quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Minha sugestão para as montadoras de automóveis: um carrinho de compras embutido no porta-malas

As montadoras podem criar um carro com um carrinho de compras embutido no porta-malas, como são as macas das ambulâncias. Isto eliminaria a necessidade de sacolas e proporcionaria grande conforto.

Por Klauber Cristofen Pires


São Paulo e outros grandes centros urbanos declararam guerra às sacolas plásticas. Uma grande besteira. Um erro econômico e um erro ambiental. 

Tenho afirmado um fundamento: quem quer ser ambientalmente correto, que seja economicamente correto. Quem é economicamente correto, é necessariamente ambientalmente correto. 

A economia é a ciência de produzir com eficiência, e nisto se inclui o desafio permanente de fazer o melhor uso possível dos recursos, aplicando-os em sua menor quantidade possível para as necessidades mais urgentes. 

Pasme o leitor, mas os primeiros refrigeradores que já existiram não circulavam o gás refrigerante: eles simplesmente passavam de uma garrafa para a válvula expansora, provocando a troca de calor nos evaporadores, e então eram diretamente despejados na atmosfera. 

Foi a mera concorrência por um mercado livre e competitivo que foi capaz, mais do que qualquer governo, de produzir geladeiras e frezzers que não apenas recirculam o gás refrigerante como também são termicamente mais eficientes e consomem menos energia elétrica. 

No entanto, a própria mudança também se constitui de passos e ações racionalmente econômicas. No caso das geladeiras, quando o governo  oferece incentivos artificiais para que o povo adquira novas e modernas geladeiras, com o alegado propósito de promover uma economia de energia, ele causa na verdade um gasto de energia e um ato ambientalmente incorreto, pois tais produtos consumiram material, recursos humanos e energia para serem construídos, vendidos e transportados, de modo que há de se respeitar um determinado prazo de depreciação.

Para o leitor que não entendeu bem, vou fazer uso de um exemplo extremo: suponhamos que um determinado cidadão que seja um defensor radical do meio ambiente decida comprar uma geladeira nova a cada lançamento do mercado, e que digamos, tais lançamentos ocorram com uma periodicidade de seis meses. Supondo como razoável que o prazo de vida de uma geladeira dure cinco anos, ao cabo de tal tempo ele terá jogado no lixo dez geladeiras que ainda funcionam relativamente bem, e cuja energia gasta no processo de produção excede muito à da suposta diferença de consumo conseguida pelo último aparelho adquirido. 

O mesmo caso de aplica ao caso das sacolas plásticas: estamos em um mundo que naturalmente demandará o uso de meios de embalagem mais eficientes. Mas se o governo obriga as pessoas a comprar sacolas biodegradáveis que custam muito mais caro, então não leva em conta que pode haver um acréscimo no gasto de energia  - e dos recursos naturais - para produzi-las, custos estes que aparecerão no campo, na forma de alimentos mais caros. 

Neste meio campo, eu tenho ma ideia a apresentar às montadoras de automóveis: vocês poderiam inventar um carrinho de compras que ficasse embutido no porta-malas do carro. Um carrinho que entraria e sairia do carro simplesmente empurrando e puxando, assim como as macas das ambulâncias. 

Um carrinho assim seria muito prático: além de eliminar a necessidade do uso de sacolas, ele entraria no supermercado e iria até a nossa despensa, sem o sacrifício de carregar nas mãos os pesados pacotes e sacolas. Pensem nisto!

2 comentários:

  1. Na verdade é praticamente impossível ser ecologicamente correto. Uma escolha dita autossustentável (é assim mesmo que escreve?) pode acarretar em algo pior que a não sustentável. Ex.: Onde eu trabalho, haviam copos descartáveis e o diretor substituiu por copos de vidro, por causa de toda aquela conversa do plástico ser poleuente etc. Ok. Mas os copos de vidro precisam ser lavados e como fica a história da futura falta de água?
    Ou seja: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
    Com relação às sacolas acontece o mesmo, ou pior: Acredito que a maioria das pessoas usam as sacolinhas da feira para colocar lixo, que é o meu caso. Com a proibição das sacolas de plástico, as pessoas vão ter compar sacos para lixo de... plástico! o que acarreta em mais gastos para o consumidor.

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