sábado, 23 de junho de 2018

O que é a corrupção, enfim?

por Vanderli Camorim.

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É uma pergunta que ninguém responde embora não seja de hoje que esta palavra esteja em evidencia nos noticiários.

Em uma recente entrevista, o ex-diretor da Policia Federal, Leandro Daiello, afirmou que existe material para operações de caça aos corruptos para muitos anos e que por isso ninguém deve esperar que elas terminem tão cedo. Alguns sugerem que este combate seja permanente. 

Mas apesar de toda polemica, uma coisa curiosa é que ninguém se dá o trabalho de examinar as causas que levam à corrupção, se elas devem realmente ao mau caráter dos políticos, a sua falta de moral ou porque é culpa dos eleitores que não sabem ou não prestam atenção em suas escolhas.Mas se isso fosse verdadeiro ela já estaria morta e enterrada no cemitério da boa vontade. Quem não se lembra de Jânio Quadros que prometeu varrê-la de vez com sua vassoura mágica? E Collor de Mello que não deixou por menos? E Lula, que era tido como o que iria fazer aquilo que os intelectuais não mostraram capacidade para fazer?  Não seria o tempo de se examinar em outra direção e outras causas?

Se prestássemos bem a atenção que o objetivo desta prática é por as mãos no dinheiro, porque então não desconfiar, pelo menos, que este é um assunto que está na área da economia? Toda atividade humana que tem por alvo ganhar dinheiro, honestamente ou não, esta relacionada a esta ciência, queira ou não. E não é ignorando-a que ela deixa de existir.

É ignorância ou má fé permitir que continue a percepção popular que a corrupção é tida como algo que tem vida própria, um monstro malicioso a espreita de suas vítimas que por isso tem que ser combatida e que porquanto esteja entre nós, e se não for liquidada e continuar livre desviando os bons cidadãos de seu caminho honesto e desinteressado, o Brasil não avança. Bobinhos! Por essa direção o que tem acontecido é que nem a corrupção dá mostra que cede como está levando todas as conquistas trazidas pelo capitalismo para a tumba.

Corrupção é o roubo, furto ou fraude que é tratado politicamente. É também um sinal de submissão. Ela é decorrente da intromissão do governo nos assuntos econômicos que transfere poderes extraordinários aos que manuseiam as suas rédeas e politiza um assunto que deveria ser tratado pelo delegado de polícia como um crime comum de fraude. Ela é consequência e nunca a causa de nada. Ninguém pode trabalhar e empreender sem ter que pagar um pedágio ao funcionário do estado e aos políticos. Aonde já se viu que se João tem algo para vender que José quer comprar e João não pode fazê-lo porque não tem uma licença do governo? O escravo só existe se não é permitido o trabalho livre, se este só ocorra mediante a permissão de uma autoridade que para isso cobrará a sua parte do senhor.

Os filósofos e economistas do iluminismo afirmaram, sem jamais terem seus argumentos invalidados, que o papel do governo é garantir a liberdade do individuo para empreender e criar trabalhando, seguindo unicamente o seu julgamento de valor. Se isso ocorre o enriquecimento, não só material, mas espiritual também, é seu resultado.

François Quesney já orientava os reis em seu tempo de que se os súditos enriquecem, o rei enriquece também. Era só deixa-los livres. O enriquecimento de uma nação é uma questão de liberdade, de liberdade econômica.

Milton Friedman tem um vídeo na internet em que lembra que a Inglaterra, ao adotar a politica de livre empresa, no século 19, deixou de ser uma terra de contrabandistas e bandidos assim como de funcionários corruptos. Sem proibições não há como um funcionário cobrar propina.

A filosofia do capitalismo, o liberalismo,responsável pela nova ordem social que destronou o governo dos reis absolutos, trouxe a noção da igualdade de todos perante a lei, da harmonia de interesses entre os homens, o que é provado e comprovado através da divisão do trabalho,e do valor subjetivo que deslocou o foco da atividade econômica para o consumidor como o seu grande comandante, em torno do qual toda a roda da economia gira, cabendo ao capitalista apenas a tarefa menor de decidir que fatores de produção empregará para cumprir as suas ordens, que exige o melhor pelo menor preço. O cliente é aquele que sempre tem razão. Se alguém regula a atividade econômica, este é o consumidor.

Mas há quem não interprete as coisas dessa maneira. Principalmente os marxistas ou aqueles que não se dão conta que estão impregnados de seus dogmas, e afirmam ser o trabalhador e não o consumidor a mola da economia. E como este é explorado pelo capitalista desalmado, torna-se necessário a intervenção do governo para que a justiça seja feita.

É este pensamento que faz criar a corrupção que se torna uma instituição respeitadíssima entre os que controlam a máquina do governo e é execrado pela população que sente o seu prejuízo e consequências.
As causas da corrupção residem na maneira de como se entende o funcionamento da economia, se for o trabalhador a sua força motriz, a corrupção é algo que se eterniza; se for o consumidor, ela é um mero caso de polícia para ser decidido em qualquer delegacia de polícia com seus atores demitidos sumariamente.

Como se pode ver não dá para fugir do conteúdo de nossa época que é o combate mortal entre o capitalismo e o socialismo. Toda analise dos fenômenos sociais de hoje há que se levar isso em consideração sob pena de se estar perdido como barata em galinheiro. A corrupção desbragada que até a PF diz ser uma caçada interminável, é mero sinal de que o capitalismo está perdendo a guerra para o socialismo que não obstante avança para a felicidade de quem tem o controle da máquina do governo e desespero da imensa multidão que pagará por sua ilusão.

Mudar este jogo compreende examinar a sua origem e fazer a opção acertada.

Vanderli Camorim


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