sábado, 15 de agosto de 2015

PF intercepta conversa de Lula 

com executivo da Odebrecht preso 

na Lava Jato

Relatório da PF indica ex-presidente preocupado com 'assuntos 

do BNDES' na ligação para Alexandrino Alencar. Inquérito do MPF 

investiga se Lula praticou tráfico de influência para favorecer 

empreiteira com empréstimos do banco

 - Atualizado em 
O ex-presidente Lula durante o encontro “Novos Desafios da Democracia” em São Paulo - 22/06/2015
O ex-presidente Lula durante encontro em São Paulo - 22/06/2015(Paulo Whitaker/Reuters)
A Polícia Federal interceptou uma conversa do ex-presidente Luiz Inácio Lula 
da Silva com o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, poucos dias antes 
de o executivo ser preso na Operação Lava Jato. Em relatório final sobre a 
gravação, feita durante a Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato, a PF
 informa ao juiz federal Sérgio Moro que Lula falou por telefone no dia 15 de
 junho de 2015 com Alexandrino, parceiro do ex-presidente em viagens 
patrocinadas pela empreiteira. Quatro dias depois do telefonema, Alexandrino 
foi preso junto com o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.
Segundo o relatório, Lula e Alexandrino estariam preocupados com "assuntos 
do BNDES". A PF não grampeou Lula. Os investigadores monitoravam os 
contatos do executivo, até então investigado na Lava Jato, e por isso a conversa 
foi gravada.
Diz o relatório da gravação: "Outro contato considerado relevante ocorreu em 
15 de junho de 2015 às 20:06, entre Alexandrino Alencar e o ex-presidente 
Luiz Inácio Lula da Silva. Nele ambos demonstram preocupação em relação aos 
assuntos do BNDES, referindo-se também a um artigo assinado por 
Delfim Netto que seria publicado no dia seguinte sobre o tema. Alexandrino 
disse também que Emilio (Emilio Odebrecht) teria gostado da nota que o 
Instituto Lula ("criado pelo ex-presidente em 2011, depois que ele deixou o 
governo, para trabalhar pela erradicação da fome no mundo, aprofundar a 
cooperação com os países africanos e promover a integração latino-americana, 
entre outros objetivos") teria lançado depois da divulgação do laudo pericial 
acerca da contabilidade da empresa Camargo Corrêa, que teria doado três 
milhões de reais ao Instituto entre 2011 e 2013 e efetuado pagamentos a LILS 
Palestras Eventos e Publicidade LTDA na ordem de R$ 1,5 milhão no mesmo 
período". O documento é assinado pelo delegado federal Eduardo 
Mauat da Silva, que integra a força-tarefa da Lava Jato. 
LILS Palestras Eventos e Publicidade é uma das empresas de Lula cujos
 negócios aparecem nos autos da Operação Lava Jato.
Fonte: Veja

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