Dia do trabalho?
Por Ivan Lima
Hoje comemora-se o dia do trabalho. A festa é mundial. Do
homem que contrata habilidade com outro que lhe remunera por isso. De
demagogos, tiranos e candidatos a tiranos, alguns deles que nunca trabalharam,
vivem da fraudulenta ideologia trabalhista, e por conta disso ficaram
milionários. No dia do trabalho só se “esquece” do capital, e do agente
empreendedor, que por sua vez faz surgir inventores, inovações
tecnológicas, estéreis sem mercado. Assim, só temos sociedade escrava,
coletivista, socialista. Sociedade cuja ideologia abomina e proíbe a livre
produção humana na cooperação social. Produção movida á iniciativa individual,
impulsionada pelo soberano desejo dos consumidores, - que somos todos nós – por
bem estar.
Todo homem, seja qual for a condição humana em que se
encontre, luta por sair do nível de bem estar em que se vê, para outro que
julga superior. Essa gana move o mundo, a natureza humana por desejo de trocas
é impulsionado permanentemente por esse valor de escolha. Sim, pois o homem é
fruto de suas escolhas. Ou para o bem ou para o mal, para a riqueza, o bem
estar e a liberdade, ou para a miséria, a fome, a tirania. E essas condições de
dor vem com a proibição da livre produção humana, a coletivização dos meios de
produção, ineficaz e caótico, historicamente gerador de milhões de mortos por
fome.
Mas a cegueira da tradição ideológica trabalhista retroalimenta a
demagogia de políticos, intelectuais, e burocratas que por sua vez move e é
autoalimentado por mecanismos desumanos como a CLT que com suas leis de
obrigatoriedade de salário mínimo e carteira assinada restringe e proíbe o
trabalho a que diz defender. Assim, milhões de seres humanos são jogados nos subempregos, nos
biscates, nos lixões, na baixo estima, e não raro, milhares se veem tentados ao vício, ao
mercado das drogas, ao crime. Esse é o resultado da penalização da
racionalidade, da criminalização do capital e do empresário ditado pelas regras
do perverso universo da ideologia trabalhista. E essa ideologia vive dos
conflitos que cria entre capital e trabalho, do lado o explorador, ganancioso,
do outro o ser humano com “direitos” que precisa ser “defendido” pela “justiça
do trabalho”. Defesa que se faz não por contratos que precisam ser honrados de
per si, mas para remuneração de férias dele, "trabalhador" e que tem que ser obrigatoriamente pagas pelos
outros; um mês a mais no ano ( 13°) que tem que ser pago pelo que ele não
produziu, etc., etc. Esse estado de coisas grava o capital, encarece o valor da mão de obra, restringe e quebra empreendimentos, e a primeira vítima dessa reação em cadeia é o próprio trabalhador com desemprego. O estado trabalhista interfere na relação entre duas
pessoas mental e moralmente sãs e que querem se contratar e podem eleger a
justiça comum para dirimir possíveis quebras contratuais. Ele interfere
através da legislação trabalhista e toda a megaestrutura estatista concernente, regiamente mantida com imposto que empobrece o próprio trabalhador, elegendo teoricamente uma pessoa como bandida, e
outra como débil mental que precisa ser por ele, estado, tutelada. Numa sociedade liberal, sem o aparato de "justiça do trabalho" e suas leis perversas, o ambiente é o do pleno emprego, concorrência real e não privilégios dos poucos com "carteira assinada", remuneração pelo valor de mercado, baixos custos em toda cadeia produtiva, riqueza do indivíduo pelo trabalho, valorização da mão de obra. Duzentos anos de paz e liberalismo são testemunhos disso.
Ora, capital e trabalho são harmônicos e complementares. E
contribuem fundamentalmente para o desenvolvimento e liberdade humana. Ninguém
pode ser obrigado a trabalhar, como nos países coletivistas. Mas ninguém pode
ser obrigado a não produzir, nazistamente proibido por leis –
pasmem! – trabalhistas! Tão absurdo, só em Franz Kafka.
Sim, viva o trabalho. Abaixo a demagogia, e a produção
planejada de escassez que historicamente gerou milhões de mortos e tirania.
Ivan Lima, 64, é publicitário.
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