terça-feira, 8 de abril de 2014

Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física – Regional – Fonte IBGE

Por Ricardo Bergamini

Base: Fevereiro de 2014


Produção industrial cresce em sete dos 14 locais

O aumento no ritmo da produção industrial nacional na passagem de janeiro para fevereiro, série com ajuste sazonal, foi acompanhado por sete dos 14 locais pesquisados, com destaque para a expansão de dois dígitos assinalada pelo Paraná (18,4%) e o crescimento de 4,7% observado no Amazonas. Com os resultados desse mês, o primeiro eliminou a perda de 15,9% registrada entre novembro e janeiro de 2014; e o segundo completou dois meses seguidos de taxas positivas, acumulando nesse período ganho de 7,7%. Rio de Janeiro (1,0%), Goiás (0,8%), São Paulo (0,7%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Santa Catarina (0,5%) completaram o conjunto de locais com taxas positivas, enquanto o Pará mostrou variação nula (0,0%). Por outro lado, Espírito Santo (-4,3%), após avançar 2,2% no mês anterior, e Pernambuco (-3,9%), que reverteu quatro meses de resultados positivos consecutivos, assinalaram as quedas mais elevadas em fevereiro de 2014. Região Nordeste (-1,7%), Ceará (-1,6%), Minas Gerais (-1,6%) e Bahia (-1,2%) também registraram taxas negativas.


Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Fevereiro de 2014Variação (%)

Locais
Fevereiro 2014/Janeiro 2014*
Fevereiro 2014/Fevereiro 2013
Acumulado Janeiro-Fevereiro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas
4,7
15,0
6,0
2,0
Pará
0,0
4,1
2,7
-4,4
Região Nordeste
-1,7
3,6
2,9
1,4
Ceará
-1,6
5,9
0,8
2,6
Pernambuco
-3,9
7,3
8,3
2,6
Bahia
-1,2
0,1
-0,1
3,3
Minas Gerais
-1,6
9,5
2,5
-1,0
Espírito Santo
-4,3
-3,6
-2,2
-5,3
Rio de Janeiro
1,0
0,1
-2,2
-0,9
São Paulo
0,7
0,3
-2,4
-0,1
Paraná
18,4
17,7
2,3
6,9
Santa Catarina
0,5
1,8
1,1
1,6
Rio Grande do Sul
0,5
2,9
2,0
7,0
Goiás
0,8
-2,6
-0,8
4,5
Brasil
0,4
5,0
1,3
1,1

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria* Série com Ajuste Sazonal.


Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em novembro do ano passado. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, seis locais apontaram taxas positivas nesse mês: Amazonas (2,2%), Pernambuco (1,1%), Região Nordeste (0,8%), Bahia (0,4%), Santa Catarina (0,4%) e Paraná (0,2%). Por outro lado, Espírito Santo (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Minas Gerais (-1,1%), Ceará (-1,0%), São Paulo (-0,6%), Goiás (-0,3%) e Pará (-0,3%) assinalaram os resultados negativos em fevereiro de 2014, enquanto o Rio de Janeiro mostrou variação nula (0,0%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, a expansão observada na produção nacional alcançou, em fevereiro de 2014, 12 dos 14 locais pesquisados. Vale citar a influência do efeito calendário, já que fevereiro desse ano (20) teve dois dias úteis a mais que igual mês do ano anterior (18). Nesse mês, os avanços mais elevados foram registrados pelo Paraná (17,7%) e Amazonas (15,0%), impulsionados em grande parte pelo comportamento positivo dos setores de veículos automotores (caminhões, automóveis e caminhão-trator para reboques e semirreboques), de edição, impressão e reprodução de gravações (livros, brochuras ou impressos didáticos) e de máquinas e equipamentos (máquinas e equipamentos para o setor de celulose e tratores agrícolas), no primeiro local, e de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (televisores), de alimentos e bebidas (preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas), de equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (relógios) e de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças), no segundo. Minas Gerais (9,5%), Pernambuco (7,3%) e Ceará (5,9%) também assinalaram avanços mais intensos do que o da média nacional (5,0%), enquanto Pará (4,1%), Região Nordeste (3,6%), Rio Grande do Sul (2,9%), Santa Catarina (1,8%), São Paulo (0,3%), Rio de Janeiro (0,1%) e Bahia (0,1%) completaram o conjunto de locais que apontaram taxas positivas em fevereiro de 2014. Por outro lado, Espírito Santo (-3,6%) e Goiás (-2,6%) mostraram os resultados negativos nesse mês.

No indicador acumulado para o primeiro bimestre do ano, a expansão na produção nacional alcançou nove dos 14 locais pesquisados, com sete avançando acima da média nacional (1,3%): Pernambuco (8,3%), Amazonas (6,0%), Região Nordeste (2,9%), Pará (2,7%), Minas Gerais (2,5%), Paraná (2,3%) e Rio Grande do Sul (2,0%). Santa Catarina (1,1%) e Ceará (0,8%) completaram o conjunto de locais com taxas positivas no índice acumulado dos dois primeiros meses de 2014. Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados ao aumento na fabricação de bens de capital (para transporte, para construção, para fins industriais e agrícolas) e de bens de consumo duráveis (eletrodomésticos da “linha marrom”, motocicletas e telefones celulares), além da maior produção vinda dos setores de vestuário e acessórios, alimentos e refino de petróleo e produção de álcool. Por outro lado, São Paulo (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,2%) e Espírito Santo (-2,2%) assinalaram as perdas mais acentuadas, refletindo especialmente a menor produção dos setores de veículos automotores, refino de petróleo e produção de álcool, outros produtos químicos, edição, impressão e reprodução de gravações e produtos de metal, no primeiro local; de farmacêutica, indústrias extrativas, edição, impressão e reprodução de gravações, metalurgia básica e de veículos automotores, no segundo; e de indústrias extrativas, no último. Também com resultados negativos figuraram: Goiás (-0,8%) e Bahia (-0,1%).

Os sinais de aumento no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do último trimestre de 2013 com o resultado dos dois primeiros meses de 2014, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que nove dos 14 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando o movimento no índice nacional, que passou de -0,3% no quarto trimestre do ano passado para 1,3% no índice acumulado do primeiro bimestre desse ano. Nesse mesmo tipo de confronto, Amazonas (de -3,0% para 6,0%), Pernambuco (de 3,4% para 8,3%), Minas Gerais (de -2,4% para 2,5%), Espírito Santo (de -4,8% para -2,2%) e Bahia (de -1,9% para -0,1%) apontaram os maiores ganhos, enquanto Rio Grande do Sul (de 11,4% para 2,0%), Paraná (de 10,5% para 2,3%) e Goiás (de 5,3% para -0,8%) assinalaram as maiores reduções de ritmo entre os dois períodos.


Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais - Indústria Geral (Base: Igual período do ano anterior) Variação (%)

Locais
1oTri./2013
2oTri./2013
3oTri./2013
4oTri./2013
Jan-Fev/2014
Amazonas
-0,9
5,4
1,3
-3,0
6,0
Pará
-5,7
-14,1
-1,4
1,1
2,7
Região Nordeste
-1,0
5,1
0,9
-1,1
2,9
Ceará
0,5
2,9
5,1
4,6
0,8
Pernambuco
-2,6
4,2
-1,6
3,4
8,3
Bahia
2,3
9,6
5,4
-1,9
-0,1
Minas Gerais
-1,3
1,0
-2,2
-2,4
2,5
Espírito Santo
-12,0
-6,7
-3,1
-4,8
-2,2
Rio de Janeiro
1,9
1,4
1,2
-3,7
-2,2
São Paulo
1,1
4,4
-0,4
-1,9
-2,4
Paraná
-5,1
6,4
11,1
10,5
2,3
Santa Catarina
-1,5
2,4
4,2
0,8
1,1
Rio Grande do Sul
-0,5

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