do Brasil, se assanhou especialmente contra os secadores de cabelo. “Eu sei que é de uso geral das mulheres, mas é um alto consumidor de energia, na mesma proporção do ferro de passar”.
Maduro nas pegadas de Chávez e do próprio Fidel Castro já fez históricas campanhas por certo tipo de panelas e pelos eletrodomésticos chineses.
“Eu acredito que uma mulher se vê mais bela quando se penteia com os dedos e quando põe a secar seus cabelos de maneira natural. É uma ideia que eu apresento às mulheres”, disse ele falou no programa “Con el Mazo Dando” (“Descendo o pau”) transmitido pela TV estatal VTV e animado por Diosdado Cabello, n.º 2 do regime.
Fica por se saber se já propôs essa ideia a Dilma Rousseff. Ou até a Cristina Kirchner que anda se exibindo em processos por improbidade administrativa que lesaram o Estado argentino em milhões de dólares. Enquanto aguarda processos penais que podem incluir um famoso assassinato…
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