sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Reagir ao discurso de ódio, agora!

Por Luiz Fernando Vaz

Um efeito pouco comentado do radicalismo do movimento negro (como no vídeo da USP da moça que diz que "devemos até as nossas almas") é o AFASTAMENTO de muitos negros de qualquer tipo de confronto ideológico-político. A radicalização está fazendo muitos - literalmente - se esconderem de vergonha pelo ponto em que as coisas chegaram, ou simplesmente buscando evitar atrair para si uma discussão cuja radicalidade não ajudaram a fomentar, e que muitas vezes não tem tempo para se dedicar. Como muitos brasileiros, estas pessoas estão estudando, trabalhando, consumindo, vivendo suas vidas afetivas, pagando impostos e tentando ser felizes. Dedicação integral ao fomento do ódio ideológico é luxo burguês de quem vai pra Punta del Este com a facilidade que você vai pra Praia Grande.



O que o movimento negro NÃO DIZ é que esse afastamento é PROPOSITAL. O principal efeito sociológico do radicalismo político é afastar os "moderados" e empurrá-los para a periferia do processo histórico, para que uma vez alienados, os radicais possam exibir isso como evidência de uma suposta HEGEMONIA. Os nazistas fizeram isso com os alemães. Após radicalizarem com os judeus, apoiados em uma espiral de silêncio a cada dia mais inquebrantável, os nazistas conseguiram finalmente transmutar a "dívida histórica" dos judeus em leis e instituições, que foram naturalmente assimiladas pelo restante da população ordeira. É um ardil psicológico de controle de massas diabólico aquele que faz com que minorias organizadas e convictas consigam empurrar um discurso de ódio para toda uma população ao ponto de convertê-las em GENOCIDAS da noite para o dia.




Alcançada a hegemonia consagrada pela lei, TODOS aqueles que sempre se opuseram ao discurso radical simplesmente se CALAM e se amoldam à ordem do dia. Aquele que não combate o radicalismo e o discurso de ódio - QUEIRA OU NÃO - vai se tornar um radical, mais cedo ou mais tarde. A única maneira de fugir dessa regra será se tornar um INIMIGO DO ESTADO e um TRAIDOR. Motivo pelo qual caras como meus amigos Paulo Cruz, ou o Alexandre Gonçalves, são intensamente rejeitados e odiados pelo mesmo movimento negro que deveria protegê-los. A convicção que não está a serviço do ódio é perigosa para os movimentos ideológicos porque estes conhecem a força que pode vir dessa mesma convicção.


O assustador na moça que quer levar as nossas almas (como se alma tivesse cor) não foi o discurso radical e odioso, mas o silêncio pétreo e os aplausos da maioria passiva diante da agressão psicológica. É o MESMO silêncio que transformou alemães em genocidas sob a ditadura de Adolf Hitler.

Portanto, se existe um momento para reagir ao discurso de ódio, ele tem que ser AGORA. Todos os homens de bem, seja qual for a sua cor, terão que reagir URGENTEMENTE contra essa manipulação.


A diferença entre um homem pacífico e um assassino pode estar ao passo de apenas uma condição: um fuzil na mão do algoz e uma vítima passiva. 

Do resto o diabo toma conta.




Luiz Fernando Vaz é ator e produtor cultural. E coordenador de eventos do grupo de liberais e conservadores paraenses dos quais Reaja Pará e Libertatum são expressões. 

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