No âmbito do debate intelectual, um revolucionário sempre vai perder. Por isso usa artifícios, ainda que verbais no início, extremos. Como é a retórica do ex-editor do Jornal Nacional, Gabriel Priolli
Matheus Viana – Revista Profecia
Acusados de fundamentalistas e intolerantes, os cristãos (e a classe religiosa em geral) são vítimas de uma intolerância coletiva. Principalmente no que tange a personagens do movimento revolucionário.
Em entrevista publicada no site Observatório da Imprensa, o jornalista e ex-editor do Jornal Nacional, Gabriel Priolli, defere mais um conhecido clichê contra o contingente. Questionado sobre as concessões de canais religiosos, respondeu: “... um desrespeito ao interesse público e à democracia no país. As religiões são abusivamente privilegiadas e não apenas nas concessões de canais de TV. O Estado é laico no Brasil, mas teme a Deus e a força de suas igrejas. Procura ser bem obediente a eles, para não ter problemas.”.
É claro que não podemos negar a força das instituições religiosas, principalmente em relação ao impacto eleitoral que muitos – coloque muitos nisso – políticos tentam angariar em épocas de campanhas. Mas, pelo menos ao que parece, o Sr. Priolli se esqueceu de que a Constituição, a Carta Magna que norteia a democracia, garante as liberdades de expressão e de culto, independente da religião. Portanto, qualquer religião, desde que esteja de acordo com a Legislação, pode adquirir um canal de comunicação, qualquer que seja, para difundir sua fé e seus ideais. O que há de “antidemocrático” nisso?
Este é o “problema”. O crescimento de qualquer coisa que contrarie o ideal revolucionário deve ser detido. Por isso, ainda que esteja conforme os parâmetros legais e democráticos do país, é denominado como “ameaça à democracia”.
Não podemos deixar a coerência de lado e expurgar do debate as ilicitudes nas concessões de canais de TV e rádio praticadas por algumas denominações evangélicas. Mas usar a generalização de modo a cercear as liberdades de expressão e de religião é, isso, sim, um sério atentado à democracia. E é exatamente este o intento que o movimento revolucionário visa alcançar.
Por meio do PL 122/06, este movimento quer impedir cristãos de pregarem e praticarem aquilo em que crêem. Sim, há uma distância abismal entre rechaçar o pecado e amar o pecador. É exatamente isto que as Sagradas Escrituras ensinam. Se expressar contra a conduta de um indivíduo, pelo menos por enquanto, não configura agressão, qualquer que seja, contra o indivíduo que a pratica. Mas é notório o empenho em mudar este quadro.
Para o movimento revolucionário, uma mera discordância no modo de pensar, expressar e agir deve ser reprimido, se necessário, com cadeia. Claro! No âmbito do debate intelectual, um revolucionário sempre vai perder. Por isso usa artifícios, ainda que verbais no início, extremos. Como é a retórica do sr. Priolli.
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