Por Ricardo Bergamini
Base: Fevereiro de 2014
Produção industrial cresce em sete dos 14 locais
O aumento no ritmo da produção industrial nacional na passagem de janeiro para fevereiro, série com ajuste sazonal, foi acompanhado por sete dos 14 locais pesquisados, com destaque para a expansão de dois dígitos assinalada pelo Paraná (18,4%) e o crescimento de 4,7% observado no Amazonas. Com os resultados desse mês, o primeiro eliminou a perda de 15,9% registrada entre novembro e janeiro de 2014; e o segundo completou dois meses seguidos de taxas positivas, acumulando nesse período ganho de 7,7%. Rio de Janeiro (1,0%), Goiás (0,8%), São Paulo (0,7%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Santa Catarina (0,5%) completaram o conjunto de locais com taxas positivas, enquanto o Pará mostrou variação nula (0,0%). Por outro lado, Espírito Santo (-4,3%), após avançar 2,2% no mês anterior, e Pernambuco (-3,9%), que reverteu quatro meses de resultados positivos consecutivos, assinalaram as quedas mais elevadas em fevereiro de 2014. Região Nordeste (-1,7%), Ceará (-1,6%), Minas Gerais (-1,6%) e Bahia (-1,2%) também registraram taxas negativas.
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Fevereiro de 2014Variação (%)
Locais
|
Fevereiro 2014/Janeiro 2014*
|
Fevereiro 2014/Fevereiro 2013
|
Acumulado Janeiro-Fevereiro
|
Acumulado nos Últimos 12 Meses
|
Amazonas
|
4,7
|
15,0
|
6,0
|
2,0
|
Pará
|
0,0
|
4,1
|
2,7
|
-4,4
|
Região Nordeste
|
-1,7
|
3,6
|
2,9
|
1,4
|
Ceará
|
-1,6
|
5,9
|
0,8
|
2,6
|
Pernambuco
|
-3,9
|
7,3
|
8,3
|
2,6
|
Bahia
|
-1,2
|
0,1
|
-0,1
|
3,3
|
Minas Gerais
|
-1,6
|
9,5
|
2,5
|
-1,0
|
Espírito Santo
|
-4,3
|
-3,6
|
-2,2
|
-5,3
|
Rio de Janeiro
|
1,0
|
0,1
|
-2,2
|
-0,9
|
São Paulo
|
0,7
|
0,3
|
-2,4
|
-0,1
|
Paraná
|
18,4
|
17,7
|
2,3
|
6,9
|
Santa Catarina
|
0,5
|
1,8
|
1,1
|
1,6
|
Rio Grande do Sul
|
0,5
|
2,9
|
2,0
|
7,0
|
Goiás
|
0,8
|
-2,6
|
-0,8
|
4,5
|
Brasil
|
0,4
|
5,0
|
1,3
|
1,1
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria* Série com Ajuste Sazonal.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em novembro do ano passado. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, seis locais apontaram taxas positivas nesse mês: Amazonas (2,2%), Pernambuco (1,1%), Região Nordeste (0,8%), Bahia (0,4%), Santa Catarina (0,4%) e Paraná (0,2%). Por outro lado, Espírito Santo (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Minas Gerais (-1,1%), Ceará (-1,0%), São Paulo (-0,6%), Goiás (-0,3%) e Pará (-0,3%) assinalaram os resultados negativos em fevereiro de 2014, enquanto o Rio de Janeiro mostrou variação nula (0,0%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, a expansão observada na produção nacional alcançou, em fevereiro de 2014, 12 dos 14 locais pesquisados. Vale citar a influência do efeito calendário, já que fevereiro desse ano (20) teve dois dias úteis a mais que igual mês do ano anterior (18). Nesse mês, os avanços mais elevados foram registrados pelo Paraná (17,7%) e Amazonas (15,0%), impulsionados em grande parte pelo comportamento positivo dos setores de veículos automotores (caminhões, automóveis e caminhão-trator para reboques e semirreboques), de edição, impressão e reprodução de gravações (livros, brochuras ou impressos didáticos) e de máquinas e equipamentos (máquinas e equipamentos para o setor de celulose e tratores agrícolas), no primeiro local, e de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (televisores), de alimentos e bebidas (preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas), de equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (relógios) e de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças), no segundo. Minas Gerais (9,5%), Pernambuco (7,3%) e Ceará (5,9%) também assinalaram avanços mais intensos do que o da média nacional (5,0%), enquanto Pará (4,1%), Região Nordeste (3,6%), Rio Grande do Sul (2,9%), Santa Catarina (1,8%), São Paulo (0,3%), Rio de Janeiro (0,1%) e Bahia (0,1%) completaram o conjunto de locais que apontaram taxas positivas em fevereiro de 2014. Por outro lado, Espírito Santo (-3,6%) e Goiás (-2,6%) mostraram os resultados negativos nesse mês.
No indicador acumulado para o primeiro bimestre do ano, a expansão na produção nacional alcançou nove dos 14 locais pesquisados, com sete avançando acima da média nacional (1,3%): Pernambuco (8,3%), Amazonas (6,0%), Região Nordeste (2,9%), Pará (2,7%), Minas Gerais (2,5%), Paraná (2,3%) e Rio Grande do Sul (2,0%). Santa Catarina (1,1%) e Ceará (0,8%) completaram o conjunto de locais com taxas positivas no índice acumulado dos dois primeiros meses de 2014. Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados ao aumento na fabricação de bens de capital (para transporte, para construção, para fins industriais e agrícolas) e de bens de consumo duráveis (eletrodomésticos da “linha marrom”, motocicletas e telefones celulares), além da maior produção vinda dos setores de vestuário e acessórios, alimentos e refino de petróleo e produção de álcool. Por outro lado, São Paulo (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,2%) e Espírito Santo (-2,2%) assinalaram as perdas mais acentuadas, refletindo especialmente a menor produção dos setores de veículos automotores, refino de petróleo e produção de álcool, outros produtos químicos, edição, impressão e reprodução de gravações e produtos de metal, no primeiro local; de farmacêutica, indústrias extrativas, edição, impressão e reprodução de gravações, metalurgia básica e de veículos automotores, no segundo; e de indústrias extrativas, no último. Também com resultados negativos figuraram: Goiás (-0,8%) e Bahia (-0,1%).
Os sinais de aumento no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do último trimestre de 2013 com o resultado dos dois primeiros meses de 2014, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que nove dos 14 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando o movimento no índice nacional, que passou de -0,3% no quarto trimestre do ano passado para 1,3% no índice acumulado do primeiro bimestre desse ano. Nesse mesmo tipo de confronto, Amazonas (de -3,0% para 6,0%), Pernambuco (de 3,4% para 8,3%), Minas Gerais (de -2,4% para 2,5%), Espírito Santo (de -4,8% para -2,2%) e Bahia (de -1,9% para -0,1%) apontaram os maiores ganhos, enquanto Rio Grande do Sul (de 11,4% para 2,0%), Paraná (de 10,5% para 2,3%) e Goiás (de 5,3% para -0,8%) assinalaram as maiores reduções de ritmo entre os dois períodos.
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais - Indústria Geral (Base: Igual período do ano anterior) Variação (%)
Locais
|
1oTri./2013
|
2oTri./2013
|
3oTri./2013
|
4oTri./2013
|
Jan-Fev/2014
|
Amazonas
|
-0,9
|
5,4
|
1,3
|
-3,0
|
6,0
|
Pará
|
-5,7
|
-14,1
|
-1,4
|
1,1
|
2,7
|
Região Nordeste
|
-1,0
|
5,1
|
0,9
|
-1,1
|
2,9
|
Ceará
|
0,5
|
2,9
|
5,1
|
4,6
|
0,8
|
Pernambuco
|
-2,6
|
4,2
|
-1,6
|
3,4
|
8,3
|
Bahia
|
2,3
|
9,6
|
5,4
|
-1,9
|
-0,1
|
Minas Gerais
|
-1,3
|
1,0
|
-2,2
|
-2,4
|
2,5
|
Espírito Santo
|
-12,0
|
-6,7
|
-3,1
|
-4,8
|
-2,2
|
Rio de Janeiro
|
1,9
|
1,4
|
1,2
|
-3,7
|
-2,2
|
São Paulo
|
1,1
|
4,4
|
-0,4
|
-1,9
|
-2,4
|
Paraná
|
-5,1
|
6,4
|
11,1
|
10,5
|
2,3
|
Santa Catarina
|
-1,5
|
2,4
|
4,2
|
0,8
|
1,1
|
Rio Grande do Sul
|
-0,5
|
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