quarta-feira, 27 de junho de 2018



SAQUE, DISCRIMINAÇÃO, PRODUTO DE TROCA, VAZIO DE PODER, COLONIALISMO E ENDOCOLONIALISMO = AMAZÔNIA.
por Armando Soares

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                A Amazônia foi uma conquista portuguesa, uma riqueza que a república vagabunda brasileira ignorou durante séculos, região considerada pelas elites como uma simples floresta sem utilidade. O Brasil, até quando foi descoberta a utilidade da borracha, produto da seringueira, estava resumido ao Sul, Sudeste e Nordeste, sendo que o Nordeste só teve importância enquanto produzia açúcar, depois ignorada se transformou em região de seca, de fome e pobreza. A partir daí o Brasil político, econômico, social e geográfico se resumia ao Sudeste e Sul; Amazônia, Nordeste e Centro-Oeste eram regiões problemas, de custo oneroso, que atrapalhavam o desenvolvimento do Sul e Sudeste, elefantes brancos.

                Essa Amazônia enjeitada recebeu vários planos gaiatos de planificação através de governos irresponsáveis, na realidade arranjos realizados para enganar trouxas, desculpa torta para iludir incautos, objetivando manter esperançosos os amazônidas, coisa parecida  com que os romanos faziam quando queriam acalmar o povo com pão e circo, desculpa cretina para mostrar ao esquecidos amazônidas de uma floresta mantida brasileira por bobões, uma desculpa infame a imensa sacanagem que essas elites bandidas fizeram com a borracha, com o esforço de guerra amazônico, com a SPEVEA, com os incentivos fiscais, com o Banco da Amazônia, com a SUDAM, e mais recentemente, a com a maior das sacanagens, impondo uma política ambiental e indigenista, entre muitas outras que não cabem num pequeno artigo dado a sua complexidade e traição.

                A Amazônia tem sido tratada por brasileiros e colonialistas como se fosse um imenso estado contendo apenas uma imensa floresta, povoada por índios, macacos, cobras, jacarés, antas e outros animais e insetos. Para os governos brasileiros comandados por gente do Sudeste e Sul nunca existiu de fato e de direito o Estado do Pará, do Amazonas, do Amapá, do Acre, de Roraima e de Rondônia. Esses estados sempre foram considerados apenas núcleos urbanos pobres, simplórios sem nenhum valor; eles só existiam quando se tratava de atender interesses políticos nojentos da elite dominante sul/sudeste, ou para criar centenas de municípios sem nenhuma sustentação econômica, núcleos urbanos concebidos para receber recursos federais e enriquecer prefeitos e vereadores vagabundos e corruptos ligados as elites dominantes, que criavam milhares de cabides de empregos para garantirem a eleição de políticos corruptos. Um círculo vicioso que teve um momento de interrupção, quando os militares comandados pelo grande presidente Castelo Branco, reconhecendo a importância socioeconômica da região deu início ao processo efetivo do desenvolvimento da Amazônia, promovendo a derrubada de partes necessárias da floresta, para construir estradas, iniciativa que gerou a criação de novos municípios que implantaram a atividade agrícola e pecuária, que sobreviveram e se desenvolveram e que sustentam a economia dos estados amazônicos. Não fosse essa ação militar desse grande homem em favor da Amazônia, os estados amazônicos, mesmo com a agropecuária, com os minérios e outras atividades geradas pelos militares, já estaria reduzido a pó pelo ambientalismo, pelo indigenismo, e por outras políticas nocivas criadas por governantes civis, antes e depois do regime militar.

                O Brasil é que nem um “papagaio” penso, que não se consegue empinar, pois, cai logo, tão mal construído foi; nada funciona bem no Brasil, talvez seja porque começamos mal desde o início da nossa história com o golpe dado em Pedro II, o único e melhor governo civil que o Brasil já teve. Humilhou-se e traiu-se um homem, um presidente honesto e competente e um regime de governo sábio e bom, trocando por uma república e um regime federativo que atendia interesses escusos e que nunca funcionou, mas que tem acomodado políticos e governantes incompetentes e corruptos que nunca demostraram o desejo de construir um PROJETO de NAÇÃO que pudesse, no curto e médio prazo, transformar o Brasil numa grande potência econômica. O Brasil não merecia ser tocado por uma republiqueta comandada por vários lixos políticos e administrativos, republiqueta que só teve um único êxito, enganar um povo que nunca quis viver num país grandioso, com qualidade de vida. Somos todos brasileiros enquanto perdurar esse cenário que atualmente vivemos, filhos de golpistas, de espertos, de malandros sucessivos, do lixo, da imundície moral e da incompetência.

                Nada justifica que aceitemos viver num país contaminado administrado por incompetentes, cínicos, corruptos, por bandidos de toda natureza. Nada justifica que todo dia tenhamos que assistir o assassinato de policiais, de crianças, de idosos, de brasileiros e brasileiras e continuemos a festejar como se nada existisse, como se o Brasil fosse um país desenvolvido, com boa qualidade de vida, continuemos a dançar carnaval, festas juninas, torcer fanaticamente por clubes futebolísticos e assistir emocionados shows milionários que enchem as praças públicas. O brasileiro, diante de tanta coisa podre e imoral, devia se sentir envergonhado, devia estar permanentemente de luto, e preparado para reagir, para lutar com todas as suas forças contra esse Brasil desgraçado por quadrilhas de bandidos políticos, juízes venais e uma multidão de imorais, deveríamos dar um basta nesse cenário sanguinolento, pútrido e imoral, um cenário que torna o cenário dos Miseráveis de Victor Hugo, um paraíso.  

                Mais do que nunca no momento crítico brasileiro cabe o desabafo de Rui Barbosa para todos os brasileiros, especialmente para juízes e advogados: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

CHEGA DE TANTA IMUNDÍCIE MORAL



Armando Soares – economista
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