sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Traduzindo a vitória de Trump

Por Armando Soares

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                A eleição de Trump desperta para uma realidade que está em curso no mundo que os jornalistas e a imprensa não estão compreendendo. Que fenômeno é este? A questão gira em torno da ação dos globalistas que detem o poder, o povo, o homem comum, o indivíduo. A luta que se trava é entre o que a imprensa e jornalistas não perceberam em razão de viverem em torno dos globais, dos artistas, dos intelectuais, dos professores, dos jornalistas que habitam em torno de uma “castália” imaginária, da elite pensante e os que não pertencem ao universo da intelligentia ambientalista. É uma luta do poder hegemônico para anular o homem comum. O jornalista como vive entre os globalistas acredita que o mundo deles é o mundo da realidade e imprime nos jornais uma imagem distorcida da realidade. O povo para eles é uma abstração. Esse é o fenômeno que explica a vitória de Trump que vai sacudir esse mundinho em que vivem os globalistas. Segundo Rodrigo Constatino, a visão dos globalistas de quem voltou no Trump são pessoas atrasadas, caipiras, idiotas, ignorantes. Essa elite de poder, os globalistas, que se acham os seres mais inteligentes do mundo, acham que tudo se resume aos direitos dos animais, ao direito do aborto, a legalização das drogas e a libertinagem dos jovens; essa é a pauta dos que se consideram progressistas, mas não é a pauta do povo. O povo quer emprego, segurança, direito de se defender do bandido, acredita em casamento, na religião e por isso é considerado um sujeito ultrapassado.

                Por falar em emprego é bom lembrar que Trump quererá ver-se livre de uma sucessão de medidas de protecção do clima, tendo prometido aprovar o oleoduto Keystone XL, para transportar petróleo extraído no Canadá (que se tornou uma das causas importantes de ambientalistas e foi rejeitado por Obama) e levantar restrições à exploração de gás de xisto.     

                O avanço significativo da indústria de gás e petróleo de xisto nos EUA já produz um impacto considerável sobre a economia americana, tendência que deverá se aprofundar nos próximos anos, afetando também a economia global. Com a chamada “revolução do xisto”, as previsões apontam um crescimento mais forte do Produto Interno Bruto (PIB), maior geração de empregos, mais receitas para os cofres públicos e um impulso importante à reindustrialização nos EUA, ao baratear o custo da energia. Há ainda um efeito sobre as contas externas americanas, com a dependência menor das importações, o que terá implicações geopolíticas relevantes – há quem aposte em queda não desprezível dos preços do petróleo.

A equipe de commodities do Citigroup Global Markets estima que, em 2020, o PIB americano será de 2% a 3,3% maior do que seria devido ao impacto cumulativo da nova produção de gás e petróleo, em grande parte devido à indústria do xisto, do menor consumo e das atividades associadas ao setor, diz o analista do Citi Eric Lee. A equipe do Citi espera ainda a criação de 2,7 milhões a 3,6 milhões de empregos nesse período.

A produção de gás e petróleo de xisto tem crescido com força nos últimos anos graças a avanços tecnológicos como a fratura hidráulica e a perfuração horizontal. Na primeira, as rochas de xisto são fraturadas para liberar o gás e o petróleo que está dentro delas, com a injeção de água a alta pressão, produtos químicos e areia.

Vice-presidente para o setor público da consultoria IHS Global Insight, John Larson diz que o termo “revolução de xisto” não é exagero. “É o evento mais importante do setor de energia deste século até o momento.” A IHS estima que a indústria do petróleo e do gás não convencional gerou US$ 238 bilhões em termos de valor adicionado para a economia americana, valor que deve subir para US$ 416 bilhões em 2020. “Dados os atuais níveis de produção, essas estimativas podem ser conservadoras”, observa Larson.

Um dos impactos importantes da indústria do xisto sobre a economia americana é o estímulo para o renascimento da indústria, diz Larson, ressaltando também outros fatores, como o estreitamento da diferença entre os salários nos EUA e nos países asiáticos.
A forte queda do preço do gás natural nos últimos anos barateou o custo da energia, ajudando a tornar mais atraente a produção de produtos industriais nos EUA. Atualmente, os preços do gás natural estão na casa de US$ 4 por milhão de BTU (British termal units), muito abaixo dos quase US$ 13 registrados em meados de 2008.

A “revolução do xisto” terá um papel importante na redução do déficit americano nas suas contas externas, ao diminuir a necessidade de importações, podendo contribuir também para uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

Segundo o banco, a melhora do déficit em conta corrente ocorrerá não apenas pela redução direta das importações de petróleo e gás e do aumento das exportações desse produtos, mas também pela queda dos preços de petróleo e da alta das vendas externas de bens de maior valor agregado em setores como o petroquímico e o de metais, beneficiados pela oferta de energia mais barata.

O Citi considera que a possibilidade de independência energética de toda a América do Norte antes de 2020 é extremamente elevada, existindo até mesmo uma perspectiva real de autossuficiência dos EUA no começo da próxima década, diz Lee.

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Trump quererá ver-se livre de uma sucessão de medidas de protecção do clima, tendo prometido aprovar o oleoduto Keystone XL, para transportar petróleo extraído no Canadá (que se tornou uma das causas importantes de ambientalistas e foi rejeitado por Obama) e levantar restrições à exploração de gás de xisto. Anunciou ainda que iria cancelar as contribuições dos EUA para programas da ONU contra as alterações climáticas.

                A ser confirmado por Trump uma nova postura dos EUA sobre questões de ordem ambiental, com destaque para a revogação da participação dos EUA no Acordo de Paris que trata da Mudança do Clima, a Amazônia terá a oportunidade de sair da prisão estabelecido pela agenda dos ambientalistas  – que opera uma “guerra de quarta geração, na qual um Estado nacional não se confronta diretamente com outro Estado, mas com agentes não estatais, que podem ou não estar a serviço de outros Estados. No Brasil, um país estraçalhado pela administração petista, fácil foi se submeter a fortes pressões políticas e de propaganda, exercidas diretamente por governos (washington, Londres, Canada) ou seus agentes de influência, na forma de uma constelação de organizações não-governamentais (ONGs) dedicadas a uma pletora de “causas nobres” de grande impacto social e mediático, mas com uma igualmente grande capacidade de dividir e fomentar divisões na sociedade. Entre elas, destacam-se a proteção do meio ambiente e dos povos indígenas (em ambos os casos, com demarcação de Reservas de dimensões desproporpocionais a quaisquer critérios racionais e vetos a projetos de infraestrutura fundamentais).

                Assim como os jornalistas, a imprensa errou com a eleição americana, razão de seu envolvimento com os ambientalistas, assim eles estão errando e de forma criminosa apoiando o cerco ambiental estabelecido para paralisar as atividades econômicas na Amazônia, atingindo milhões de amazônidas e centenas de municípios que vem enfrentando a duras penas um processo de saque mais que secular. No caso da Amazônia a visão dos ambientalistas difere do resto do mundo por se tratar de uma visão criminosa que poderá atingir várias gerações.

                A questão ambiental tomou um rumo, em razão de sua utilização para outros fins que nada tem a ver com a saúde da Terra e meio ambiente social, portanto, esse pessoal comprometido com a Nova Ordem Mundial, não tem credencial e muito menos moral para impor decisões emanadas de países que mais destruiram seu meio ambiente. Por outro lado, existem no mundo questões polêmicas sem solução e sem enfrentamento como o crescimento descontrolado da população humana e a industrialização ao longo do último meio século. Como resolvê-las? Matando de fome o excesso populacional? Proibindo a industrialização e tirando a qualidade de vida dos povos? Se esse pessoal, esses “superhomens” não sabem como resolvê-las, com que autoridade se acham para determinar o modo de vida de todo o mundo? Trump e Putin podem acabar com toda essa tentativa criminosa e irresponsável dos ambientalistas. Com que autoridade esses irresponsáveis querem impedir que os amazônidas possam desfrutar os benefícios da industrialização e do desenvolvimento? Trump no comando dos EUA se afastando dos ambientalistas pode beneficiar a retomada do desenvolvimento amazônico. Dentro desse contexto, seja bem-vindo presidente Trump.

Armando Soares – economista



Armando Soares é articulista de Libertatum

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