quinta-feira, 21 de maio de 2015

Depois de Fachin aprovado pela CCJ, a Justiça depende apenas de nós


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Depois da vergonha histórica de ontem, só existe uma forma de encararmos o STF. É esta: caso o plenário confirme Fachin, a Justiça agora dependerá de nós. Só de nós. E ninguém mais. O Brasil não será mais um país onde possamos olhar o STF com qualquer forma de conforto. Justiça no Brasil passará a ser decidida por um fator e um único fator apenas: nossa pressão sobre sete pessoas.
Explico: com Fachin, Toffoli, Lewandowski e Zavascki, o PT tem quatro votos garantidos no Petrolão e em qualquer julgamento que queiram. Vejam pelo lado positivo. Se Cunha não tivesse conseguido aprovar a PEC da Bengala, talvez teríamos, além desses quatro, gente como Cardozo, Adams e aquele presidente da OAB do qual não me lembro o nome, tudo isso nos próximos anos. Com sete deste naipe no STF, o Brasil já não seria nem mais uma nação a ser levada a sério.
E por que digo que o PT conseguiria colocar Cardozo, Adams e outros nomes do tipo? Por que a nova estratégia do partido foi usar um nome que todos pensavam ser “oposição” (ex: Álvaro Dias) para endossar seus candidatos. O poder de marketing de usar um “opositor” como validador de sua indicação é muito forte. Por uma visão puramente cínica, o PT merece aplausos pela estratégia.
Mas, enfim, o que resta? Outros sete juízes que podem ser pressionados por nós. Ou então usarmos essa semana que resta para pressionarmos os senadores a rejeitarem Fachin. Estas são as opções que temos.

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