O conhecimento humano possibilita infinitas fontes de progresso, mas só possíveis com sua disponibilização geral.
João Bosco Leal
Imediatamente após o nascimento, o cérebro da criança inicia sua jornada de conhecimentos terrestres, observando e armazenando informações sobre luz, som e imagens. Depois, já inicia os exercícios de seus comandos motores, ordenando a movimentação das mãos, pés e todos os outros movimentos possíveis do corpo.
Passada a fase inicial, do aprendizado natural, instintivo, os seres humanos só conhecem o que lhe mostram ou ensinam, desde seu idioma aos movimentos físicos necessários para a execução de infinitas possibilidades, como andar de bicicleta e mais tarde dirigir veículos das mais diversas espécies.
Durante esse aprendizado, realizado no lar, na rua, nas escolas e em todos os ambientes frequentados por uma pessoa, ela acaba aprendendo milhares de coisas desnecessárias, impróprias, boas ou ruins, cabendo a cada um usar ou não esse aprendizado, o que faz com que, por suas escolhas, cada um se torne um ser único, inigualável.
Além de físicas, as diferenças podem ser de saúde - pela forma como foram criadas-, educacionais, culturais, sociais e patrimoniais, com cada uma delas provocando outras, nas mais diversas áreas.
As mais fáceis de serem notadas, nos diferentes países ou em regiões distintas de um mesmo país, são as de idioma, pois as pessoas falam de modo, com velocidade, expressões e sotaque diferente de outras, com variações enormes dentro de um mesmo país, ou de muitos que utilizam o mesmo língua.
Como em muitos outros países, nas diversas regiões brasileiras também podemos notar acentuadas diferenças nos traços físicos das pessoas, por conta da origem de seus colonizadores.
O que mais chama a atenção, além de todas essas diferenças é que mesmo com todas elas o ser humano se adapta a qualquer mudança, seja climática, alimentar, de esforços físicos e principalmente de conhecimento.
Pessoas com pouquíssima instrução, residentes em pequenas aldeias, em meios rurais ou em matas, praticamente isoladas, distantes de qualquer grande centro, sabem de coisas sobre as quais muitos professores e doutores não possuem qualquer conhecimento, principalmente em relação à utilização de produtos da natureza para sua alimentação ou como medicamentos.
Mesmo em pessoas com isolamento praticamente total, independentemente da quantidade de anos, a mente está sempre pronta para novos aprendizados, bastando para isso o contato com as informações.
O mesmo pode ser observado nos animais de várias espécies, como as de papagaios e cacatuas que, quando expostos à convivência com humanos acabam falando e até cantando. Recentemente a imprensa divulgou que algumas cacatuas, em seu habitat natural da Austrália e ilhas vizinhas, aprenderam a gritar, falar e cantar em português, pelo contato com papagaios contrabandeados do Brasil, que lá escaparam e alcançaram a natureza.
Com a exposição ao conhecimento, além de educação e cultura, o ser humano acaba possuindo mais saúde, com novos hábitos de higiene e alimentação, transmitindo isso aos seus descendentes que, em virtude dessa mudança dos pais, já nascerão mais saudáveis.
Além de se preservar e aprofundar os estudos dos conhecimentos adquiridos durante gerações por aqueles que viveram da natureza, como os índios e os silvícolas ainda existentes, é preciso colocar à disposição de todos, cada vez mais tipos de conhecimento, literário, histórico, científico e tecnológico, o que fará alcançarmos outros novos mais rapidamente.
O conhecimento humano possibilita infinitas fontes de progresso, mas só possíveis com sua disponibilização geral.
João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br
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