sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tira bom, tira mau...

Por Klauber Cristofen Pires

Está na hora dos empresários começarem a tomar a iniciativa de patrocinar o nosso trabalho ostensiva e intensamente. Está na hora de se interessarem pelo que temos a ensinar, tanto a eles quanto à vasta massa que compõe o nosso povo.

As pesosas em geral precisam começar a ter contato com conceitos bem firmados de direito à liberdade e de propriedade, e precisam aprender a identificar os trapaças dos socialistas e acusá-los pelo nome. Sem isto, não há como reverter o processo lulo-chavista em curso. Não há.
Ainda ontem estava conversando com o meu amigo Leonardo Bruno Fonseca de Oliveira, dono do blog Conde Loppeux de Villanueva e como eu, também articulista do site Mídia Sem Máscara, e entre outros assuntos, veio a notícia por parte dele de um seu amigo que, fazendeiro, teve a sua propriedade invadida e vilipendiada, a ponto mesmo de levá-lo à ruína.



Com a necessária dose de solidariedade, fez o Bruno o certo quando, todavia, asseverou-lhe: "-vocês criaram isto.". Logicamente, nestas horas surgem os olhares esgaçados e os gestos de indignação e de surpresa, mas somente isto não será capaz de inverter a situação reinante.



Durante décadas, as esquerdas usaram aquela tática dos filmes policiais, a do "tira bom e do tira mau". Para quem não compreendeu, revisemos o script: o suspeito ou acusado durão está na sala de interrogatório sendo questionado por um "tira" (esta gíria existe no mundo real?) truculento, que depois de socar a mesa, agarrar-lhe o colarinho com os punhos e até mesmo dar-lhe umas bofetadas, não lhe extrai nada; então sai o policial gorila e entra o mocinho, que lhe oferece um cigarro, puxa um papo, e então o marginal se deleita em confissões...



Assim tem sido na política, com as esquerdas representadas no papel do "tira mau" por aqueles partidos mais nominalmente radicais, e obtendo tudo o que querem por meio das siglas "cor-de-rosa". Pensando justamente afastar o terrível cenário de uma sovietização, os brasileiros em geral, e especialmente a classe do empresariado tem concordado com seguidas concessões à liberdade e à propriedade privada, até que hoje pode-se afirmar literalmente que o direito de propriedade é uma concessão do estado (quando nasceu para servir justamente como um mecanismo de resistência a ele).



Agora, como se desenvolveu tal hegemonia? A resposta é simples: pela conquista da opinião pública! Alguém pode até afirmar que hoje a maioria da população rejeita as ações do MST. Isto é verdade, mas apenas em parte. Porque a grossa parte da população está fielmente aderida à idéia de uma igualdade material; à idéia do empresário corrupto, egoísta e ganancioso; à idéia de construção de um "mundo mais justo"; e sobretudo, à idéia de se valer do estado para que seja imposta a visão de mundo particular de cada um. Ademais, no que pese a população hoje estar em maioria contrária às ações do MST, o fato é que ela simplesmente não tem voz, porque toda a grande imprensa é também ocupada por repórteres e colunistas de esquerda.



Outro erro crasso tem sido confiar demasiadamente no sistema jurídico. Em uma das visitas que fiz a uma organização nascente de empresários do setor produtivo ligado à madeira, um de seus representantes mais importantes argüiu-me que eles possuem cinco advogados(!) . Disse-me com tal segurança que pouco me valeu replicar que advogados defendem causas segundo idéias consagradas...em lei...pelas esquerdas! Não que pareça exagero de minha parte, mas ouso afimar com muita segurança que mesmo os mais bem-sucedidos advogados do país não possuem uma idéia clara do que seja o direito de propriedade, isto é, do ponto de vista da doutrina liberal. Portanto, até mesmo para defender os seus clientes eles o farão dentro das categorias mentais a que estão treinados, e isto significa enquadrar psiquicamente seus representados não como pessoas de bem, trabalhadoras e honestas, que sofreram agressões dolosas, mas como marginais para os quais qualquer acordo que lhes alivie a barra passa por trabalho bem cumprido.



Ainda há pouco tempo, outro amigo, Nivaldo Cordeiro, pessoa de cultura e conhecimento ímpares, testemunhou a participação de representantes do setor das comunicações na Confecom, a pedir a benção à turba revolucionária em troca de alguma esperança por algum acordo de curtíssimo prazo, e o que tiveram como resposta foi a notícia da criação da Telebrás. E lá vão eles agora anunciar que vão botar seus advogados em campo, para tentar reverter um processo revolucionário que a cada dia se concretiza no Diário Oficial da União.



O nosso amigo fazendeiro estropiado, os empresários do setor madeireiro e os investidores do setor das comunicações, só para citar aqueles que foram lembrados neste texto, poderiam parar para pensar um pouco. Parar, às vezes, é bom, principalmente quando seguimos em direção a um precipício. Parando, talvez vocês percebam quantos sedizentes especialistas escrevem besteiras a peso de ouro, e são estes mesmos empresários quem, em primeiro lugar, os patrocinam.



Enquanto isto, eu e vários outros nomes respeitáveis restringimo-nos em blogs gratuitos, gastando do nosso tempo, dos nossos recursos e muitas vezes até de nossa segurança, quase sempre depois de um dia estafante de trabalho, e movidos tão somente pelo senso de dever.



Pois eu digo e afirmo: está na hora dos empresários começarem a tomar a iniciativa de patrocinar o nosso trabalho ostensiva e intensamente. Está na hora de se interessarem pelo que temos a ensinar, tanto a eles quanto à vasta massa que compõe o nosso povo. Isto custa dinheiro, e eu digo: é melhor gastar conosco agora do que entregá-lo todo à revolução socialista daqui há pouco.



As pesosas em geral precisam começar a ter contato com conceitos bem firmados de direito à liberdade e de propriedade, e precisam aprender a identificar os trapaças dos socialistas e acusá-los pelo nome. Sem isto, não há como reverter o processo lulo-chavista em curso. Não há.

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