Joaquim Barbosa, de licença médica, era visto em
bares e votou contra extraditar Cesare Battisti.
Caros leitores,
Como tenho dito, se há alguma diferença entre Joaquim Barbosa e os mensaleiros, é tão somente que estes...recebiam as mensalidades!
Abaixo republico dois artigos antigos de Reinado Azevedo, sobre dois momentos do célebre ministro do STF: um, em que votou contra a extradição do assassino Cesare Battisti, não sem agir de forma repugnante contra seus pares que votaram a favor, diga-se, não da extradição em si, mas pelo cumprimento normal do tratado de extradição que o Brasil mantém com a Itália, e outro em que o ministro angariou a fama de "turista", pelas inúmeras e prolongadas licenças médicas, conquanto fosse frequentemente visto alegre e faceiro nos bares da noite brasiliense.
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09/09/2009
às 19:17A arrogância de Joaquim Barbosa é espantosa!
Por cinco a quatro, os ministros do Supremo decidiram dar continuidade ao julgamento sobre o processo de extradição de Cesare Battisti. Eros Grau já antecipou seu voto em favor da simples extinção do processo. O ministro Joaquim Barbosa pediu para antecipar o voto “por razões de saúde” — aquela coluna dele, vocês sabem… Acusou a “arrogância” da Itália.
Foi além: diz que o embaixador da Itália lhe pediu audiência, e isso, segundo diz, caracteriza a arrogância do que chamou de “potência estrangeira”. O valente se tem em tão alta conta, que lhe pedir uma simples audiência já caracteriza uma espécie de ofensa.
Num despropósito que me parece escandaloso, Joaquim Barbosa perguntou se o Brasil teria o direito de contestar, por exemplo, a política migratória da Itália, lembrando os famélicos que se lançam ao mar etc. De que diabos ele falava? De nada! Estava apenas praticando baixo proselitismo.
O ministro falou em nome de uma espécie de pátria ofendida contra uma “potência estrangeira” — que é como ele insistiu em chamar a Itália.
Até parece que foram os italianos que atacaram o Judiciário brasileiro. Não! Aconteceu o contrário! Foi Tarso Genro quem atacou a Justiça Italiana. O fato que fica mais claro, a cada dia, é que Barbosa é fraco. Muito franco. Estou começando a concluir que o Supremo ganha quando ele tem dor na coluna.
Quanto mais ele fala, mais absurda se torna a sua fala. Diz que o fato de a Itália ter recorrido da extradição daria a qualquer país o direito de recorrer de decisões soberanas tomadas pelo Brasil.
Barbosa é contra a extradição, é isso.
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Por Reinaldo Azevedo
09/08/2010
às 5:35Ou Joaquim Barbosa volta ao trabalho ou tem de se despedir do STF. É simples!
Leiam o que informa Mariângela Gallucci no Estadão. Volto em seguida:
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e advogados cobraram ontem explicações do ministro do STF Joaquim Barbosa, de licença médica desde abril por causa de um problema crônico na coluna, mas foi visto em uma festa e num bar em Brasília no final de semana. De acordo com eles, Barbosa tem de resolver a sua situação: se fica no tribunal, trabalhando, ou se pede afastamento definitivo da Corte.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e advogados cobraram ontem explicações do ministro do STF Joaquim Barbosa, de licença médica desde abril por causa de um problema crônico na coluna, mas foi visto em uma festa e num bar em Brasília no final de semana. De acordo com eles, Barbosa tem de resolver a sua situação: se fica no tribunal, trabalhando, ou se pede afastamento definitivo da Corte.
“Que se defina a situação”, disse o ministro do STF Marco Aurélio Mello. “Seria o mínimo de consideração com a sociedade, com o erário, com os seus pares, com o Supremo, que o ministro Barbosa viesse a público dar uma explicação”, disse o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Júnior. “Não há coerência entre a postura de não trabalhar por um problema de saúde, que é natural, qualquer pessoa pode ter, e de ter uma vida social onde isso não é demonstrado.”
O presidente da OAB manifestou na semana passada uma preocupação dos advogados com a paralisação dos processos no gabinete de Barbosa. Integrantes do STF também estão aflitos e sobrecarregados. “O Supremo tem 11 ministros, mas hoje está com 9 apenas “, observou Ophir. Barbosa está de licença e Eros Grau se aposentou na semana passada. “O STF tem de dar vazão a todos os processos que lá tramitam. Há processos parados há mais de cinco anos com o relator. É preciso fazer frente a esse déficit de julgamentos”, disse o presidente da OAB.
Aposentadoria. Assim como Marco Aurélio Mello, outros colegas de Barbosa no STF consideram que ele tem de resolver logo sua situação para que o tribunal encaminhe os mais de 13 mil processos em seu gabinete.
Um dos ministros defendeu que o STF se reúna, comandado pelo presidente Cezar Peluso, para tomar uma decisão institucional sobre o problema. “Não podemos ficar com alguém doente por tanto tempo. Não podemos chamar substituto”, afirmou.
Segundo um integrante do STF, se não for possível o retorno definitivo de Barbosa ao trabalho, o tribunal poderia acionar dispositivos da Lei Orgânica da Magistratura, que estabelece regras para aposentadoria por afastamento prolongado para tratamento de saúde. O problema tem de ser comprovado em perícia de médicos independentes.
ComentoNa tarde de sábado, a reportagem do Estadão encontrou Joaquim Barbosa confraternizando com amigos no bar Mercado Municipal. À noite, ele esteve numa festa de aniversário. Todos folgamos em saber que a coluna de Barbosa, que não o deixa trabalhar desde abril, não o impede de ter uma vida social movimentada.
Com todo o respeito à excelência, é o caso de exclamar: “Não dá!” A mais recente licença do ministro se estende até 30 de setembro. Nomeado em 2003, considerando-se todos os dias em que não trabalhou — e não estou contando o recesso normal — serão 225 desde 2003. E, parece, não há garantia de que ele volte, não. À Folha, ele declarou: “Volto quando estiver 100% curado. Não quero mais sacrificar minha saúde, como fiz nos últimos três anos”. Sacrifício? Em 2008, foram 66 dias de licença; em 2009, 30; em 2010, se voltar mesmo no dia 30 de setembro, 127.
Se alguém está sendo sacrificado aí, ministro, é o STF — e, por conseqüência, seus colegas e, principalmente, aqueles a quem o tribunal atende: a população brasileira. Barbosa tem todo o direito de se curar “100%”. Se não pode, então, cumprir a rotina a que seu cargo o obriga, considerando que ser ministro não é um imposição, ele que se aposente. Não lhe faltará trabalho, dada a sua formação, na iniciativa privada se quiser. Ou como advogado autônomo. A rotina talvez seja menos dura. E saem ganhando o erário, o tribunal, seus colegas e os brasileiros.
Barbosa certamente não é culpado por sua doença. Mas nós também não somos. Quanto a bares e festas, bem…, a gente é tentado a achar que ele poderia estar lendo um processozinho ou outro, ainda que de pé…
Indagado pelo Estadão, Barbosa afirmou que reportagem anterior do jornal sobre o caso era uma “leviandade” e que ela estava sendo usada por pessoas que o querem fora do tribunal, afirmando que vai ficar. O ministro tem um temperamento forte e gosta de palavras duras.
Mas quem mesmo o quer fora do tribunal? Ao contrário, ministro! A gente quer o senhor dentro. Fora está hoje, no barzinho ou na festa. A gente quer o senhor lá, sentado ou de pé, tanto faz, mas dando conta dos milhares de processos que estão sob seus cuidados. O senhor é pago para isso. E ministro do STF não tem “vice”, né?
E arremato: ministro, não há trabalhador brasileiro que “só volte ao trabalho” quando está com a “saúde a 100%”. Isso é privilégio de nababos. E tem mais: depois dos 40, se a gente não sente uma dorzinha, é porque já morreu.
Mire-se no exemplo do conjunto dos trabalhadores brasileiros. Será melhor para todo mundo.
Eu lembro perfeitamente disso. Mas, parece que ele tem alguma integridade. No resto, ele é "progressista" de corpo e alma. Falou que quem não concordava com a política de cotas era marginal.
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