sábado, 9 de outubro de 2010

Só porque foi a Dilma quem pediu

Prezados,

Até que eu não ia publicar o vídeo e a entrevista em que a própria Sra Dilma Roussef afirma categoricamente defender  a descriminalização do aborto e a sua legalização, respectivamente. Afinal, já outros blogs haviam feito isto.

Porém, porque pode haver leitores deste blog que não acessem muito outras fontes parceiras, e porque foi a própria Dilma quem acabou de pedir, pela tv, publico aqui, extraído do blog do jornalista Reinaldo Azevedo um vídeo de uma entrevista sua concedida à Folha de São Paulo e a transcrição de outra entrevista à revista Marie Claire em abril de 2009.


Refiro-me a uma recente propaganda do PT em que uma atriz afirma ser ela vítima de calúnias, logo ela que "sempre foi a favor da vida e das religiões". Adiante, convoca seus macaquinhos alados a enviarem uma "mensagem de amor" aos alegados caluniadores...


Pois, D. Dilma, eu sou um deles! Portanto, mandem muitas "mensagens de amor" pra mim, que o próprio Blogger, esta maravilha do mundo livre e capitalista, tratará de guardá-las entre as mensagens spam, para quando eu tiver tempo apagá-las com um único clique. 
Eu não sei por que o Serra mesmo não exibe logo este vídeo em cadeia nacional  para desmenti-la de uma vez por todas - no fundo, ele obedece a este estranho rito entre esquerdistas de ser a vela queimada da vez; ao negar-se a acusar as ligações do PT com as FARC e omitir este singelo vídeo em que só restaria a ela ficar com uma tremenda cara de tacho, o candidato Serra se põe voluntariamente na posição de elemento descartável e transitório, ou a versão obsoleta pronta a ser substituída pelo modelo mais novo e acabado da revolução. Lastimável. Mas quem está fazendo esta campanha não é o Serra, é o Brasil. Depois vamos cuidar dele. Com vocês, o vídeo, e a entrevista da revista Marie Cleire, extraídos do site do jornalista Reinaldo Azevedo:



Na entrevista concedida à revista Marie Claire, Edição 217, de abril de 2009, Dilma diz o seguinte:

MC Uma das bandeiras da Marie Claire é defender a legalização do aborto. Fizemos uma pesquisa com leitoras e 60% delas se posicionaram favoravelmente, mesmo o aborto não sendo uma escolha fácil. O que a senhora pensa sobre isso? 

DR
Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias. Se a gente tratar o assunto de forma séria e respeitosa, evitará toda sorte de preconceitos. Essa é uma questão grave que causa muitos mal-entendidos.

3 comentários:

  1. Vejam essa barbárie

    http://www.youtube.com/watch?v=qf8LDCXaank&has_verified=1

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  2. O que eles não contaram é que foi o José Serra que assinou medida regulamentando aborto legal até o 5° mes. Então, não é uma vida?E o partido dele, o PSDB, por duas vezes apresentou projeto de lei legalizando o aborto: Eva Blay, Senadora do PSDB e suplente de Fernando Henrique Cardoso, apresentou projeto legalizando o aborto, em 1993. E o próprio Fernando Henrique quando presidente apresentou o PNDH II – Plano Nacional dos Direitos Humanos II, feito em 2002, assinado por ele, na página 16, defende a ampliação da legalização do aborto.
    E pra ajudar a memória dos que pensam ser ele um "bom moço e bem acompanhado" segue comentário de Jorge Furtado em 25 de julho de 2010
    Nos oito anos de governo tucano-pefelista - no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC -
    foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da
    Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias
    investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de
    dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas
    privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo
    tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao
    contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC
    não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria
    parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou
    conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de
    investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de
    financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo
    presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em
    processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o
    principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até
    ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu
    confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos,
    incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser
    mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao
    contrário.

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  3. Sra Mary:

    Não diga bobagens. Por coincidência, o jornalista Reinaldo Azevedo é quem lhe responde*, cujos trechos principais aqui transcrevo:

    Dada a ausência de limites que sempre caracteriza os petistas, Dilma tentou uma saída complicada: acusar Serra de ser o autor da norma técnica que disciplina o aborto legal nos hospitais públicos nos dois casos permitidos: estupro e risco de morte da mãe. Como não podia dizer que isso é, em si, um mal, dado que a lei data de 1940, dois anos antes de Serra nascer, ao mesmo tempo em que tentava acusá-lo, ela se dizia favorável à medida. Dilma se esqueceu de que a norma técnica em questão exigia o boletim de ocorrência em caso de estupro; quem acabou com o BO, bastando a declaração, foi o petista Humberto Costa quando ministro da Saúde.

    * * * * * * * * * *

    Os programas do PT certamente continuarão a vender aquele Brasil “como nunca antes na história destepaiz”, mas vão optar, como dois e dois são quatro, pela demonização das privatizações feitas no governo FHC — o que é intelectual e moralmente criminoso no mérito e nas circunstância. O tom apenas propositivo, próprio do tempo em que eles imaginavam não ter adversários, cederá àquilo que o PT sabe fazer muito bem e que sempre caracterizou a sua abordagem da política: a tentativa de desmoralizar o adversário. E vai ser na base da pauleira, mais para Ciro Gomes do que para Antônio Palocci.

    É um debate que terá de ser enfrentado pelo candidato da oposição, entendo, de dois modos: evidenciando os ganhos óbvios da privatização e demonstrando que a privatização do PT se faz de outro modo: a dos tucanos se dá na Bolsa de Valores;, com regras; a de seus adversários, na bolsa dos larápios que atuavam, por exemplo, na Casa Civil.

    * Ver em:
    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/debate-tchutchuca-do-neoestatismo-desenvolvimentista-parte-pra-briga-ou-da-verdade-sobre-o-aborto-e-da-mentira-sobre-as-privatizacoes/

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