“Queremos uma sociedade onde as pessoas são livres para fazer escolhas,
cometer erros, ser generoso e compassivo isso é o que entendemos por uma
sociedade moral, não uma sociedade onde o Estado é responsável por tudo, e
ninguém é responsável pelo estado”.
(Margareth Thatcher)
Fingimento, impostura, simulação,
falsidade, falsa devoção significa hipocrisia, isso é a própria sociedade
brasileira. Além de hipócrita a sociedade brasileira não tem direção, se move
conforme as conveniências e se afasta cada vez mais de uma sociedade moral
submetida à vontade de um Estado contaminado de imoralidade e incompetência,
onde aproveitadores se aproveitam do Estado e ninguém “é responsável pelo
estado”. John Adams, em discurso no ano
de 1798, assim se expressou sobre a constituição americana: “Nós não temos
governo armado com potência capaz de competir com as paixões humanas
desenfreadas pela moralidade e religião. Avareza, ambição, vingança ou
galhardia, iria quebrar os fios mais fortes da nossa Constituição como uma
baleia que passa por uma rede. Nossa constituição foi feita somente para um
povo moral e religioso. Ela é totalmente inadequada para o governo de qualquer
outro”. Lamentavelmente não tivemos a sorte de ter um homem da envergadura de
um John Adams, e muito menos uma sociedade que pudesse construir uma
constituição semelhante a dos EUA. Pertencemos às leis que fizemos para nos
proteger e que nos oprimem. Aproveitando o pensamento de Edouard Rod, “nada
somos além de objetos dessa contraditória abstração, o Estado, que torna cada
individuo escravo em nome da vontade de todos, que, tomados isoladamente,
desejariam exatamente o oposto do que estão obrigados a fazer”.
A hipocrisia da sociedade brasileira
chega a ponto de virar o rosto para uma verdade cristalina de que o Brasil,
mais especificamente a Amazônia, os estados amazônicos são ignorados como
organismos federados, e já estão sendo controlados por forças colonialistas
modernas com instrumentos sutis que anestesiam a sociedade para não sentir a
dor da perda da soberania e do território amazônico. Esse poder global
colonialista domina a ONU, o dinheiro, portanto, comanda o mundo. Para esse
poder global e dinástico, diante de uma sociedade brasileira hipócrita, volúvel
e sem convicção, pouco importa que os brasileiros estejam se matando, roubando,
invadindo propriedades, destruindo patrimônios públicos e privados. Os
tentáculos desse “polvo”, de poder incomensurável, estão dirigidos para o
domínio do mercado, e, em se tratando do Brasil, para a Amazônia ou para os
estados amazônicos, que fazem parte do projeto geopolítico. Para esse pessoal
pouco importa se no Brasil há mais assassinatos que na Palestina, no
Afeganistão, na Síria e no Iraque juntos; se há mais assassinatos no Brasil que
em toda a América do Norte, mais do que na Europa, que no Japão e na Oceania;
para essas forças econômicas pouco importa que a guerra do Vietnã que matou 50.000
pessoas em sete anos, e que o Brasil mata a mesma quantidade em um ano; para
esses senhores do mundo, pouco importa se o climatologista da USP, Ricardo
Augusto Felício tenha afirmado peremptoriamente: que o tão propalado
aquecimento global é apenas uma hipótese e não carece de prova científica; que
o homem não tem poder para mexer no planeta Terra; que o ambientalista confunde
propositalmente ações locais com ações planetárias; que não adianta provar que
o gelo da Antártica derrete e congela de novo; que o nível do mar não está
subindo, como comprovado pelo comprometido IPCC, subiu apenas 50 centímetros em
100 anos; que para que a Antártica derreta, a temperatura da Terra teria que
subir no mínimo de 20º a 30º acima da atual temperatura; que o efeito estufa é
uma falácia, não existe; que o ozônio desaparece na Antártica, e o que está em
jogo neste assunto do ozônio é puramente uma questão de ordem econômica, de
patentes vencidas que mexe com bilhões de dólares; que a garoa tradicional de
São Paulo não está desaparecendo, é somente um processo cíclico; que a floresta
amazônica, como propalado em passado recente, nunca foi o pulmão do mundo; que
a vegetação responde ao clima, sendo a floresta amazônica uma floresta de
chuva, ou seja, a floresta está na Amazônia porque chove, e não chove porque
tem floresta; que recentemente foi descoberto 6.000 km de um aquífero
amazônico, o maior do Brasil (o que atrai mais a cobiça dos colonialistas
modernos); que a Rio+20 foi apenas um evento para que os colonialistas
prendessem suas colônias (Amazônia e Brasil) nas coleiras; que aquecimento
global não existe, o que existe são apenas mudanças climáticas realizadas pelo
planeta, independente da vontade do homem. O homem, mesmo que tente, não
consegue poluir o planeta, polui apenas o meio ambiente em que vive, nas
cidades, ao redor de sua casa e mais nada.
Em 30.03.2014, o IPCC publicou suas
previsões feitas em computador para o ano de 2100, “chute grande”, o qual o
climatologista Luiz Carlos Molion, entrevistado, logo discordou. Para Molion, o
produtor rural não deve levar em consideração esses resultados que são baseados
em modelos que não reproduzem a situação atual. O homem nada pode fazer diante
de mudanças climáticas, ele deve apenas se ajustar a elas, pois não tem
competência, poder para reverter às mudanças promovidas pela força da natureza,
pelo sol, pelos oceanos, pelos vulcões e terremotos. Essa falácia
ambientalista, de tempo em tempo, são vitalizadas. Dessa vez veio à cena
Ragendra Pachauri, presidente do IPCC, que com a cara mais dura afirma que os
cientistas lidam com dados científicos (criados por eles para enganar).
Referindo-se ao Brasil trouxe imediatamente como foco a Amazônia e a
necessidade de protegê-la (entendo que dos brasileiros para evitar atropelos ao
projeto de dominação da região em consolidação).
A hipocrisia da sociedade brasileira
pode ser exemplificada pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária –
CNA, uma força econômica e política extraordinária responsável por manter em
bom tamanho o PIB brasileiro, por gerar renda, emprego, e ter como presidente
uma senadora. O paradoxo que confirma a hipocrisia é que a senadora presidente
do CNA faz parte da base de sustentação política do governo petista, o que
explica que a CNA nunca usou o seu poder político e econômico para dar um basta
nas ações governamentais que fragilizam os produtores de alimentos e matérias
primas, como por exemplo, a política ambiental nociva, a ação policialesca do
IBAMA, as permanentes invasões de propriedades agrícolas e outras questões que
estão destruindo o estado de direito brasileiro. A hipocrisia não está apenas
no comando da CNA, se alastra pelos grandes produtores e exportadores agrícolas,
que dado sua importância econômica tem tratamento privilegiado pelo governo
petista, o que lhes dá o direito de ignorar o que vem acontecendo nos estados
amazônicos, onde seu desenvolvimento foi travado para atender os interesses dos
colonizadores modernos. Em se tratando do Norte brasileiro a hipocrisia é
generalizada, atinge todos os setores produtivos, a política, o social e a
moral. Guy de Maupassant alerta que “quando se fala de antropófagos, sorrimos
com orgulho, proclamando nossa superioridade sobre aqueles selvagens. Quais são
os selvagens, os verdadeiros selvagens? Aqueles que lutam para comer os
vencidos ou aqueles que lutam para matar, com o único intuito de matar?”. Existe
maior hipocrisia do que a de assistir os assassinatos de brasileiros inocentes,
virar a cara e apoiar um governo incapaz de protegê-los?
Armando
Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
Tradição é uma das coisas mais dificeis de ser quebrada, o Brasil usa muito bem deste fenomeno, politica, religião e futebol se sustenta no pilar "tradição".
ResponderExcluirEm todas as classes a paixão acompanha esse trípe de higuinorancia, sistema politico falido, sistema religião falido e futebol iden.
Gostei muito do texto parabens.