segunda-feira, 20 de julho de 2015


Klauber5Bacharel em Ciências Náuticas no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar, em Belém, PA. Analista-Tributário da Receita Federal com cursos na área de planejamento, gestão pública e de licitações e contratos administrativos. Dedicado ao estudo autoditada da doutrina do liberalismo, especialmente o liberalismo austríaco. Dono do blog LIBERTATUM (http://libertatum.blogspot.com), escreve para o Mídia Sem Máscara e outros sites. Em 2006, foi condecorado como "Colaborador Emérito do Exército", pelo Comando Militar da Amazônia.
Como atribuir a existência do princípio de ordem, que é justamente a essência do método científico, ao mero acaso, antes do que - como seria apenas lógico pensar – a um Ser Inteligente?
Como é amplamente sabido, o pensamento predominante nos meios científico e acadêmico busca invalidar a existência de Deus ao submetê-lo ao crivo do método científico. Em síntese, o argumento é este: se não podemos tocá-lO, vê-lO, nem reconhecê-lO por nenhum dos conhecidos métodos de observação empírica, logo, podemos negá-lo.
Em seus ensinamentos, Thomas E. Woods Jr. nos descortina uma completa desmistificação da alegada e tão propalada incompatibilidade entre a ciência e a religião. Com efeito, sob o patrocínio da Igreja Católica, inúmeras descobertas científicas valiosas vieram ao mundo e dentre elas, talvez a mãe de todas, a do próprio método científico.
Em uma de suas apresentações gravadas em vídeo, o sábio professor toca no ponto crucial: nenhum dos povos não-cristãos do mundo foi capaz de levar adiante um projeto científico continuado e consistente simplesmente por falta da compreensão de um fator de origem divina: o princípio de ordem. O princípio de ordem é aquele segundo o qual Deus criou leis imutáveis e eternas para o funcionamento de sua criação e sobre as quais Ele próprio, por questão de coerência, dispõe-se a cumprir.
Ao exemplificar o caso de outros povos não-cristãos, Woods demonstra como a crença em um deus caprichoso, capaz de dar ordens e de em seguida revogá-las ao seu bel-prazer inviabilizou-lhes completamente a compreensão do sentido de ordem e por conseguinte, de implementar um progresso científico continuado. Ora, se eu puder visualizar uma entidade qualquer que diz algo aqui e a desmente ali logo em seguida, ou que faz algo e depois nega que o fez ou o desfaz, etão eu diria estar na frente de Lula, e não de algo que se chame dignamente de Deus.
Quando invocamos a observação e a experimentação como meios válidos para a obtenção do conhecimento, o que tentamos, em fundamento, é buscar na repetição dos fenômenos o princípio da ordem. Tivéssemos um universo caótico, absolutamente nenhum experimento científico teria sentido, vez que os resultados sempre restariam aleatórios, por desconectados das causas que lhes dariam origem.
Como se vê, aí temos então um sério problema para os defensores do cientificismo materialista. Até que dá para empurrar goela abaixo de uma plateia crédula a ideia de átomos que atritando-se durante milhões ou bilhões de anos terminam ao acaso criando uma célula, isto é, um primeiro ser vivo. Entretanto, como atribuir a existência do princípio de ordem, que é justamente a essência do método científico, ao mero acaso, antes do que - como seria apenas lógico pensar – a um Ser Inteligente?
Assim, o que temos é que, reductio ad absurdum, os adeptos do cientificismo materialista, sem o saberem, ao fazerem uso do que se denomina de método científico, se utilizam de um princípio de origem divina para buscar desqualificar a existência de Deus. E agora?


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Artigo originalmente publicado no Mídia Sem Máscara

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