quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Mundo em mudança

Por Armando Soares

                O mundo está mudando e com ele à cultura global graças às mudanças demográficas. Essas mudanças causam impacto em novas gerações, o que quer dizer que o mundo de nossos avós foi diferente dos nossos e de nossos filhos e netos serão bem diferentes.

                Estudos feitos em 2006/7 mostram que para que uma cultura seja mantida por mais de 25 anos, a taxa de fertilidade deve ser de 2.11 de crianças por família. Qualquer numero menor que esse a cultura entrará em declínio. A uma taxa de 1.9 nenhuma cultura sobreviveu, e a uma taxa de 1.3 de fertilidade é impossível haver reversão porque são necessários de 80 a 100 anos para corrigir esse problema e não há modelo econômico que sustente a cultura por esse tempo. Enquanto a população encolhe com a baixa fertilidade, encolhe também a cultura.

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                O mundo está mudando significativamente na Europa, nos Estados Unidos, e no Canadá por conta da baixa fertilidade. Não foi diferente em Belém e no Pará por conta não só da baixa fertilidade como da emigração e imigração. Explico melhor a mudança em Belém e no Pará. A emigração ocorrida em Belém se deu por conta da falência da atividade econômica da borracha, e a imigração se deu por conta da Operação Amazônia, programa criado pelo governo do presidente Castelo Branco para o desenvolvimento dos estados amazônicos que oferecia inúmeras oportunidades e atraiu brasileiros do todo o país, aponto de provocar um aumento de 100% na população de Belém fator da desestruturação da cidade. Esse movimento migratório encolheu a cultura que existia na Belém da belle époque, deixando a economia paraense nas mãos de pequenos empresários, de pequenos comerciantes e de funcionários públicos, todos eles sem a mínima condição de sustentarem e economia paraense. Não se conhece a taxa de fertilidade das diversas classes sociais de Belém e do Pará, mas com certeza a fertilidade da classe pobre e da classe média baixa é bem superior a da classe média alta e rica, o que pode explicar alguns problemas impactantes como saber escolher o bom político e administrador. Portanto, para reverter o processo de estagnação do Pará e de Belém se torna difícil, senão impossível no curto e médio prazo, a não ser que haja um fluxo extraordinário de imigração de povos culturalmente avançados atraídos pela possibilidade de investirem na região, mas com liberdade ganhar dinheiro sem a canga de um Estado socializante e policialesco o que no momento é uma tarefa impossível.

                Enquanto lutamos no Pará e no Brasil para reverter um cenário de incultura causa maior da crise brasileira, Europa, Estados Unidos, Canadá e Rússia lutam para reverter outro cenário decorrente da taxa de fertilidade de imigrantes que favorece a conquista de outros povos sem guerra, a implantação da Republica islâmica. Todos esses países citados têm taxa de fertilidade abaixo de 2.11 e estão sujeitos a ter sua cultura em declínio ou subjugada aos imigrantes. A taxa de fertilidade da França é de 1.8, da Inglaterra é 1.6, da Grécia é de 1.3, da Alemanha é de 1.3, da Itália é de 1.2, da Espanha é de 1.1. Na União Europeia os 31 países a taxa de fertilidade é de 1.3. Um prato cheio para a invasão de outras culturas com maior taxa de fertilidade. A continuar esse cenário em poucos anos a Europa que conhecemos deixará de existir, se é que ainda existe. Entretanto, isso não quer dizer que a população da Europa declinou por causa da imigração islâmica. Todo o acumulo da população desde 1990, 90% tem sido por causa da imigração islâmica. Na França a taxa de natalidade é de 1.8 por família, na família islâmica é de 8.1. No sul da França há mais mesquitas do que igrejas. 30% dos que tem menos de 20 anos são islâmicos. Em cidades maiores como Nice, Marselha e Paris o numero sobe a 45% que tem menos de 20 anos. Em 2027, um em cada cinco franceses serão mulçumanos. Em apenas 39 anos a França será uma republica mulçumana. Em apenas 30 anos a população da Inglaterra cresceu de 82 mil para 2,5 milhões, um crescimento 30 vezes; na Inglaterra há milhares de mesquitas, muitas eram igrejas. Na Holanda, 50% dos recém-nascidos são muçulmanas. Em 15 anos metade de população será muçulmana. Na Rússia há mais de 23 milhões de muçulmanos, quer dizer um em cada cinco russos; 40% do exercito russo será muçulmano em apenas poucos anos. Na Bélgica, 25% da população e 50% dos recém-nascidos são muçulmanos. O governo já declarou que 1/3 de recém-nascidos em 2025 serão de famílias muçulmanas, isso em apenas 17 anos.

                A queda da população alemã não pode ser mais detida. Sua espiral descendente não é mais reversível. Esse país será um estado muçulmano em 2050, declarou o governo alemão. Kadafi (Muammar Abu Minyar al-Gaddafi)  declarou: “Há sinais de que Alá garantiria vitória ao Islã na Europa sem espadas, sem armas, sem conquistas”. “Não precisamos de terroristas ou bombas homicidas. Os mais de 50 milhões de muçulmanos na Europa a transformarão em um continente islâmico em poucas décadas.”
                No Canadá, a taxa de fertilidade é de 1.6 bem abaixo dos 2.11 necessários para manter uma cultura e o Islã é a religião que mais cresce. Entre 2001 e 2006 a população do Canadá aumentou em 1.6 milhão, sendo que 1.2 milhões foram de imigração. Nos Estados Unidos a taxa de fertilidade é de 1.6, com a imigração latina subiu para 2.11, o mínimo necessário para manter uma cultura. Em 1970 havia 100.000 muçulmanos nos EUA, em 2009, 9.000.000 de muçulmanos.

                 Num encontro de 24 organizações islâmicas em Chicago foi considerada a construção de um plano para evangelizar a América. Evangelizar através do jornalismo, politica e educação. “Precisamos nos preparar para a realidade de que, em 30 anos, haverá 50 milhões de muçulmanos vivendo na América.” Como se verifica foram os próprios países ocidentais, mais a Rússia os principais responsáveis pela atual ameaça muçulmana que nunca esqueceram da promessa de conquistar o ocidente.

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                O mundo, como se constata está mudando e muito. E nós em Belém, no Pará e no Brasil sofremos o impacto dessas mudanças e não demos a devida atenção. O processo de mudança que se operou em Belém foi mais sentindo pela geração que envelheceu e que teve o impacto com a revolução tecnológica que revolucionou o sistema de comunicação, de transporte, o ensino, a medicina. A geração que antecedeu a que hoje envelheceu, sofreu mais. Ela viveu dois momentos cruciais, a da belle époque que colocou Belém com mais intimidade com a Europa, especialmente com a França (Paris), o que enriqueceu a cultura local, graças ao desenvolvimento da economia da borracha. O belenense teve a oportunidade de saber como se vive com qualidade, num mundo desenvolvido, para em seguida ter uma experiência triste de como se vive numa economia agônica, como se fica pobre de repente por falta de inteligência e de visão de nossas elites. Em relação ao Brasil e ao mundo rico ocidental o brasileiro é um viajante sem rumo e um pobre que perdeu o trem do progresso apesar de viver numa região rica. Isso incomoda os senhores donos do mundo que são obrigados a gastar dinheiro para acomodar o choro e os gritos de um povo que eles consideram medíocre e sem amor próprio. O paraense, mais especificamente os pobres e ribeirinhos que representam a maioria do povo, ainda não sabem que vivem numa região riquíssima que bem explorada poderia tira-los da indigência crônica, indigência que os transforma em escravos de políticos e governantes velhacos, mentirosos e criminosos. O pobre vive na pobreza em cima de uma riqueza incomensurável, uma realidade que ele não vê em razão da sua incultura e da ação de mafiosos que se aproveitam dessa fragilidade.

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                Se uma região em determinado momento tem uma emigração violenta e registra no tempo uma baixa taxa de fertilidade, e tempos depois recebe uma violenta imigração de pessoas incultas com tradição de ter alta taxa de fertilidade como aconteceu em Belém e no Pará, terá certamente muita dificuldade de se desenvolver. Está provado que um povo inculto ao se tornar a maioria em região que já foi desenvolvida destrói os bons costumes e introduz mazelas sociais que não mais existiam. Foi isso que aconteceu em Belém quando a economia da borracha desmoronou. Cabe aqui lembrar os ensinamentos de Will Durant destacando que a civilização é a ordem social a promover a criação cultural... A civilização começa, afirma o historiador, quando o caos e a insegurança chegam ao fim. Porque logo que o medo é dominado, a curiosidade e a construtividade se veem livres, e por impulso natural o homem procura a compreensão e o embelezamento da vida. Considerando verdadeiros os ensinamentos de Durant, estamos vivendo em Belém e no Pará como um todo um processo de destruição de civilização, cujas evidências são o caos, a insegurança e medo existentes. Com esse perfil é possível construir alguma coisa no Pará?

                É possível sair desse buraco civilizatório num mundo em mudança profunda ou estamos condenados a viver como escravos alienados por tempo indeterminado? A questão da invasão islâmica faz parte da luta que se trava entre os blocos de nações que disputam o controle do mundo e uma Nova Ordem Mundial. Essa disputa pode resultar num governo mundial, numa guerra mundial ou na hegemonia de um dos blocos, tudo dependerá da estratégia de cada bloco de poder.

                Mesmo com esse cenário mundial complexo somos obrigados a conviver no Pará com a mediocridade de governantes e políticos que não atacam as causas do processo que mantem a região estagnada. Estamos sujeitos a conviver com a soberba idiota graças a incultura.

Armando Soares – economista



Soares é articulista de Libertatum

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