segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lição dos esquerdistas: Como cultivar a prática da usurpação da bondade para obter uma autoridade que não se possui


Num tal Blog do Sakamoto, da Folha, o jornalista Leonardo Sakamoto executa com perfeição essa lição, típica dos esquerdistas.

Vejam seu texto abaixo, entitulado “Como Cultivar a exclusão social em São Paulo”:
Daqui a uma geração, quando estudarem a arquitetura de nossa época, além dos prédios em forma de melancia e dos espigões de aço e vidro azul, outra coisa, menos bonita por certo, chamará a atenção. Temos gasto muito tempo e inventividade para criar formas de excluir do convívio da cidade aqueles para os quais nunca abrimos as portas dos direitos econômicos – e isso não passará despercebido.
Reuni alguns desses métodos informais em forma de manual. Apesar de não estarem publicados e não seguirem padrões da ABNT, existem e fazem vítimas diariamente, ainda mais em noites frias e chuvosas como essas pelas quais estamos passando. Registrar isso serve para lembrar o quanto somos ridículos e ajudar o pessoal que vai nos julgar amanhã. Espero que não tenham dó ou piedade.
1) Áreas cobertas em viadutos, pontes, túneis ou quaisquer locais públicos que possam receber casas imaginárias do povo de rua devem ser preenchidas com concreto. A face superiora não deve ficar paralela à rua, mas com inclinação suficiente para que um corpo sem-teto nela estendido e prostrado de cansaço e sono role feito um pacote de carne velha até o chão.
1.1) Outra opção, caso seja impossível uma inclinação acentuada, é o uso de floreiras, cacos de vidro ou lanças de metal. É menos discreto, mas tem o mesmo resultado.
2) Prédios novos devem ser construídos sem marquises para impossibilitar o acúmulo de sem-teto em noites chuvosas.
2.1) Caso seja impossível por determinações estéticas do arquiteto, a alternativa é murar o edifício ou cercá-lo. A colocação de seguranças armados é outra possibilidade, caso haja recursos para tanto.
2.2) Em caso de prédios mais antigos, uma saída encontrada por um edifício na região central de São Paulo e que pode ser tomada como modelo é a colocação de uma mangueira furada no texto, emulando a função de sprinklers. Acionada de tempos em tempos, expulsa desocupados e usuários de drogas. Além disso, como deixa o chão da calçada constatemente molhado, espanta também possíveis moradores de rua que queiram tirar uma soneca por lá.
3) Bancos de praça devem receber estruturas que os separem em três assentos independentes. Apesar disso impossibilitar a vida de casais apaixonados ou de reencontros de amigos distantes, fará com que sem-teto não durmam nesses aparelhos públicos.
4) Em regiões com alta incidência de seres indesejáveis, recomenda-se o avanço de grades e muros para além do limite registrado na prefeitura, diminuindo ao máximo o tamanho da calçada. Como é uma questão de segurança, o fiscal pode “se fazer entender” da importância de manter a estrutura como está.
5) Cloro deve ser lançado nos locais de permanência de sem-teto, principalmente nas noites frias, para garantir que eles não façam suas necessidades básicas no local. Caso não seja suficiente, talvez seja necessária a utilização de produtos químicos mais fortes vendidos em lojas do ramo, como vem fazendo algumas lojas no Centro da cidade. A sugestão é o uso de um aspersor conforme o item 2.2, mas instalado no chão.
Já que não se encontra solução para um problema, encobre-se. É mais fácil que implantar políticas de moradia eficazes – como uma reforma urbana que pegue as centenas de milhares de imóveis fechados para especulação e destine a quem não tem nada. Ou repensar a política pública para usuários de drogas, hoje baseada em um tripé de punição, preconceito e exclusão e, portanto, ineficaz. Muitos vêem os dependentes químicos como lixo da sociedade e estorvo ao invés de entender que lá há um problema de saúde pública. As obras que estão revitalizando (sic) a região chamada de Cracolândia, têm expulsado os moradores da região – para outros locais, como a Barra Funda e Santa Cecília. Contanto que fiquem longe dos concertos da Sala São Paulo, do acervo do Museu da Língua Portuguesa e das exposições Estação Pinacoteca uó-te-mo.
Melhor tirar da vista do que aceitar que, se há pessoas que querem viver no espaço público por algum motivo, elas têm direito a isso. A cidade também é deles, por mais que doa ao senso estético ou moral de alguém. Ou crie pânico para quem acha que isso é uma afronta à segurança pública e aos bons costumes. Em vez disso, são enxotados ou mortos a pauladas (sem que ninguém nunca seja punido por isso) para limpar a urbe para os cidadãos de bem.
PS: Recado à turma que entalou um “tá com dó leva para casa” na garganta: cresçam.
Meus comentários
A cara de pau de Sakamoto é tão grande que ele de cara quer setar os lados na discussão.
De um lado, estariam as “elites”, cruéis e injustas, e de outro ele, o bonzinho, que luta pelos injustiçados.
Essa é a técnica da usurpação da bondade.
Ele define que é um ser “santo”, ungido de bondade, enquanto os outros são malvados.
Que todo esquerdista aprende a fazer esse discurso desde que sofreu doutrinação na escola e na universidade, quanto a isso não há mais dúvidas.
Mas é para isso que o questionamento cético aos esquerdistas e humanistas, que sugiro neste blog, serve.
Por exemplo, ele se preocupa com mendigos que “são enxotados ou mortos a pauladas”.
Seria uma preocupação justa, mas em nenhum momento ele se preocupa com as vítimas de assaltos, geralmente composta de viciados em drogas e coisas do tipo, que são grande parte daqueles que Sakamoto diz defender.
O mais grotesco, no entanto, é aquilo que Sakamoto define como sua principal área de preocupação: a discussão de uma nova arquitetura que evite seu uso por moradores de rua.
Não entende ele (ou finge não entender, hipótese que considero mais provável) que geralmente esse tipo de preocupação vem dos comerciantes, que pagam seus impostos e se preocupam com o afastamento de clientes.
Afastamento este que ocorre por que as pessoas naturalmente tem medo de assaltos e outros crimes.
Quanto mais se aproxima de regiões como a Cracolândia, em São Paulo, mais há o risco de assalto.
Só que Sakamoto não se preocupa com pessoas que executam um ato para tentar tornar a região mais segura.
Tudo que importa para ele é executar a técnica de usurpação da bondade.
Detalhe: essas pessoas que pagam impostos têm o direito de buscar algo que melhore a segurança de seus clientes (e sua própria segurança) e a redução do risco de se caminhar em uma região, SEM QUEBRAR A LEI. (E a discussão arquitetural está completamente amparada pela lei)
Os impostos pagos por esses cidadãos são exatamente aqueles utilizados pelo governo petralha aparelhado, que tem como BASE POLÍTICA gente como Sakamoto.
O mais importante é saber o seguinte.
O Sr. Sakamoto utiliza QUAL PERCENTUAL de sua renda como professor na PUC-SP para o auxílio de pessoas carentes? 45%? 50%?
Ele deveria deixar isso explícito em algum lugar de forma que pudéssemos consultar e ver se a “bondade” dele realmente é um fato ou só questão de carteirada.
Qual o carro ele dirige? Se ele resolvesse vendê-lo e substituí-lo por um modelo mais popular (para usar a diferença monetária em prol dos “necessitados”), ele deveria nos mostrar isso com provas.
Não vale, é claro, o dinheiro dos impostos, pois isso é uma obrigação de todos os cidadãos, e portanto ele não pode usar como vantagem o fato dele ter pago seus impostos. Pois isso eu também pago.
Eu quero saber é o seguinte: se ele define que SE PREOCUPA MAIS com os moradores de rua do que as “pessoas malvadas”, que forma ele tem de demonstrar isso?
De que forma temos um resultado TANGÍVEL de sua preocupação?
Afinal, queremos saber se estamos diante de um hipócrita ou não. Geralmente os esquerdistas fogem quando lhes exigimos evidências de seu comportamento.
Enfim, ao Sakamoto: não adianta apenas dizer que é um “bonzinho” lutando contra “malvados”. É preciso MOSTRAR!
Sr. Sakamoto, cadê suas evidências de sua “preocupação” com os desafortunados?
Se essas evidências não forem apresentadas, fica claro que estamos diante de uma pessoa que NÃO TEM MORAL para se dizer melhor do que eu na questão da arquitetura para nos proteger de meliantes (e eu defendo a arquitetura criticada por Sakamoto).
Se bem que podemos concluir que Sakamoto não é uma pessoa igual a mim. Ele é PIOR.
Pois eu me preocupo em trabalhar, pagar meus impostos, sem tentar executar um fingimento ridículo e piegas para me fingir de “bonzinho”, contra “os malvados”.
Esse papel é reservado a esquerdistas como Sakamoto, gente que perde sua dignidade fazendo esse tipo de apelo emocional, mas jamais mostrando evidências de sua “superioridade moral” alegada.
São pessoas que, por sua postura patética, merecem que esfreguemos na cara dele a solicitação por evidências de seu COMPORTAMENTO.
Fico no aguardo das evidências do Sr. Sakamoto.

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