A porta para o Pacífico está suspensa e prestes a ir para o farelo, por conta da ideologia marxista-indigenista promovida pelo Foro de São Paulo. Alvo de notícias alvissareiras e esperada com grande ansiedade por estados como Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Acre, a dita estrada, construída com dinheiro público brasileiro no mesmo país que confiscou as refinarias da Petrobras, comunicaria o mercado nacional aos portos do Peru. Quem mandou acender vela pra mau-defunto? Governo da Bolívia suspende construção de estrada que conta com financiamento brasileiro
27/09/2011 - 7h01
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após intensos protestos de indígenas, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a suspensão da construção de uma estrada que liga o país ao Oceano Pacífico, que é construída com recursos brasileiros e passa por uma reserva florestal. Anteriormente, o presidente havia informado sobre a intenção de promover um referendo para decidir sobre a construção da estrada. Mas, depois de sofrer pressão, interrompeu os trabalhos.
A estrada deve passar pela reserva de Tipnis (Território Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure), ao lado do território brasileiro. A estimativa é que 13 mil pessoas, de diferentes comunidades indígenas, morem na região. O percurso teria cerca de 300 quilômetros e um custo aproximado de US$ 420 milhões, financiados com recursos brasileiros, segundo o governo Morales.
De acordo com autoridades bolivianas, a rodovia é estratégica para o desenvolvimento do país. Mas ativistas combatem a obra, alegando que ela favorece grupos econômicos e prejudica o meio ambiente. Ontem (26), a então ministra da Defesa, Cecília Chacón, renunciou ao cargo, informando discordar da repressão do governo aos indígenas.
Anteontem (25), cerca de 500 policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersar o protesto, que terminou com presos e denúncias de agressões. A marcha dos manifestantes contra a obra começou em 15 de agosto, em Trinidad (Departamento de Beni), com destino à capital La Paz.
O protesto é contra a construção do segundo trecho da estrada, entre Villa Tunari, no Departamento de Cochabamba (centro), e San Ignácio de Moxos, no Departamento de Beni, próximo à fronteira com o Brasil.
Em nota divulgada antes da decisão de Morales, o Itamaraty informou ter recebido com preocupação as notícias sobre os distúrbios na Bolívia. “O governo brasileiro recebeu com preocupação a notícia da ocorrência de distúrbios em 25 de setembro, no contexto de protestos sobre a construção de trecho da estrada Villa Tunari-San Ignacio de Moxos”, diz o documento.
A nota do Itamaraty acrescenta que “o governo brasileiro está confiante que o governo boliviano e diferentes setores da sociedade boliviana continuarão a favorecer o diálogo e a negociação na busca de um entendimento sobre o traçado da rodovia, tomando em conta as normas internas do país e práticas internacionais relevantes, em benefício do desenvolvimento e da estabilidade da Bolívia”.
A nota conclui que “o governo brasileiro confirma que sua disposição de cooperar com a Bolívia no contexto da obra se desenvolve no entendimento de que se trata de projeto de grande importância para a integração nacional e que atende aos parâmetros relativos a impacto social e ambiental previstos na legislação boliviana”.
*Com informações da agência pública de notícias da Bolívia, a AVN, e da BBC Brasil.//Edição: Graça Adjuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após intensos protestos de indígenas, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a suspensão da construção de uma estrada que liga o país ao Oceano Pacífico, que é construída com recursos brasileiros e passa por uma reserva florestal. Anteriormente, o presidente havia informado sobre a intenção de promover um referendo para decidir sobre a construção da estrada. Mas, depois de sofrer pressão, interrompeu os trabalhos.
A estrada deve passar pela reserva de Tipnis (Território Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure), ao lado do território brasileiro. A estimativa é que 13 mil pessoas, de diferentes comunidades indígenas, morem na região. O percurso teria cerca de 300 quilômetros e um custo aproximado de US$ 420 milhões, financiados com recursos brasileiros, segundo o governo Morales.
De acordo com autoridades bolivianas, a rodovia é estratégica para o desenvolvimento do país. Mas ativistas combatem a obra, alegando que ela favorece grupos econômicos e prejudica o meio ambiente. Ontem (26), a então ministra da Defesa, Cecília Chacón, renunciou ao cargo, informando discordar da repressão do governo aos indígenas.
Anteontem (25), cerca de 500 policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersar o protesto, que terminou com presos e denúncias de agressões. A marcha dos manifestantes contra a obra começou em 15 de agosto, em Trinidad (Departamento de Beni), com destino à capital La Paz.
O protesto é contra a construção do segundo trecho da estrada, entre Villa Tunari, no Departamento de Cochabamba (centro), e San Ignácio de Moxos, no Departamento de Beni, próximo à fronteira com o Brasil.
Em nota divulgada antes da decisão de Morales, o Itamaraty informou ter recebido com preocupação as notícias sobre os distúrbios na Bolívia. “O governo brasileiro recebeu com preocupação a notícia da ocorrência de distúrbios em 25 de setembro, no contexto de protestos sobre a construção de trecho da estrada Villa Tunari-San Ignacio de Moxos”, diz o documento.
A nota do Itamaraty acrescenta que “o governo brasileiro está confiante que o governo boliviano e diferentes setores da sociedade boliviana continuarão a favorecer o diálogo e a negociação na busca de um entendimento sobre o traçado da rodovia, tomando em conta as normas internas do país e práticas internacionais relevantes, em benefício do desenvolvimento e da estabilidade da Bolívia”.
A nota conclui que “o governo brasileiro confirma que sua disposição de cooperar com a Bolívia no contexto da obra se desenvolve no entendimento de que se trata de projeto de grande importância para a integração nacional e que atende aos parâmetros relativos a impacto social e ambiental previstos na legislação boliviana”.
*Com informações da agência pública de notícias da Bolívia, a AVN, e da BBC Brasil.//Edição: Graça Adjuto
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